
Manejo artificial de espécies de plantas pioneiras em um contexto florestal: nos antípodas da dinâmica natural.

O principal objetivo da Reserva Biológica Gerenciada (MBR) de Hochfeld - diferente das Reservas Biológicas Estritas (SBR) - é a conservação de uma população excepcional de licopódios (6 táxons). Em uma densa floresta de faias, um empreendimento na década de 1960 resultou em desmatamento e até mesmo na remoção do solo. Esse ataque à floresta foi seguido pela reconstituição espontânea de uma charneca ericácea selvagem pioneira, que permitiu o surgimento de licopódios. As condições não poderiam ter sido tão favoráveis no caso de um corte florestal, menos traumático para o meio ambiente e que teria sido seguido por uma rápida reconstituição do povoamento, sem nenhuma interrupção real da vegetação florestal.
Não há histórico de pastoreio na RBD de Hochfeld, e o gado poderia, de qualquer forma, causar muitos danos aos musgos. Estamos em uma situação em que a manutenção da charneca é necessariamente feita pela combinação de mecanização e intervenções manuais.
Impactos
A combinação de técnicas possibilita a conservação eficaz das espécies-alvo. Ela tem a particularidade de combinar intervenções mecanizadas relativamente simples (corte alto), ações manuais meticulosas ou mais drásticas, quando a roçadeira passou muito baixo, o que permite "regenerar" um ambiente decapado particularmente favorável.
Esse tipo de manejo é uma exceção ao manejo habitual das pastagens das terras altas de Vosgian (praticado em particular na MBR do vizinho Champ du Feu), que consiste em trabalhos específicos em vez de favorecer o manejo pastoral (pastagem e corte), que é menos dispendioso, mais propício às atividades socioeconômicas tradicionais e aplicável a características ecológicas e paisagísticas mais amplas. Esse manejo da RBD Hochfeld é interessante e transponível, mas recomenda-se reservar o mesmo tipo de questões muito específicas, além de técnicas mais abrangentes.