ARPA: o mais importante programa de conservação de florestas tropicais do Brasil e mecanismos de sustentabilidade financeira do Parque Nacional do Jaú

O Parque Nacional do Jaú representa uma das maiores extensões de florestas tropicais protegidas do mundo, protegendo uma grande extensão da bacia do rio Águas Negras. Devido à sua importância, essa área protegida foi priorizada pelo Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA), um programa criado em 2002 pelo governo brasileiro e gerenciado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).

O programa ARPA conta com o apoio financeiro do Global Environment Facility (GEF), do governo alemão, do World Wildlife Fund (WWF), do Fundo Amazônia, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Fundação Moore e, atualmente, de empresas privadas que atuam como doadoras do programa. O programa foi concebido para durar 13 anos e tem como objetivo ampliar e fortalecer o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Amazônia, por meio da proteção de 60 milhões de hectares de unidades de conservação no bioma amazônico e da garantia de recursos financeiros para a gestão dessas áreas no curto e no longo prazo. Ele é implementado em três fases independentes e contínuas: Fase I, entre 2003 e 2010, Fase II, entre 2010 e 2015, e Fase III, com prazo de 25 anos.

  • Contexto nacional de maior preocupação com a preservação da região amazônica e com o desenvolvimento sustentável, com o reconhecimento mundial da importância das florestas tropicais.
  • Elaboração de políticas públicas regionais para a conservação e o uso sustentável das florestas tropicais.
  • Orçamento do Programa ARPA para 2003-2015, de 236 milhões de dólares.

A inclusão do Parque Nacional do Jaú no programa ARPA foi uma estratégia essencial para sua conservação, uma vez que o ARPA é um dos maiores programas do mundo para a conservação de florestas tropicais, implementando um modelo que garante a captação e aplicação rápida e eficaz de recursos financeiros.

Durante a Fase I, o ARPA foi dedicado à criação de novas áreas protegidas. Na Fase II, seu foco foi a consolidação do programa. A Fase III tem como objetivo consolidar 60 milhões de hectares de áreas protegidas na Amazônia, em nível federal e nacional, e alcançar a sustentabilidade financeira.

O apoio do ARPA possibilitou a criação da RESEX do Rio Unini, consolidando a RESEX e o Parque Nacional do Jaú por meio do financiamento de projetos que possibilitaram a geração de valor de conservação e o aumento da renda financeira das comunidades locais. Isso contribui para a sustentabilidade de ambas as unidades de conservação em nível social, financeiro e de gestão.