Promoção de redes de carbono azul
O trabalho está em andamento para ampliar e transferir as lições aprendidas com os projetos atuais para outros países das Américas Central e do Sul. O conhecimento básico sobre o carbono azul precisa ser disseminado em vários níveis e escalas, os "campeões" locais precisam ser identificados e o interesse em replicar as experiências precisa ser avaliado. O estabelecimento de uma rede de profissionais, cientistas de carbono azul e tomadores de decisão promove a troca de experiências e informações, servindo assim como um catalisador para trabalhos futuros. Além disso, os vínculos com iniciativas globais garantem estruturas de trabalho comuns para atingir objetivos semelhantes.
Acima de tudo, as capacidades locais e regionais precisam ser promovidas de modo que uma linguagem, metas e expectativas compartilhadas em relação ao carbono azul sejam usadas além das fronteiras nacionais. É necessário ter "campeões" ou pontos focais locais que impulsionem o desenvolvimento de pesquisas e projetos prontos para o mercado e ajudem a desenvolver estruturas de políticas nacionais. Uma vez atingida uma massa crítica de pessoas, é preciso buscar fluxos de financiamento que promovam o intercâmbio de conhecimento e atividades piloto.
O interesse em projetos de carbono azul está aumentando nas Américas, mas ainda é necessária uma massa crítica de cientistas, profissionais e formuladores de políticas. A compreensão da ciência do carbono azul e dos componentes básicos das políticas ainda está em um estágio inicial em muitos países, e é por isso que as principais mensagens devem ser transmitidas em tempo hábil para os públicos certos.
A literatura internacional ainda precisa romper as barreiras do idioma para facilitar a disseminação entre vários atores. É necessário identificar pessoas-chave no governo e em institutos de pesquisa com conhecimento e experiência prévios ou interesse atual em carbono azul para que possam atuar como pontos focais em seus países ou sub-regiões e disseminar informações, projetar e implementar iniciativas locais e facilitar o aumento de escala. A cultura de compartilhamento de informações e dados na América Latina precisa ser compreendida para promover diálogos e ações de forma produtiva.