Ecoturismo, um veículo para a conservação e o desenvolvimento sustentável
Antes fragmentada como resultado da pressão do crescimento populacional e do desenvolvimento de certas infraestruturas econômicas, a floresta de Analamazaotra agora está sendo preservada. A mudança de status em 2015 para se tornar um parque nacional permitiu que o local destacasse as atividades de ecoturismo como soluções alternativas para o desmatamento e o desaparecimento de espécies.
Como resultado, o desenvolvimento do ecoturismo teve um impacto direto sobre a estabilidade da flora e da fauna. Por exemplo, a reintrodução de seis pares de Varecia variegata editorium em 2004 resultou em um aumento de 1,73 indivíduos por quilômetro para essa espécie. Além disso, a área de cobertura florestal foi mantida em 815 hectares entre 2017 e 2022.
O compromisso das partes interessadas diretas, como guias locais, a Comuna de Andasibe e várias instituições estaduais, permitiu que os Parques Nacionais de Madagascar atingissem esse nível.
Impactos
Uma grande mudança de comportamento positivo foi observada na comunidade local nas áreas periféricas de Analamazaotra na última década. O aumento do valor da comunidade local por meio da cadeia de valor teve um efeito positivo na conservação da área protegida: 1.500 famílias vivem principalmente do ecoturismo.
Em Ananalamazaotra, há 89 guias locais e 23 hotéis e estabelecimentos de hospedagem que empregam pessoas locais. Essas atividades turísticas também incentivaram o desenvolvimento de atividades semelhantes, como a venda de artesanato e carpintaria. Isso diversificou as fontes de renda da comunidade local, reduzindo sua dependência da exploração de recursos naturais.
O fato de a cobertura florestal do Parque Nacional de Analamazaotra ter permanecido em 815 hectares nos últimos cinco anos é um indicador dessa mudança de comportamento e do compromisso da população local com a conservação.