
Rede de Áreas de Pesca Marinha Responsável da Costa Rica

A rede de áreas marinhas de pesca responsável é a união dos diferentes territórios marinhos sob uma forma de governança compartilhada, tanto no Pacífico quanto no Caribe costarriquenho. Por meio dessa rede, pescadores e pescadoras de toda a Costa Rica participam ativamente da tomada de decisões relativas à pesca responsável e à erradicação da pobreza nas áreas marinhas costeiras. A Rede promove ações de aprendizado coletivo e busca formas de conservação marinha baseadas no respeito aos direitos humanos.
Contexto
Desafios enfrentados
Reconhecimento de outras formas de governança, como a governança compartilhada no sistema de áreas marinhas protegidas.
Reconhecimento do conhecimento tradicional como fundamental para a integração com o conhecimento científico.
Maior acompanhamento desses esforços pelas instituições governamentais.
Localização
Processar
Resumo do processo
Os direitos humanos são a base para a conservação marinha que atinge os três objetivos da Convenção sobre Diversidade Biológica: conservação, uso sustentável e compartilhamento justo e equitativo dos benefícios derivados da biodiversidade marinha. Somente com o bem-estar humano e o desenvolvimento da capacidade humana dos setores mais vulneráveis conseguiremos alcançar a conservação marinha - as pessoas do mar. O respeito aos direitos humanos na conservação marinha e a conquista da equidade e da justiça no tratamento das diferenças que existem entre as pessoas do mesmo setor permitem, sem dúvida, que a pesca artesanal seja reconhecida e valorizada no contexto da segurança alimentar e da erradicação da pobreza.
Blocos de construção
Direitos humanos
A Rede discute os principais obstáculos ao cumprimento dos direitos humanos fundamentais nas comunidades costeiras e marinhas. Questões como a posse da terra, o direito fundamental à água e aos alimentos e o acesso à pesca são fundamentais para a implementação das Diretrizes Voluntárias para a Pesca Sustentável de Pequena Escala no Contexto da Segurança Alimentar e da Erradicação da Pobreza, uma ferramenta adotada pelo país para sua implementação rápida e justa.
Fatores facilitadores
As necessidades desse setor são conhecidas e analisadas em termos de promoção de mudanças.
Está sendo desenvolvida uma visão holística das questões ambientais, sociais e econômicas, na qual os direitos fundamentais das comunidades, como sua identidade cultural, posse da terra e acesso ao uso dos recursos marinhos, entre outros, são levados em consideração.
Participação ativa de jovens e mulheres
O progresso está sendo feito em direção ao uso sustentável
Lição aprendida
A governança compartilhada e o compartilhamento de conhecimento entre pescadores e setores técnicos são elementos que favorecem a conservação e o bem-estar humano e tornam os pescadores mais bem preparados em sua luta pela defesa de seus direitos humanos.
É importante buscar formas inovadoras para a participação dos setores pesqueiros na conservação marinha e na implementação de uma visão de conservação marinha que garanta os direitos humanos.
NÃO pode haver conservação marinha sem o respeito aos direitos humanos fundamentais.
Equidade e distribuição justa de benefícios
O processo permite que os setores mais pobres e vulneráveis abordem a solução de problemas e deem voz aos que não têm voz. O processo desenvolve ferramentas que permitem uma melhor distribuição de benefícios para os setores mais vulneráveis. É desenvolvido um claro fortalecimento do papel das mulheres e dos jovens na cadeia de valor da pesca em pequena escala. O fortalecimento e os espaços de aprendizado entre as pescadoras e a discussão sobre o acesso e os direitos aos benefícios derivados da pesca em condições de igualdade têm sido fundamentais. A agenda das mulheres de rios, mares, lagos e lagoas está sendo desenvolvida com 4 eixos estratégicos: saúde, empoderamento econômico, trabalho decente e uso sustentável.
Fatores facilitadores
Participação de mulheres e jovens
Capacitação para setores vulneráveis.
Tomada de decisão compartilhada com o Estado
Lição aprendida
Mesmo dentro do mesmo setor, como o setor de pesca artesanal, há setores mais marginalizados e vulneráveis.
As mulheres precisam de mais apoio para poderem participar em igualdade de condições, e suas contribuições são importantes em toda a cadeia de valor e na conservação marinha.
Os jovens pescadores têm um enorme potencial para participar, com sua visão, da conservação marinha e do desenvolvimento em suas comunidades.
Conservação da biodiversidade marinha
A rede de áreas marinhas de pesca responsável reúne hoje mais de 11 áreas territoriais marinhas e 2 em processo de reconhecimento, que oferecem proteção a espécies marinhas por meio de esforços de pesca responsável. As áreas protegem a biodiversidade no Pacífico e no Caribe da Costa Rica. Foram desenvolvidos exercícios de ciência cidadã e pesquisa participativa que demonstram os benefícios biológicos de tais áreas marinhas sob modelos de governança compartilhada.
Fatores facilitadores
União entre territórios marinhos e pesca responsável.
Definição de formas de governança compartilhada para a tomada de decisões.
Planos de trabalho conjuntos
Boas práticas
Ciência cidadã e pesquisa participativa
Integração do conhecimento tradicional e científico
Lição aprendida
A conservação marinha ocorre com a ampla participação das partes interessadas na pesca de pequena escala.
Sem essa participação, a conservação marinha não será uma realidade, pois a pesca de pequena escala é um enorme potencial para a conservação marinha.
Há exemplos concretos em que os pescadores artesanais são um potencial para a conservação e não uma ameaça, e é importante divulgá-los.
A pesquisa participativa permite a adoção de ações imediatas em favor dos ecossistemas marinhos.
Impactos
Reconhecimento do conhecimento tradicional e das formas comunitárias e compartilhadas de governança.
Divulgação e implementação das Diretrizes Voluntárias para a Pesca de Pequena Escala no Contexto da Segurança Alimentar e da Erradicação da Pobreza
Pesca responsável e conservação marinha
Cumprimento das metas globais de desenvolvimento sustentável. Formas inovadoras de aprendizado para comunidades pesqueiras costeiras e marinhas.
Beneficiários
Pescadores e pescadoras
Jovens de áreas costeiras e marinhas.
Organizações de pesca em pequena escala.
Mulheres e homens pescadores e trabalhadores ao longo da cadeia de valor dos produtos da pesca.
Comunidades indígenas e afrodescendentes
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
História
