Rede de Áreas de Pesca Marinha Responsável da Costa Rica

Solução completa
A pesca em pequena escala utiliza uma diversidade de espécies marinhas
CoopeSoliDar R.L,2016

A rede de áreas marinhas de pesca responsável é a união dos diferentes territórios marinhos sob uma forma de governança compartilhada, tanto no Pacífico quanto no Caribe costarriquenho. Por meio dessa rede, pescadores e pescadoras de toda a Costa Rica participam ativamente da tomada de decisões relativas à pesca responsável e à erradicação da pobreza nas áreas marinhas costeiras. A Rede promove ações de aprendizado coletivo e busca formas de conservação marinha baseadas no respeito aos direitos humanos.

Última atualização: 30 Sep 2025
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Contexto
Desafios enfrentados
Aquecimento e acidificação dos oceanos
Aumento do nível do mar
Colheita insustentável, incluindo a pesca excessiva
Usos conflitantes / impactos cumulativos
Perda de ecossistema
Espécies invasoras
Falta de acesso a financiamento de longo prazo
Falta de oportunidades alternativas de renda
Falta de capacidade técnica
Falta de conscientização do público e dos tomadores de decisão
Governança e participação deficientes
Conflitos sociais e distúrbios civis
Desemprego / pobreza

Reconhecimento de outras formas de governança, como a governança compartilhada no sistema de áreas marinhas protegidas.

Reconhecimento do conhecimento tradicional como fundamental para a integração com o conhecimento científico.

Maior acompanhamento desses esforços pelas instituições governamentais.

Escala de implementação
Nacional
Ecossistemas
Estuário
Mangue
Recife rochoso / costão rochoso
Recifes de coral
Praia
Tema
Governança de áreas protegidas e conservadas
Meios de subsistência sustentáveis
Conhecimento tradicional
Pesca e aquicultura
Localização
Costa Rica
América Central
Processar
Resumo do processo

Os direitos humanos são a base para a conservação marinha que atinge os três objetivos da Convenção sobre Diversidade Biológica: conservação, uso sustentável e compartilhamento justo e equitativo dos benefícios derivados da biodiversidade marinha. Somente com o bem-estar humano e o desenvolvimento da capacidade humana dos setores mais vulneráveis conseguiremos alcançar a conservação marinha - as pessoas do mar. O respeito aos direitos humanos na conservação marinha e a conquista da equidade e da justiça no tratamento das diferenças que existem entre as pessoas do mesmo setor permitem, sem dúvida, que a pesca artesanal seja reconhecida e valorizada no contexto da segurança alimentar e da erradicação da pobreza.

Blocos de construção
Direitos humanos

A Rede discute os principais obstáculos ao cumprimento dos direitos humanos fundamentais nas comunidades costeiras e marinhas. Questões como a posse da terra, o direito fundamental à água e aos alimentos e o acesso à pesca são fundamentais para a implementação das Diretrizes Voluntárias para a Pesca Sustentável de Pequena Escala no Contexto da Segurança Alimentar e da Erradicação da Pobreza, uma ferramenta adotada pelo país para sua implementação rápida e justa.

Fatores facilitadores

As necessidades desse setor são conhecidas e analisadas em termos de promoção de mudanças.

Está sendo desenvolvida uma visão holística das questões ambientais, sociais e econômicas, na qual os direitos fundamentais das comunidades, como sua identidade cultural, posse da terra e acesso ao uso dos recursos marinhos, entre outros, são levados em consideração.

Participação ativa de jovens e mulheres

O progresso está sendo feito em direção ao uso sustentável

Lição aprendida

A governança compartilhada e o compartilhamento de conhecimento entre pescadores e setores técnicos são elementos que favorecem a conservação e o bem-estar humano e tornam os pescadores mais bem preparados em sua luta pela defesa de seus direitos humanos.

É importante buscar formas inovadoras para a participação dos setores pesqueiros na conservação marinha e na implementação de uma visão de conservação marinha que garanta os direitos humanos.

NÃO pode haver conservação marinha sem o respeito aos direitos humanos fundamentais.

Equidade e distribuição justa de benefícios

O processo permite que os setores mais pobres e vulneráveis abordem a solução de problemas e deem voz aos que não têm voz. O processo desenvolve ferramentas que permitem uma melhor distribuição de benefícios para os setores mais vulneráveis. É desenvolvido um claro fortalecimento do papel das mulheres e dos jovens na cadeia de valor da pesca em pequena escala. O fortalecimento e os espaços de aprendizado entre as pescadoras e a discussão sobre o acesso e os direitos aos benefícios derivados da pesca em condições de igualdade têm sido fundamentais. A agenda das mulheres de rios, mares, lagos e lagoas está sendo desenvolvida com 4 eixos estratégicos: saúde, empoderamento econômico, trabalho decente e uso sustentável.

Fatores facilitadores

Participação de mulheres e jovens

Capacitação para setores vulneráveis.

Tomada de decisão compartilhada com o Estado

Lição aprendida

Mesmo dentro do mesmo setor, como o setor de pesca artesanal, há setores mais marginalizados e vulneráveis.

As mulheres precisam de mais apoio para poderem participar em igualdade de condições, e suas contribuições são importantes em toda a cadeia de valor e na conservação marinha.

Os jovens pescadores têm um enorme potencial para participar, com sua visão, da conservação marinha e do desenvolvimento em suas comunidades.

Conservação da biodiversidade marinha

A rede de áreas marinhas de pesca responsável reúne hoje mais de 11 áreas territoriais marinhas e 2 em processo de reconhecimento, que oferecem proteção a espécies marinhas por meio de esforços de pesca responsável. As áreas protegem a biodiversidade no Pacífico e no Caribe da Costa Rica. Foram desenvolvidos exercícios de ciência cidadã e pesquisa participativa que demonstram os benefícios biológicos de tais áreas marinhas sob modelos de governança compartilhada.

Fatores facilitadores

União entre territórios marinhos e pesca responsável.

Definição de formas de governança compartilhada para a tomada de decisões.

Planos de trabalho conjuntos

Boas práticas

Ciência cidadã e pesquisa participativa

Integração do conhecimento tradicional e científico

Lição aprendida

A conservação marinha ocorre com a ampla participação das partes interessadas na pesca de pequena escala.

Sem essa participação, a conservação marinha não será uma realidade, pois a pesca de pequena escala é um enorme potencial para a conservação marinha.

Há exemplos concretos em que os pescadores artesanais são um potencial para a conservação e não uma ameaça, e é importante divulgá-los.

A pesquisa participativa permite a adoção de ações imediatas em favor dos ecossistemas marinhos.

Impactos

Reconhecimento do conhecimento tradicional e das formas comunitárias e compartilhadas de governança.

Divulgação e implementação das Diretrizes Voluntárias para a Pesca de Pequena Escala no Contexto da Segurança Alimentar e da Erradicação da Pobreza

Pesca responsável e conservação marinha

Cumprimento das metas globais de desenvolvimento sustentável. Formas inovadoras de aprendizado para comunidades pesqueiras costeiras e marinhas.

Beneficiários

Pescadores e pescadoras

Jovens de áreas costeiras e marinhas.

Organizações de pesca em pequena escala.

Mulheres e homens pescadores e trabalhadores ao longo da cadeia de valor dos produtos da pesca.

Comunidades indígenas e afrodescendentes

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
ODS 1 - Erradicação da pobreza
ODS 3 - Boa saúde e bem-estar
SDG 5 - Igualdade de gênero
ODS 8 - Trabalho decente e crescimento econômico
ODS 14 - Vida debaixo d'água
História
CoopeSoliDar R.L,2016
Mulheres descascadoras da Barra del Colorado compartilham sua experiência
CoopeSoliDar R.L,2016
Pouco a pouco, os pescadores artesanais de pequena escala, homens e mulheres, encontraram na Rede um espaço de capacitação e treinamento alinhado com sua visão e seus sonhos. A troca de experiências vividas a partir de seu contexto e modo de vida, por meio de encontros e discussões com outros pescadores de outras partes do país, proporcionou uma oportunidade única para que a pesca responsável e os avanços em direção a ela por meio de formas compartilhadas de governança fossem vividos intensamente. A rede promoveu intercâmbios de aprendizado entre pescadoras e pescadores de todo o país, para vivenciar suas experiências, apoiar as lutas uns dos outros e promover boas práticas. Pela primeira vez no país, as conquistas e necessidades desse setor produtivo são compartilhadas a partir de uma plataforma horizontal de ação coletiva.
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Outros colaboradores
Vivienne Solis Rivera
CoopeSoliDar R.L