Restauração de paisagens produtivas nos bosques secundários da Região Norte da Costa Rica

Solução completa
Manejo de Bosque secundário
CODEFORSA

A Costa Rica tem centrado seu compromisso na ação de manter e aumentar a cobertura florestal. A Região Norte conta com uma grande riqueza humana e ambiental, mas nos últimos anos foi estimada a criação de extensas plantações de monocultivos (como a pinha), prosperou a produção dos pequenos produtores e prosperou também seu capital natural. Foram perdidas grandes extensões de bosque, surgindo humedales, contaminando o solo, a água e o ar e aumentando a qualidade de vida dos moradores mais vulneráveis

Por meio de trabalhos muito específicos, pretende-se proteger a biodiversidade e os bosques como sumidouros de carbono, gerar renda e fortalecer a gestão dos recursos naturais com a consolidação de corredores biológicos, bem como a infraestrutura verde e a recuperação de locais de interesse para a redução da erosão e a proteção do recurso hídrico

A CODEFORSA realizou esta atividade como sub-receptora do projeto Fundo de Desenvolvimento Verde (Região SICA) financiado pela GIZ

Última atualização: 26 Feb 2025
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Contexto
Desafios enfrentados
Aumento das temperaturas
Degradação de terras e florestas
Perda de biodiversidade
Erosão
Perda de ecossistema
Falta de oportunidades alternativas de renda
Falta de capacidade técnica

Essas práticas pretendem proteger a biodiversidade e ver os bosques secundários como: sumidouros de carbono, barreira contra fenômenos naturais, consolidar biológicos.

A fragmentação florestal, de difícil controle do Estado, está induzindo as pessoas proprietárias de bosques a realizar práticas insustentáveis, mudança de uso e degradação. Além da expansão de monocultivos como a pinha, que utiliza que as áreas boscosas sejam eliminadas para dar lugar a atividades agrícolas ou usos "mais produtivos". Dessa forma, foram perdidas grandes extensões de bosque, aumentaram os humedales, contaminando o solo, a água e o ar com o uso excessivo de pesticidas, e aumentou a qualidade de vida dos moradores mais vulneráveis.

Devido à mudança climática, prevê-se que grande parte da área do projeto seja afetada por sequelas e possíveis déficits hídricos no futuro, o que ocasionará uma redução importante na fonte de renda para os produtores, especialmente os agropecuários.

Escala de implementação
Local
Ecossistemas
Floresta tropical perene
Tema
Fragmentação e degradação do habitat
Redução do risco de desastres
Mitigação
Conectividade/conservação transfronteiriça
Prevenção de erosão
Restauração
Localização
Los Lirios, Los Lirios, Los Chiles, Alajuela 21404, Costa Rica
América Central
Processar
Resumo do processo

Os fatores de sucesso estão ligados entre si, uma vez que, para realizar os tratamentos silviculturais nos bosques secundários, é necessário realizar a avaliação silvicultural preliminar dos mesmos para determinar o grau de sucessão natural que existe, que na Costa Rica foi determinado em quatro ou cinco estados, de acordo com o local em que se encontra o bosque úmido ou o bosque seco tropical. A avaliação silvícola ajudará a determinar qual é o estado da estrutura do bosque, as principais espécies presentes, a quantidade de árvores que podem fornecer madeira como produto florestal em curto, médio e longo prazo e a quantidade de árvores que servirão de fonte de umidade in situ para fortalecer o bosque. Porém, na Costa Rica, a terra é de domínio privado, de modo que é necessário localizar os proprietários para motivá-los e conhecer seu interesse em participar do manejo florestal como alternativa para avaliar os bosques secundários, garantir sua permanência no tempo, evitar o desmatamento e mitigar os efeitos da mudança climática. A Costa Rica definiu cinco tipos de uso florestal, entre eles o bosque secundário, que deve ser identificado e segregado dos bosques maduros e outros como início do planejamento das atividades.

Blocos de construção
Localizar os bosques secundários e seus proprietários na área de interesse.

El área de bosque secundario en Costa Rica, está identificada en el mapa desarrollado por SINAC en el año 2014, este mapa identifica los tipos de bosque para todo el país. Las propiedades donde se ubica el bosque, se identificaron por medio de los registros catastrales de las municipalidades de San Carlos y Los Chiles, que son información pública, se determinó quienes eran los propietarios de estas áreas de bosque.

Foram visitados os proprietários quetuvieran 10 hectáreas o más de bosque secundario, se les presentó el proyecto y se les planteó si tenían interés en participar, donde el aporte del propietario era facilitar el acceso al bosque para realizar una evaluación del estado silvicultural del mismo y posterior al análisis de los datos determinar el o los tratamientos silviculturales a desarrollar para consolidar el sitio como bosque, melhorar a estrutura vertical e horizontal do sítio e, a médio e longo prazo, obter benefícios econômicos do aproveitamento de seus serviços ecossistêmicos. No total, obteve-se a anuência de 14 proprietários de bosques para implementar as atividades do projeto.

Fatores facilitadores

- Contou com informações digitais sobre as áreas de bosques secundários em nível nacional e regional.

- Contou com a normativa de lei aprovada para identificar os bosques secundários em um nível de definição.

- A informação pública dos proprietários das áreas de floresta em nível digital que pertencem às municipalidades foi vital para localizar os proprietários dos bosques.

- A Região Norte do país tem uma cultura florestal, de modo que não foi difícil motivar os proprietários de fazendas a participar do programa de manejo de bosques secundários.

Lição aprendida

- Embora a nível de mapas se tenga como bosque secundário áreas de cobertura florestal, as mesmas devem ser visitadas para verificar o uso, pois devem confundir-se com plantações florestais em abandono ou repastos com muita presença de árboles.

- Os bosques secundários correspondem a áreas muito fragmentadas, de modo que registrar um grande impacto requer muito esforço.

- É preciso deixar bem claros os objetivos do projeto na hora de planejá-los ao proprietário do bosque para chegar à restauração adequada, onde o objetivo primordial é a manutenção do bosque em suas funções ecossistêmicas.

Avaliação silvicultural dos bosques secundários.

A avaliação do campo foi realizada por meio dos mutirões: Diagnóstico, Silvicultural y de Remanencia, el análisis de los resultados y elaboración de un documento técnico según decreto ejecutivo 39952-MINAE del 27 de julio 2016.

O estudo de diagnóstico é utilizado para a avaliação da produtividade potencial do bosque. Se evalúan en subparcelas de 10 x 10 m, los Deseables Sobresalientes (DS), basados en la metodología de Hutchinson (1993) y Quirós (1998) citado por Louman et al. (2001).

O estudo silvicultural é direcionado a árvores e palmeiras com DAP superior a 10 cm. Esse estudo determina a composição e a estrutura vertical e horizontal do bosque. Determinou-se o número de árvores, o nome científico e a área basal das espécies para criar quadrantes e curvas de distribuição por hectárea.

O estudo de remanência consiste em obter informações sobre as árvores mais grandes e mais velhas do bosque, que são denominadas remanescentes. O diâmetro mínimo de corta estabelecido para a cobertura florestal, em geral, é o diâmetro mínimo para classificar as árvores como remanescentes. Em bosques secundários, os arbustos remanescentes são os arbustos que já se encontravam no local antes de seu abandono.

Fatores facilitadores

- Já existia a legislação criada em relação à forma de realizar ações para intervir nos bosques secundários.

- Essa legislação está baseada em pesquisas suficientes e relevantes no mesmo país para ratificar que o que foi realizado é aplicável e não é necessário "tropicalizar" metodologias ou práticas.

- Existem profissionais com experiência na aplicação dessas metodologias no campo de forma existente.

Lição aprendida

- Realizar práticas de medicação antes de realizar o trabalho de campo para homologar critérios e retroalimentar práticas de medicação, já que alguns dos dados a serem recopilados são cualitativos, de modo que o critério é subjetivo.

- Marcar com pintura ou tinta de campo os inícios e finais das parcelas em cada transepto e tomar ponto com GPS.

- A cada cinco parcelas, indique em um arbusto próximo o consecutivo da numeração da parcela, pois se for necessário voltar a verificar ou revisar os dados, será mais fácil encontrá-los no campo.

Ejecución de los tratamientos silviculturales en bosque secundario.

A silvicultura é a disciplina que promove, por meio de informações científicas, o cultivo do bosque e seus possíveis produtos. Isso é possível por meio do planejamento e do apego ao comportamento particular de cada local; trata-se de levar o bosque a um estado desejado, otimizando seu aproveitamento. Os tratamentos silviculturais são uma prática mais dentro desse marco de manejo que pretende influenciar as espécies de costura futura.

Os tratamentos silviculturais aplicados foram: enriquecimento em fajãs com espécies nativas em uma unidade de manejo com sucessão natural temporária e aprovação de árvores em torta por meio de um plano de manejo florestal aprovado pelo SINAC nas três unidades de manejo restantes que apresentavam um estado de regeneração natural mais avançado.

Com o enriquecimento, foram plantados arbustos de espécies maduras valiosas para diversificar mais o bosque e, em médio prazo, obter renda pela venda de madeira e, com a aprovação de um plano de manejo florestal, obter renda imediata do bosque, fazendo com que o proprietário possa diversificar a renda.

Fatores facilitadores

- Ya se tenía experiencia en tratamientos silviculturales en bosque maduro o primario.

- O pessoal encarregado das trilhas de campo estava capacitado.

Lição aprendida

- Para executar o tratamento de enriquecimento, ele deve ser realizado melhor em uma época chuvosa para uma melhor adaptação das árvores ao plantio.

- É altamente recomendável utilizar espécies nativas e que se adaptem às condições do local de plantio.

- Acatar toda a normativa vigente nas atividades de cultivo de árvores dentro do bosque.

- Deve-se procurar que as árvores a serem plantadas por enriquecimento tenham acesso adequado à iluminação natural para favorecer sua adaptação e crescimento. Às vezes, é necessário fazer podas de ramas de árvores próximas para favorecer a iluminação.

Monitoramento e acompanhamento.

O monitoramento e acompanhamento do projeto de enriquecimento do bosque secundário é fundamental para o sucesso deste, pois a vegetação circundante aos arbustos plantados poderia afetar o crescimento dos mesmos e a vegetação do sotobosque de tipo enredadera poderia danificar fisicamente os arbustos até afetá-los severamente.

As atividades de manutenção consistem na eliminação de malhas circundantes aos arbustos estabelecidos e na verificação de um bom acesso à iluminação natural para acelerar o crescimento desses arbustos. A limpeza das árvores estabelecidas para os arbustos plantados será realizada de forma manual a uma distância de um ou dois metros por toda a extensão de cada árvore. Essa atividade será realizada a cada dois meses nos 18 primeiros meses.

Neste projeto, foram realizados dois dias de campo com os proprietários das áreas de bosque, colegas engenheiros florestais, autoridades governamentais e acadêmicas para apresentar os resultados da avaliação dos bosques secundários, os resultados obtidos e conhecer a opinião dos proprietários dos bosques secundários sobre a intenção de manter essas áreas sob a cobertura atual e os benefícios de não realizar o câmbio de uso do solo.

Fatores facilitadores

- Assegura-se o sucesso das atividades executadas.

- A iluminação dos arbustos plantados é vital.

- É importante divulgar as boas experiências para que elas sejam replicadas.

Lição aprendida

- É muito importante envolver o proprietário da fazenda nas atividades porque é ele quem continuará com o acompanhamento do trabalho.

- A restauração é um processo lento e de paciência.

Impactos

As ações do projeto buscaram a restauração de paisagens degradadas e a redução da vulnerabilidade à mudança climática na Região Huetar Norte do país, mediante a garantia, por meio da permanência do bosque secundário como tal, o fornecimento de serviços ecossistêmicos aos beneficiários locais (água, carbono, conectividade ecológica, controle de erosão, infiltração hídrica).

Isso é possível com a realização de atividades que pretendem proteger e aumentar também a biodiversidade dos bosques como sumidouros importantes para o armazenamento de carbono, fortalecendo a gestão dos recursos naturais com a consolidação de corredores biológicos entre áreas silvestres protegidas, como infraestrutura verde e a recuperação de sítios de interesse para a redução da erosão e a proteção do recurso hídrico, redução da pressão sobre o bosque maduro pela provisão de biomas florestais.

A mão de obra utilizada no projeto era das zonas próximas às unidades de manejo para favorecer a economia local e, além disso, a nível local se fala da existência dos bosques secundários e dos benefícios que se pode obter de seu manejo e conservação por meio do uso sustentável.

Beneficiários

Os beneficiários da iniciativa foram: proprietários e proprietários de bosques, mão de obra local, capacitação de outros produtores, engenheiros, setor público, moradores.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
SDG 5 - Igualdade de gênero
ODS 6 - Água potável e saneamento
ODS 12 - Consumo e produção responsáveis
ODS 13 - Ação climática
ODS 15 - Vida na terra