Um plano de gestão elaborado com a comunidade científica para garantir a solidez científica da gestão da Reserva Natural

Ciente da vulnerabilidade dos ecossistemas das Terras Austrais Francesas (TAF), a comunidade científica defendeu sua maior proteção, o que levou à criação da reserva natural em 2006. O primeiro plano de gestão (2011-2015) definiu 90 ações de conservação e pesquisa a serem realizadas no território (principalmente terrestre), das quais 35% são ações de pesquisa aplicada. O segundo plano de gestão (2018-2027) aplica-se a toda a ZEE do TAF (principalmente marinha), de acordo com o decreto de extensão e a regulamentação do perímetro de proteção em torno da reserva natural. Nesse contexto, e dada a lacuna de conhecimento sobre os ecossistemas marinhos, em especial para os ecossistemas profundos e em alto-mar, um conjunto totalmente novo de ações de pesquisa e conservação marinha foi identificado em estreita colaboração com cientistas. Embora mais de 40% das ações definidas pelo plano de gerenciamento abordem o aprimoramento do conhecimento, 60% delas tratam especificamente de ecossistemas marinhos. A extensão da reserva natural e a elaboração desse novo plano de gerenciamento criam novas dinâmicas de pesquisa e oportunidades de sinergia para ações de ciência e conservação. Novas colaborações científicas internacionais também são buscadas para fortalecer a rede socioecológica da TAF.

- A experiência de um primeiro plano de gerenciamento

- Parcerias históricas com organizações científicas

- Um processo de ecorregionalização que levou a recomendações de planejamento e gerenciamento de conservação espacial

- Oportunidades inovadoras de ciência e conservação decorrentes da criação de uma das maiores MPAs do mundo.

- O envolvimento das partes interessadas no desenvolvimento do plano de gestão é essencial para garantir a solidez e a propriedade das ações a serem realizadas.

- A priorização das ações a serem realizadas em uma AMP muito grande é uma questão complexa em um contexto de um território de difícil acesso e com recursos financeiros, humanos e técnicos limitados.