Obtenção de uma governança flexível para adaptação

As opções de governança e as respostas para a adaptação às mudanças climáticas são novas e devem estar em constante evolução; as decisões e o plano de governança precisam ser flexíveis; portanto, a adaptação deve avançar com uma abordagem flexível. Isso é possível com a aplicação de medidas de EbA com um "aprendizado pela prática", usando as melhores informações científicas disponíveis sobre cenários climáticos e informando instrumentos políticos locais e nacionais.

A vulnerabilidade climática em Esquichá foi avaliada com o uso da ferramenta CRiSTAL ("Community-basedRisk Screening Tool- Adaptationand Livelihoods").

Após um primeiro planejamento das atividades de EBA, as ações para integrar a flexibilidade foram:

  • A avaliação periódica das ações de EBA em campo e a adoção de decisões de curto prazo
  • Os resultados de monitoramento e avaliação serão fundamentais para incluir ajustes importantes
  • Inclusão de medidas de AbE no Plano de Gerenciamento de Microbacias
  • Avaliação das medidas para informar o Plano de Desenvolvimento do município.
  • Informação dos resultados às autoridades competentes, como a prefeitura do Instituto Florestal (INAB). Isso levou o INAB a buscar ferramentas para melhorar a forma como os incentivos são atribuídos e para identificar as comunidades localizadas nas principais áreas de captação de água.
  • Cresceu o interesse político em integrar a AbE e os critérios de segurança hídrica nos programas de incentivos florestais.
  • Interesse político do município de Tacaná.
  • Capacidade técnica do município de Tacaná.
  • As informações devem integrar as ciências (físicas, biológicas, econômicas e sociais) com o conhecimento tradicional e indígena.
  • A abordagem de "aprendizado pela ação" ou "aprender fazendo" é uma parte fundamental da obtenção de flexibilidade na governança da adaptação. Deve-se sempre buscar melhorias constantes e avaliar as práticas, estratégias e políticas que contribuem para aumentar a resiliência socioambiental. Como resultado dessa abordagem, os membros do Conselho da Microbacia do Rio Esquichá estão mais conscientes, por um lado, das estruturas legais e políticas que facilitam a governança multidimensional e a articulação necessária para lidar com as mudanças climáticas e, por outro, da necessidade de monitorar e avaliar, ao longo do tempo, os benefícios que os ecossistemas trazem para a adaptação e os meios de subsistência locais.