Gestão do patrimônio cultural de La Habana Vieja: uma alternativa para o desenvolvimento e a conservação
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Castillo de la Real Fuerza, La Habana Vieja
Alberto Hernández Oroza
O Centro Histórico de La Habana possui uma superfície territorial de 2,14 km2 e atualmente abriga uma população de mais de 60.000 habitantes. A cidade conta com cerca de 3.509 imóveis, dos quais quase uma terça parte pertence ao período colonial (séculos XVI a XIX), com um alto valor arquitetônico.
Nos inícios da criação de um modelo de gestão da cidade como Centro Histórico, a declaração de 1963 (Comissão Nacional de Monumentos de Cuba) definiu uma zona da cidade de La Habana como zona de prestígio cultural e histórico. Posteriormente, em 1978, o Centro Histórico da cidade foi declarado monumento nacional. Em 1976, iniciou-se um projeto geral de restauração proposto pela Direção de Patrimônio Cultural do Ministério da Cultura. Em 1981, foi confiada à Oficina del Historiador de La Habana a responsabilidade de salvaguardar e restaurar o Centro Histórico, o que permitiu que o Centro Histórico de La Habana Vieja alcançasse o status de Patrimônio Mundial da UNESCO.
Última atualização: 23 May 2023
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Como parte do processo de gestão do Plan Maestro, foi desenvolvido um modelo de gestão centrado em ações de proteção ao patrimônio com o apoio da cooperação internacional e estratégias para a divulgação da cultura, a proteção da sociedade, o hábitat e o meio ambiente na zona histórica. Os recursos serão então empregados no desenvolvimento do território, na reabilitação de imóveis de alto valor patrimonial, no intercâmbio cultural, na inversão em infraestruturas, na formação de cadeias produtivas, na promoção turística e na geração de novos empregos.
Foi desenvolvida uma atividade turística sustentável que respeita o meio ambiente, a sociedade e a cultura. Os recursos gerados contribuem para a recuperação física e para a manutenção do patrimônio imaterial, com benefícios diretos e indiretos para a comunidade, e reinvestem grande parte de suas utilidades em projetos locais. Por sua vez, o patrimônio cultural é o principal recurso do produto turístico do Centro Histórico.
O recente aumento das atividades do setor privado vinculadas ao turismo gera desafios para o desenvolvimento integral do Centro Histórico:
- Promover a inserção ordenada e regulada pelo setor público dos novos atores
- Respeitar os princípios do desenvolvimento sustentável
- Alcançar um equilíbrio entre as estratégias para a conservação do patrimônio, sua valorização e as necessidades e aspirações da comunidade local.
