
Proteger a Amazônia impulsionando a Revolução Natural por meio da colheita de frutos da floresta

O Grupo AJE nasceu como uma pequena empresa familiar em Ayacucho, Peru, e hoje é uma das maiores corporações peruanas com operações em 11 países e um sucesso que emprega mais de 10.000 famílias. A AJE fabrica e comercializa uma ampla variedade de bebidas, incluindo cervejas, refrigerantes, energéticos, isotônicos, águas, sucos e chás. Dentro do modelo, a conservação da biodiversidade ou "ouro verde" para o benefício das comunidades é um eixo central, reforçando a proteção da floresta como parte intrínseca da colheita dos frutos que compõem os diferentes produtos da empresa.
"É importante promover uma economia de mercado por meio do que os habitantes do território sabem fazer: proteger a floresta e colher os frutos".
Contexto
Desafios enfrentados
Ambientalmente:
- Proteger a enorme área de influência do projeto; há 5 milhões de hectares sob proteção, essa área representa 3,5 bilhões de toneladas de carbono, que, se fossem para a atmosfera, seriam 11.500 milhões de toneladas de CO2.
Socialmente:
- Capacitar as comunidades a assumir a liderança na conservação.
- Gerar uma mudança de padrão nos consumidores para incentivar o consumo responsável que opte por produtos que apoiem a conservação, tornando o projeto viável.
Em termos econômicos:
- Romper com o paradigma econômico atual e demonstrar ao mundo que o desenvolvimento econômico da Amazônia passa pela preservação de suas florestas, que é economicamente muito mais rentável ter uma floresta em pé do que derrubá-la.
Outros:
- Um dos principais desafios enfrentados pelo projeto foi a mudança nos instrumentos de governança; promover uma nova arquitetura institucional que nos permitisse operar o projeto "colheita de frutos da floresta" sob uma estrutura legal e institucional.
Localização
Processar
Resumo do processo
O projeto busca capacitar as comunidades, fornecendo-lhes ferramentas para o gerenciamento responsável de seus recursos. Parte da abordagem também é facilitar o desenvolvimento de negócios sustentáveis a partir delas, com a possibilidade de formar cooperativas para que possam comercializar seus produtos em conjunto. Isso garante salários justos e elimina o incentivo para outras formas de exploração florestal que podem ser destrutivas.
O treinamento e as ferramentas fornecidas concentram-se em boas práticas e planos de gerenciamento que permitem e incentivam a conservação da floresta. As comunidades estão no centro da proteção e conservação das florestas e, ao valorizar seus produtos, elas também serão valorizadas por sua origem.
Blocos de construção
Capacitação das comunidades
Que as comunidades que habitam a Reserva são as que lideram a proteção e a conservação da floresta e, ao mesmo tempo, buscam melhorar a qualidade de vida das pessoas.
O projeto busca capacitar as comunidades, fornecendo-lhes ferramentas para o gerenciamento responsável de seus recursos. Parte da abordagem também é facilitar o desenvolvimento de negócios sustentáveis por parte delas, com a possibilidade de formar cooperativas para que possam comercializar seus produtos em conjunto.
O treinamento e as ferramentas fornecidas se concentram em boas práticas e planos de gerenciamento que permitem e incentivam a conservação da floresta.
Fatores facilitadores
- Pagar preços justos para gerar renda que evitará sua migração e permitirá que eles protejam a floresta.
- Ter um mercado estável para os produtos (impulsionar a oferta - demanda).
- Assegurar que a colheita dos frutos seja suficiente e constante para atender à demanda da empresa.
- Treinar os produtores em boas práticas e conservação.
- Planos de gerenciamento adequados
- Tornar a cadeia de suprimentos sustentável.
Lição aprendida
- É necessário estar permanentemente próximo das comunidades.
- Ter muita paciência. Os projetos levam tempo.
- Não gere expectativas que não possam ser atendidas.
- É um projeto de longo prazo.
- É importante diversificar a oferta com projetos paralelos, nesse caso, além da colheita de frutos da floresta. Por esse motivo, estamos desenvolvendo outras opções, por exemplo, a "coleta de ovos de tartaruga", em que as tartarugas são protegidas e liberadas nos rios para sua reprodução e crescimento. Conseguimos liberar 6.000 tartarugas no rio.
Proteção da biodiversidade
Conservar um dos locais com maior biodiversidade do mundo e contribuir para o aumento das populações de espécies de pássaros, peixes, mamíferos etc.
Fatores facilitadores
-
Acompanhamento e compromisso institucional - órgãos públicos.
-
Serviço de áreas protegidas comprometido e funcionando.
-
Comunidades convencidas dos benefícios da conservação.
-
Apoio de campo contínuo por meio de aliados, como organizações civis e instituições governamentais.
Lição aprendida
- Para implementar uma medida bem-sucedida que vise proteger e conservar o território, é importante atribuir um valor ao território. Nesse caso, a fórmula ideal foi encontrada ao valorizar os frutos da floresta. Essa medida permitiu que os habitantes da floresta cuidassem e evitassem o desmatamento na área. Além disso, permitiu promover a economia local e melhorar a qualidade de vida das pessoas, oferecendo a elas uma opção de desenvolvimento e crescimento.
- É necessária uma visão integrada do gerenciamento da terra. Para implementar um projeto desse tipo e garantir seu sucesso, é desejável que aqueles que o projetam entendam que tudo na natureza está interconectado.
- Seria desejável que todas as empresas do mundo se tornassem modelos de economia circular e, assim, evitassem milhões de emissões de carbono.
- As parcerias com diferentes instituições e organizações fortalecem o projeto.
Impactos
Ambientalmente:
- Deter o desmatamento na Amazônia, que atualmente está em uma taxa de 17%.
- Promover a Revolução Natural em nível global e proteger a Amazônia. No território onde o projeto funciona, 6,5 milhões de hectares são protegidos:
- 6,5 milhões de hectares
- Mais de 700 espécies de pássaros
- Mais espécies de peixes do que no Oceano Atlântico
- 74 espécies de mamíferos
- 40% das reservas de carbono do Peru (3,5 bilhões de toneladas).
- Desenvolvimento de um processo de seleção rigoroso para comprar apenas frutas de áreas protegidas.
Socialmente:
- Trabalhar diretamente com as comunidades, garantindo que elas tenham renda estável e pagamentos justos.
- Implementação de programas de treinamento e acompanhamento.
- Desenvolvimento de planos de gerenciamento em conjunto com as comunidades.
Do ponto de vista econômico:
- Combatendo os intermediários e comprando diretamente dos produtores.
- Promoção de um setor sustentável por meio de fábricas de celulose de propriedade de microempresários.
Beneficiários
Meio ambiente:
- Sequestro de CO2
- Conservação da Amazônia,
- 700 espécies de pássaros
- 120 espécies de peixes
- 70 espécies de mamíferos
Socialmente:
- Trabalha com 12 comunidades, mais de 900 famílias.
- Apoia o desenvolvimento de negócios sustentáveis.
História
O início da AJE é muito diferente de outras empresas. Seus proprietários cresceram no campo e tiveram contato com a natureza e a biodiversidade peruana desde muito cedo. Com o tempo, a AJE se tornou uma empresa multinacional e se expandiu pelo mundo, desenvolvendo cada vez mais suas categorias. No entanto, sempre foi o sonho de seus fundadores promover a biodiversidade do país.
A empresa concentrou seus esforços na proteção da biodiversidade amazônica e no apoio à nova Revolução Natural por meio de superfrutas para promover a economia sustentável, a conservação e a melhoria da qualidade de vida das comunidades amazônicas. A visão do projeto é"valorizar os frutos da floresta amazônica, capacitando seus guardiões e elevando seu padrão de vida por meio da conservação de seu território".
Para atingir esse objetivo, a empresa tem trabalhado em conjunto com várias instituições e ONGs.
"Uma das características da revolução industrial é a competitividade, mas quando se trata de sustentabilidade não se pode competir, é preciso trabalhar em equipe".
Por um lado, em conjunto com o Minam, a implementação de planos de gestão com as comunidades é facilitada; assim como com o Serviço Natural de Áreas Naturais Protegidas (Sernanp), para aumentar o valor das reservas naturais e proteger as comunidades que são suas guardiãs.
Por outro lado, o trabalho está sendo realizado com a ONG Naturaleza y Cultura Internacional em Pacaya Samiria e Pucacuro. Com eles, as comunidades são treinadas e recebem o apoio necessário para que possam montar seus próprios negócios. O treinamento também é direcionado ao desenvolvimento de boas práticas de manejo de árvores para que a colheita de frutas seja segura e respeitosa.
Por fim, com o Governo Regional de Loreto e o Governo Regional de Ucayali, está sendo feito um trabalho para melhorar a coleta de frutos de palmeiras e a colheita de camu camu, respectivamente.
"A visão para o futuro é convidar mais empresas de todo o mundo a se unirem na promoção de modelos de economia circular, entendendo que essas ações podem evitar milhões de emissões de carbono, proteger o território e melhorar a qualidade de vida das pessoas."