Aprendizado de ação" e monitoramento para aumentar as capacidades e o conhecimento
Comitê da Microcuenca El Aguacate trabalhando no desassoreamento de canais (comunidade El Tamarindo)
IUCN @ Paul Aragón
Manos a la obra en los manglares de la comunidad El Tamarindo
IUCN @ Paul Aragón
A aprendizagem pela ação é um processo que envolve a implementação de atividades de AbE, juntamente com um programa prático de capacitação para ampliar os resultados. O processo, além de aprimorar as capacidades e habilidades das comunidades locais, gera evidências sobre os benefícios da EBA por meio da implementação de um sistema de monitoramento voltado para os formuladores de políticas. Alguns elementos e etapas do processo são:
- Avaliação participativa da vulnerabilidade socioambiental das comunidades.
- Priorização de locais de restauração de manguezais, como uma medida de AbE, com base na avaliação e na complementação do conhecimento tradicional.
- Monitoramento e avaliação participativos da eficácia da AbE para a segurança alimentar. A pesquisa (amostra de 22 famílias) visa compreender os benefícios da restauração em seus meios de subsistência.
- Processo de capacitação para fortalecer o gerenciamento de recursos naturais, a defesa local e as capacidades adaptativas, por meio de:
- Treinamentos e trocas de experiências sobre adaptação às mudanças climáticas, gestão de bacias hidrográficas e de água, e gestão sustentável de manguezais.
- Suporte técnico fornecido às comunidades para realizar conjuntamente a restauração de florestas de mangue.
- Atividades de monitoramento conjunto. Com evidências tangíveis, as comunidades são capazes de aumentar a conscientização e ganhar capacidade de defesa política e acesso a recursos financeiros.
- Devido à fraca presença governamental local, as comunidades promoveram sua própria auto-organização por meio de Associações de Desenvolvimento e outras estruturas locais (por exemplo, Comitês Ambientais), abrindo espaço também para a liderança e a mobilização das mulheres, o que resulta em maior capital social.
- Trabalhar tanto com comunidades formais (por exemplo, por meio de Associações de Desenvolvimento) quanto com outros grupos da sociedade civil local (por exemplo, Comitê de Microbacias) é fundamental, pois essas entidades têm interesse direto no sucesso das medidas de AbE a serem implementadas.
- As partes interessadas locais podem facilitar a disseminação das medidas e, com isso, sua replicação, como ocorreu com as comunidades a montante na bacia do rio Aguacate, onde as partes interessadas se interessaram pelas medidas implementadas a jusante e propuseram a criação de um fórum mais amplo (uma "Mangrove Alliance") para toda a costa salvadorenha.