Desenvolvimento de um programa para intervenções em edifícios históricos

Com mais de um terço das estruturas históricas em decadência e degradação, há uma necessidade urgente de obras de conservação. Essas obras precisam ser feitas levando-se em conta a extensão dos danos físicos, a propriedade, a disponibilidade de fundos, as oportunidades de investimento, bem como os possíveis usos e usuários futuros.

O Studiogovora está desenvolvendo um programa para avaliar e priorizar as intervenções nos edifícios históricos e, até o momento, agiu para proteger uma das mais antigas vilas históricas do resort, ajudou vários residentes com aconselhamento e trabalhos de pequena escala e restaurou um gazebo que data da década de 1930. A equipe também começou a recuperar e armazenar peças valiosas, como portas ou móveis, até que possam ser restauradas.

No momento, algumas intervenções já foram concluídas, incluindo uma intervenção de emergência, uma restauração completa do edifício e uma intervenção de reparo em um telhado. Vários projetos de restauração estão em fase de planejamento e sua implementação depende das decisões tomadas pelos proprietários.

  • Oportunidades de financiamento, sejam elas governamentais ou privadas
  • Colaboração das partes interessadas e capacidade de apoiar intervenções
  • Rede profissional para apoiar a equipe com os conhecimentos necessários
  • Empreiteiros abertos a trabalhar com técnicas tradicionais
  • Moradores dispostos a pedir ajuda para restaurar suas propriedades
  • Essas atividades exigem um trabalho de coordenação contínua e colaboração constante com proprietários, autoridades, empreiteiras, bem como com doadores e financiadores.
  • Os fundos públicos estão disponíveis principalmente para instituições públicas e menos para as privadas. Além disso, os fundos públicos só estão disponíveis para edifícios que são oficialmente reconhecidos como patrimônio, ou seja, monumentos históricos. Os edifícios em áreas protegidas ou os que são importantes em nível local geralmente não são elegíveis.
Fortalecimento das parcerias público-privadas-pessoas para o patrimônio local

A falta de administração local compartilhada do patrimônio está enraizada nas inúmeras mudanças de propriedade e na estrutura de proteção do patrimônio nacional altamente centralizada e burocratizada da Romênia.

O Govora Heritage Lab aumenta a conscientização sobre a necessidade de responsabilidade compartilhada na busca de soluções para proteger e reutilizar edifícios históricos abandonados. Por meio de seus projetos, a equipe oferece exemplos de como as ações de qualquer cidadão ou ator podem beneficiar o patrimônio local e criar novas oportunidades para as pessoas e o patrimônio por meio de uma estrutura de cooperação público-privada-pessoal.

Essas ações incluem: voluntariado no local para obras de restauração, colaboração contínua com partes interessadas públicas e privadas, consultoria sobre possibilidades de financiamento ou intervenções necessárias, eventos culturais em edifícios históricos etc.

Historicamente, o resort sempre contou com a cooperação público-privada para funcionar com sucesso, e hoje as parcerias público-privadas se tornaram um pré-requisito da maioria dos programas de financiamento dedicados à reabilitação do patrimônio.

Govora tem alguns edifícios históricos restaurados e espaços públicos que estão sendo pouco utilizados, e os proprietários precisam da ajuda da sociedade civil para criar eventos e atrair o público.

  • As oportunidades de financiamento geralmente solicitam parcerias público-privadas, mas mesmo nesses casos a parceria não é equilibrada, com estruturas de cima para baixo nas quais as ONGs desempenham papéis menores e os cidadãos individuais são vistos apenas como usuários finais.
  • As parcerias público-privadas são altamente dependentes da capacidade e do comprometimento das autoridades locais para implementá-las.
  • O financiamento público ainda está disponível principalmente para os proprietários públicos (prefeituras, municípios) e menos para os privados
  • As parcerias público-privadas funcionam geralmente bem em sociedades de alta confiança e ainda são um desafio em sociedades de baixa confiança, como a Romênia. Na ausência de uma estrutura jurídica clara que regulamente as parcerias público-privadas, elas ainda são vistas com desconfiança pelas autoridades e pelos cidadãos. Portanto, a participação da comunidade nas atividades é essencial para criar confiança em nível individual e comunitário.
  • A parceria público-privada e as ações implementadas para apoiar os proprietários locais levaram a um aumento do interesse dos cidadãos em participar de atividades relacionadas ao patrimônio.
Pesquisa interdisciplinar sobre patrimônio térmico

O estado atual do patrimônio em Govora mostra os desafios que o sistema de patrimônio romeno está enfrentando, a saber: a falta de conscientização sobre os diversos valores dos resorts históricos, capacidades inadequadas e estruturas legais não abrangentes.

A equipe do Govora Heritage Lab realiza pesquisas sobre os valores patrimoniais do patrimônio térmico e está em diálogo contínuo com autoridades e pesquisadores. Além do mapeamento, a pesquisa também visa identificar oportunidades por meio das quais o espaço urbano poderia recuperar sua vitalidade e atratividade para residentes e visitantes. A pesquisa avançou em diferentes níveis - levantamentos topográficos das estruturas existentes; discussões com proprietários privados para decidir sobre a estratégia para novas funções; estudos históricos, pesquisas em arquivos e levantamentos; análise dos contextos político, social e econômico em diferentes períodos de tempo - tudo isso aliado à negociação contínua com a administração local.

O Studiogovora fez uma parceria com a Universidade de Arquitetura e Planejamento Urbano Ion Mincu, em Bucareste, e apoia os alunos na escolha de locais em Govora para seus trabalhos de curso ou teses. Os resultados são apresentados periodicamente à comunidade local e aos tomadores de decisão por meio de debates, mesas-redondas e exposições.

Atualmente, a Romênia está atualizando sua legislação para incluir paisagens culturais e melhorar as políticas de proteção do patrimônio. A ligação entre patrimônio, comunidades e sustentabilidade está sendo incorporada ao discurso público. Um número crescente de estudantes de arquitetura e de outras áreas está optando por se voluntariar, pesquisar e trabalhar em projetos relacionados ao patrimônio térmico. As universidades estão abertas a parcerias com a sociedade civil e criam oportunidades para que os alunos adquiram experiência.

  • As ideias e soluções geradas por meio do processo de pesquisa estão ajudando a moldar a visão para o futuro de Govora, relacionando natureza, cultura e práticas de saúde. A apresentação dos resultados aos tomadores de decisão, aos proprietários e à comunidade fortalece o diálogo e o compromisso de implementar essa visão.
  • O fato de a comunidade profissional estar presente e envolvida mostra que há um interesse ativo no resort e que vale a pena proteger seus valores.
  • Os projetos oferecem uma visão otimista de Baile Govora como um local de patrimônio, no qual o estado atual dos edifícios é visto como uma oportunidade de desenvolvimento, e não apenas como um sinal de décadas de negligência.
  • Embora os projetos permaneçam teóricos, a comunidade espera ver resultados visíveis e há um risco de decepção se as ideias não se concretizarem.
Ações de conscientização e educação ambiental

O trabalho de conscientização e educação ambiental que o Santuário vem realizando tem sido fundamental para a conservação do páramo e de sua biodiversidade. Graças a essas ações, hoje as pessoas das aldeias vizinhas, os proprietários de terras e a RNSC, para quem o Santuário se tornou um lugar que lhes proporciona conhecimento e onde podem interagir com outras pessoas em torno do aprendizado e da conservação, o definem como uma "sala de aula ambiental aberta". Fabio Muñoz, atual chefe do Santuário, e sua equipe estão trabalhando para consolidar a Escola de Treinamento para a Conservação do Paramo, uma proposta que busca dar continuidade à educação ambiental e ao ensino sobre a restauração do Santuário para qualquer pessoa ou entidade que deseje aprender e replicar em outras áreas do país. O Exército Nacional do Batalhão Silva Plazas e sua base militar em Peña Negra, por exemplo, participaram das sessões de treinamento.

-Relacionamento constante com a comunidade local nos municípios de Encino, Charalá e Gámbita (Santander) e Duitama (Boyacá), o que gerou confiança, proximidade e interesse em aprender.

-Criatividade no ensino por parte da equipe do Santuário, tudo relacionado ao projeto de propagação das espécies com as quais trabalham no viveiro.

- Articulação com as Reservas Naturais da Sociedade Civil para desenvolver atividades conjuntas que favoreçam o processo de restauração.

A educação ambiental e a conscientização são necessárias na arte de conservar ecossistemas e espécies de interesse.

Monitoramento de pesquisa

Guanentá tem se caracterizado por seu trabalho de pesquisa com diferentes espécies de charnecas e altas montanhas, incluindo três espécies endêmicas das charnecas colombianas, Espeletia cachaluensis, E. chontalensis e E. laxiflora, bem como o Coloradito (Polylepis quadrijuga), espécies estas que são Valores Objeto de Conservação (VOC) da área protegida e de grande valor para as comunidades locais.

A pesquisa foi realizada em conjunto com instituições de ensino que tiveram a oportunidade de apoiar a coleta de informações sobre essas e outras espécies no Santuário, gerando informações que foram complementadas com o conhecimento local dos habitantes da área de influência, que foi fundamental em todas as fases do projeto, desde a coleta de sementes de cada espécie, o processo de propagação, a manutenção das mudas no viveiro e o subsequente plantio dos indivíduos. Além disso, o Guanentá, por ser o PA com a maior diversidade de frailejones do país, é um excelente cenário para a pesquisa.

-Acordos com universidades para o desenvolvimento de pesquisas sobre espécies endêmicas das charnecas.

-Conhecimento local dos agricultores para complementar as informações geradas.

Acompanhamento e monitoramento de espécies de frailejon e de alta montanha que são propagadas e plantadas.

- As informações obtidas em relação aos métodos eficazes de propagação, ao momento e à estratégia de restauração, como resultado da pesquisa, foram fundamentais para a geração de ações de conservação e para a tomada de decisões.

- A linha de base, o monitoramento e as parcelas do frailejón nos permitem aprender mais sobre a biologia e a ecologia da espécie para implementar ações que favoreçam a conservação da espécie.

-A eficácia do plantio é melhor quando é feito com a equipe local que tem conhecimento da área do que com mão de obra externa.

Participação dos principais atores (financiamento, acordos, alianças, etc.)

O financiamento de alternativas produtivas e/ou melhoria das práticas agrícolas fora do Santuário para as famílias com terras dentro da área protegida estimulou a liberação de áreas que eram utilizadas para a pecuária; dessa forma, as ações se concentraram na recuperação das áreas que foram impactadas. Por outro lado, a gestão de recursos técnicos e financeiros com atores públicos e privados facilita o desenvolvimento e a permanência em longo prazo do processo de restauração, pois, além da construção da infraestrutura e da operação do viveiro (equipamentos técnicos e insumos), também são realizados trabalhos de plantio, manutenção e cuidados.

Grande parte do trabalho de restauração realizado pelo PNNC é graças à participação e aos esforços interinstitucionais do CAS, CORPOBOYACA, WWF Colômbia, Associação AGROSOLIDARIA, Exército Nacional, municípios, empresas privadas e outros atores-chave, que forneceram insumos, mão de obra e infraestrutura, principalmente. Sem dúvida, as alianças estratégicas para a conservação da biodiversidade do Santuário são fundamentais para dar continuidade ao árduo e importante trabalho que a área vem implementando com esses atores-chave.

- Relações boas e constantes entre as comunidades locais e a AP.

- Conformidade com o plano de trabalho entre os atores interinstitucionais.

-Gerenciamento de recursos por parceiros e aliados.

As alianças e os acordos com diferentes instituições possibilitam que projetos de grande alcance, como o realizado pela SFF Guanentá, sejam mantidos ao longo do tempo. Graças ao trabalho em equipe com ONGs e universidades, o trabalho de propagação, restauração e pesquisa dessas importantes espécies continua até hoje.

Trabalho no berçário

A produção de material vegetal na AP para uso próprio facilita o processo de restauração realizado na área, pois não é fácil obter essas espécies em viveiros externos. Levando em conta essa necessidade, o viveiro da SFFG foi inaugurado em 2021, com capacidade para propagar e abrigar mais de 80.000 indivíduos de 23 espécies, incluindo 13 espécies de frailejon, 3 das quais são endêmicas.

As condições específicas para a propagação, manutenção e produção específica das espécies foram geradas a partir do processo desenvolvido com a equipe da área protegida. O processo de propagação começa com a coleta das sementes, no caso dos frailejones, que são encontradas nos caules das flores, depois são peneiradas e as melhores são selecionadas. Elas são então levadas ao viveiro para germinação. O trabalho no viveiro inclui atividades como regar as mudas duas vezes por dia, capinar, encher os sacos, transplantar para os sacos ou envasar, monitorar, experimentar e, é claro, fazer a manutenção do viveiro.

-Pessoas que trabalham em tempo integral no viveiro.

-Experimentação e pesquisa com o objetivo de otimizar os processos de germinação e os cuidados com as mudas, bem como a manutenção do viveiro.

-Parcerias estratégicas para gerenciamento de recursos e treinamento.

Melhoria dos processos de germinação: armazenamento e seleção de sementes e processos técnicos de pré-germinação.

-Equipe com capacidade técnica e experiência.

-O trabalho in situ permite a observação e a experimentação constantes para gerar conhecimento sobre a melhor maneira de propagar espécies para as quais não há mais informações disponíveis.

-Vinculação do conhecimento local e das lições aprendidas na construção da infraestrutura.

- Armazenamento adequado de sementes e tempos de colheita para aumentar a viabilidade.

Restauração colaborativa do ecossistema do páramo

A liberação de áreas dentro do Santuário que eram usadas para a criação de gado, no âmbito da assinatura de acordos de conservação com os fazendeiros, para reduzir a pressão sobre o Paramo, foi o primeiro passo no processo de recuperação desse importante ecossistema, que fornece serviços ecossistêmicos vitais para o território, como o fornecimento de recursos hídricos, a regulação da água, a purificação, o sequestro de carbono e a provisão de habitat, além de ser uma área que se caracteriza como um corredor para várias espécies de fauna, rica em diversidade de flora e presença de espécies endêmicas.

Nesse sentido, essa iniciativa de restauração ajuda a garantir que as comunidades locais possam continuar a desfrutar dos benefícios oferecidos e, ao mesmo tempo, adquirir conhecimento sobre a propagação e o manejo de espécies de alta montanha.

Assim, o Santuário está comprometido com a conservação, a restauração e o gerenciamento sustentável do ecossistema, juntamente com aliados estratégicos, como autoridades ambientais regionais, organizações não governamentais, comunidades locais, entidades públicas e empresas privadas.

- Comunidades locais dispostas a se envolver nas ações propostas pelo Santuário para a conservação do páramo.

- Capacidade de gestão e sensibilidade aos aspectos socioculturais por parte da equipe do Santuário, a fim de estabelecer canais de diálogo e confiança com os atores institucionais e comunitários.

- Equipe de trabalho com conhecimento de restauração de pântanos.

-Integração de ações de restauração para ajudar a prevenir e mitigar as pressões de uso.

- As informações de pesquisa e monitoramento são fundamentais para a implementação de ações de prevenção e mitigação de pressões que afetam ecossistemas estratégicos, como os páramos.