Abordar a dinâmica de poder e promover o envolvimento em ações coletivas

Essas três ferramentas de tomada de decisão foram cruciais para abordar a dinâmica de poder e promover a participação e o envolvimento das partes interessadas na ação coletiva no Parque Nacional:

  • Uma ferramenta analítica para caracterizar os tipos de arranjos de governança na área protegida. Os arranjos formais e informais de governança foram classificados em termos de responsabilidade das partes interessadas (compartilhada vs. concentrada) e influência (igual vs. desigual) em quatro tipos: prescritivo, informativo, consultivo e cooperativo. Ao aplicar essa ferramenta no Parque Nacional, identificamos os desafios para uma conservação mais inclusiva socialmente e, ao mesmo tempo, aprimoramos os mecanismos participativos existentes e delineamos novos mecanismos;
  • Técnicas de facilitação baseadas em teatro para abordar a dinâmica de poder entre as partes interessadas. Ao utilizá-las em um workshop virtual, os participantes deliberaram sobre suas funções e relações de poder em torno da governança da conservação e como elas podem ser conciliadas para melhorar a colaboração;
  • Um objeto de limite específico do contexto para facilitar a ação coletiva para a governança da conservação. Usando essa ferramenta gráfica em um workshop, os participantes avaliaram seu nível de disposição para colocar várias estratégias em prática. A ferramenta visualizou os resultados graficamente como um indicador da disposição potencial para passar da teoria à prática.
  • A ferramenta analítica para caracterizar os arranjos de governança requer a coleta de dados sobre os mecanismos de tomada de decisão existentes por trás de cada arranjo identificado, os participantes envolvidos e como eles estão envolvidos;
  • As abordagens baseadas em arte e o objeto de limite específico do contexto requerem um processo baseado em abordagens de coaprendizagem e coprodução de conhecimento por meio das quais os participantes deliberam sobre a dinâmica de poder, os desafios de conservação e definem estratégias colaborativas para enfrentá-los.
  • A análise dos arranjos de governança formais e informais serve como um meio de entender como a participação na tomada de decisões de conservação é de fato moldada dentro da governança das áreas protegidas e como melhorar o engajamento dos interessados, considerando o contexto;
  • É importante considerar os mecanismos informais de governança para entender as possíveis compensações, pois eles podem levar a resultados positivos e negativos para a conservação;
  • A responsabilidade e a influência dos participantes são eixos analíticos fundamentais para delinear os mecanismos participativos a fim de identificar oportunidades para uma conservação mais inclusiva socialmente;
  • Os métodos baseados em arte são úteis para incorporar aspectos de relações de poder nos debates sobre conservação;
  • A elucidação de relações desiguais para a governança da conservação oferece oportunidades para esclarecer as funções dos participantes e suas responsabilidades e facilitar uma melhor compreensão de como elas podem ser conciliadas para melhorar a colaboração;
  • A avaliação da disposição dos participantes para se envolverem na colocação das estratégias em prática é um fator crucial para orientar a ação coletiva.