




Apesar de a saúde do ecossistema e os serviços que eles fornecem serem cruciais para o setor, eles nem sempre são considerados de forma suficiente nos planos e políticas de desenvolvimento do turismo. Portanto, a ADAPTUR designou um consultor técnico para o Ministério do Turismo (SECTUR) e outro para o Ministério do Meio Ambiente (SEMARNAT) para trabalharem juntos e estabelecerem estruturas de cooperação que permitiram integrar aspectos da biodiversidade e da mudança climática na legislação nacional.
Um resultado importante foi o novo Programa de Turismo 2020-2024 PROSECTUR, que representa um marco importante nas ambições do México de cumprir suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC) e de integrar a adaptação baseada em ecossistemas (EbA) em seus planos setoriais. Em nível subnacional, um consultor técnico regional também foi designado a cada um dos três destinos do projeto para facilitar permanentemente os processos de cooperação local.
Com isso, foram desenvolvidas várias políticas subnacionais e planos de desenvolvimento que integram a AbE (por exemplo, Plano Climático Municipal de Puerto Vallarta, Plano Climático Municipal de Bahía de Banderas, Plano de Desenvolvimento Urbano de San Miguel de Allende). Recentemente, foram iniciadas as propostas de políticas feitas pelo Congresso de Quintana Roo e a iniciativa de integrar as metas do NDC e do PROSECTUR nas políticas subnacionais de turismo.
- Estabelecimento de estruturas de cooperação entre o Ministério do Turismo e o Ministério do Meio Ambiente.
- Presença permanente de Consultores Técnicos nas regiões-piloto (sem fly-in/fly-out).
- Capacitação das principais partes interessadas em nível nacional e regional e de diferentes setores.
- A mídia e a imprensa locais publicaram muitos artigos sobre turismo e mudanças climáticas e influenciaram favoravelmente a opinião pública.
- Líderes do setor público e privado atuaram como agentes de mudança e promoveram a EBA como uma solução.
- A biodiversidade ou a adaptação às mudanças climáticas podem ser facilmente integradas aos planos e políticas setoriais se houver uma ponte de comunicação ou uma estrutura de cooperação entre as respectivas entidades governamentais. Essas estruturas de cooperação provavelmente precisarão da facilitação de um terceiro, como a GIZ ou outros facilitadores que atuem como ponte.
- A inclusão do setor privado em processos multissetoriais participativos para o desenvolvimento de planos e políticas continua sendo um desafio devido às diferentes culturas de trabalho, às metas de curto prazo e às restrições de tempo. É possível, mas somente se o projeto oferecer formatos adequados para o setor privado (focado, orientado para resultados, estilo executivo) ou limitar a interação a pontos de decisão específicos (versus participação durante todo o processo).
- Já na fase de planejamento do projeto, é importante considerar os ciclos governamentais e as eleições em nível nacional e subnacional para evitar que processos promissores de desenvolvimento de políticas sejam interrompidos. Por outro lado, governos recém-eleitos podem oferecer boas oportunidades para novas iniciativas legislativas.