Ações de conscientização e educação ambiental

O trabalho de conscientização e educação ambiental que o Santuário vem realizando tem sido fundamental para a conservação do páramo e de sua biodiversidade. Graças a essas ações, hoje as pessoas das aldeias vizinhas, os proprietários de terras e a RNSC, para quem o Santuário se tornou um lugar que lhes proporciona conhecimento e onde podem interagir com outras pessoas em torno do aprendizado e da conservação, o definem como uma "sala de aula ambiental aberta". Fabio Muñoz, atual chefe do Santuário, e sua equipe estão trabalhando para consolidar a Escola de Treinamento para a Conservação do Paramo, uma proposta que busca dar continuidade à educação ambiental e ao ensino sobre a restauração do Santuário para qualquer pessoa ou entidade que deseje aprender e replicar em outras áreas do país. O Exército Nacional do Batalhão Silva Plazas e sua base militar em Peña Negra, por exemplo, participaram das sessões de treinamento.

-Relacionamento constante com a comunidade local nos municípios de Encino, Charalá e Gámbita (Santander) e Duitama (Boyacá), o que gerou confiança, proximidade e interesse em aprender.

-Criatividade no ensino por parte da equipe do Santuário, tudo relacionado ao projeto de propagação das espécies com as quais trabalham no viveiro.

- Articulação com as Reservas Naturais da Sociedade Civil para desenvolver atividades conjuntas que favoreçam o processo de restauração.

A educação ambiental e a conscientização são necessárias na arte de conservar ecossistemas e espécies de interesse.

Monitoramento de pesquisa

Guanentá tem se caracterizado por seu trabalho de pesquisa com diferentes espécies de charnecas e altas montanhas, incluindo três espécies endêmicas das charnecas colombianas, Espeletia cachaluensis, E. chontalensis e E. laxiflora, bem como o Coloradito (Polylepis quadrijuga), espécies estas que são Valores Objeto de Conservação (VOC) da área protegida e de grande valor para as comunidades locais.

A pesquisa foi realizada em conjunto com instituições de ensino que tiveram a oportunidade de apoiar a coleta de informações sobre essas e outras espécies no Santuário, gerando informações que foram complementadas com o conhecimento local dos habitantes da área de influência, que foi fundamental em todas as fases do projeto, desde a coleta de sementes de cada espécie, o processo de propagação, a manutenção das mudas no viveiro e o subsequente plantio dos indivíduos. Além disso, o Guanentá, por ser o PA com a maior diversidade de frailejones do país, é um excelente cenário para a pesquisa.

-Acordos com universidades para o desenvolvimento de pesquisas sobre espécies endêmicas das charnecas.

-Conhecimento local dos agricultores para complementar as informações geradas.

Acompanhamento e monitoramento de espécies de frailejon e de alta montanha que são propagadas e plantadas.

- As informações obtidas em relação aos métodos eficazes de propagação, ao momento e à estratégia de restauração, como resultado da pesquisa, foram fundamentais para a geração de ações de conservação e para a tomada de decisões.

- A linha de base, o monitoramento e as parcelas do frailejón nos permitem aprender mais sobre a biologia e a ecologia da espécie para implementar ações que favoreçam a conservação da espécie.

-A eficácia do plantio é melhor quando é feito com a equipe local que tem conhecimento da área do que com mão de obra externa.

Participação dos principais atores (financiamento, acordos, alianças, etc.)

O financiamento de alternativas produtivas e/ou melhoria das práticas agrícolas fora do Santuário para as famílias com terras dentro da área protegida estimulou a liberação de áreas que eram utilizadas para a pecuária; dessa forma, as ações se concentraram na recuperação das áreas que foram impactadas. Por outro lado, a gestão de recursos técnicos e financeiros com atores públicos e privados facilita o desenvolvimento e a permanência em longo prazo do processo de restauração, pois, além da construção da infraestrutura e da operação do viveiro (equipamentos técnicos e insumos), também são realizados trabalhos de plantio, manutenção e cuidados.

Grande parte do trabalho de restauração realizado pelo PNNC é graças à participação e aos esforços interinstitucionais do CAS, CORPOBOYACA, WWF Colômbia, Associação AGROSOLIDARIA, Exército Nacional, municípios, empresas privadas e outros atores-chave, que forneceram insumos, mão de obra e infraestrutura, principalmente. Sem dúvida, as alianças estratégicas para a conservação da biodiversidade do Santuário são fundamentais para dar continuidade ao árduo e importante trabalho que a área vem implementando com esses atores-chave.

- Relações boas e constantes entre as comunidades locais e a AP.

- Conformidade com o plano de trabalho entre os atores interinstitucionais.

-Gerenciamento de recursos por parceiros e aliados.

As alianças e os acordos com diferentes instituições possibilitam que projetos de grande alcance, como o realizado pela SFF Guanentá, sejam mantidos ao longo do tempo. Graças ao trabalho em equipe com ONGs e universidades, o trabalho de propagação, restauração e pesquisa dessas importantes espécies continua até hoje.

Trabalho no berçário

A produção de material vegetal na AP para uso próprio facilita o processo de restauração realizado na área, pois não é fácil obter essas espécies em viveiros externos. Levando em conta essa necessidade, o viveiro da SFFG foi inaugurado em 2021, com capacidade para propagar e abrigar mais de 80.000 indivíduos de 23 espécies, incluindo 13 espécies de frailejon, 3 das quais são endêmicas.

As condições específicas para a propagação, manutenção e produção específica das espécies foram geradas a partir do processo desenvolvido com a equipe da área protegida. O processo de propagação começa com a coleta das sementes, no caso dos frailejones, que são encontradas nos caules das flores, depois são peneiradas e as melhores são selecionadas. Elas são então levadas ao viveiro para germinação. O trabalho no viveiro inclui atividades como regar as mudas duas vezes por dia, capinar, encher os sacos, transplantar para os sacos ou envasar, monitorar, experimentar e, é claro, fazer a manutenção do viveiro.

-Pessoas que trabalham em tempo integral no viveiro.

-Experimentação e pesquisa com o objetivo de otimizar os processos de germinação e os cuidados com as mudas, bem como a manutenção do viveiro.

-Parcerias estratégicas para gerenciamento de recursos e treinamento.

Melhoria dos processos de germinação: armazenamento e seleção de sementes e processos técnicos de pré-germinação.

-Equipe com capacidade técnica e experiência.

-O trabalho in situ permite a observação e a experimentação constantes para gerar conhecimento sobre a melhor maneira de propagar espécies para as quais não há mais informações disponíveis.

-Vinculação do conhecimento local e das lições aprendidas na construção da infraestrutura.

- Armazenamento adequado de sementes e tempos de colheita para aumentar a viabilidade.

Restauração colaborativa do ecossistema do páramo

A liberação de áreas dentro do Santuário que eram usadas para a criação de gado, no âmbito da assinatura de acordos de conservação com os fazendeiros, para reduzir a pressão sobre o Paramo, foi o primeiro passo no processo de recuperação desse importante ecossistema, que fornece serviços ecossistêmicos vitais para o território, como o fornecimento de recursos hídricos, a regulação da água, a purificação, o sequestro de carbono e a provisão de habitat, além de ser uma área que se caracteriza como um corredor para várias espécies de fauna, rica em diversidade de flora e presença de espécies endêmicas.

Nesse sentido, essa iniciativa de restauração ajuda a garantir que as comunidades locais possam continuar a desfrutar dos benefícios oferecidos e, ao mesmo tempo, adquirir conhecimento sobre a propagação e o manejo de espécies de alta montanha.

Assim, o Santuário está comprometido com a conservação, a restauração e o gerenciamento sustentável do ecossistema, juntamente com aliados estratégicos, como autoridades ambientais regionais, organizações não governamentais, comunidades locais, entidades públicas e empresas privadas.

- Comunidades locais dispostas a se envolver nas ações propostas pelo Santuário para a conservação do páramo.

- Capacidade de gestão e sensibilidade aos aspectos socioculturais por parte da equipe do Santuário, a fim de estabelecer canais de diálogo e confiança com os atores institucionais e comunitários.

- Equipe de trabalho com conhecimento de restauração de pântanos.

-Integração de ações de restauração para ajudar a prevenir e mitigar as pressões de uso.

- As informações de pesquisa e monitoramento são fundamentais para a implementação de ações de prevenção e mitigação de pressões que afetam ecossistemas estratégicos, como os páramos.

Dados do drone

Os drones desempenham um papel fundamental no sistema de monitoramento 3LD, complementando outros métodos de coleta de dados. Os drones são ferramentas essenciais nos países parceiros para fortalecer as habilidades técnicas da equipe local. Essas habilidades abrangem o planejamento de voo, a navegação e a avaliação de imagens. O monitoramento por drones tem como objetivo capacitar a equipe do projeto a capturar dados sob medida para análises fotogramétricas, a partir das quais surgem geoinformações cruciais.

A metodologia de mapeamento com drones abrange cinco estágios, sendo que os dois primeiros se concentram nas operações com drones:

  1. Preparação da missão de mapeamento (trabalho de escritório)
  2. Execução da missão de mapeamento (trabalho de campo)
  3. Desenvolvimento do modelo de superfície digital (DSM) e geração de ortomosaico (trabalho de desktop)
  4. Análise e refinamento de dados (trabalho de escritório)
  5. Integração ao sistema de dados predominante (trabalho de escritório)

Os dados de drones auxiliam na avaliação de indicadores ligados ao carbono/biomassa, como taxas de mortalidade e tipos de floresta. Em particular, com a aplicação de equações alométricas e a caracterização adequada do tipo de terra, as estimativas de biomassa acima do solo das árvores podem ser determinadas.

Os drones com capacidade de planejamento de voo predefinida garantem a criação perfeita de ortofotos a partir de imagens individuais. Isso permite que os instantâneos individuais se fundam perfeitamente em uma ortofoto (fotografia aérea corrigida de distorções, permitindo medições precisas). Também é fundamental considerar a disponibilidade desses drones nos mercados locais dos países parceiros. Aproveitar o conhecimento local envolvendo o meio acadêmico local é fundamental nesse processo. Eles podem fornecer equações alométricas essenciais, baseadas na altura da árvore, que facilitam cálculos precisos de biomassa.

Os drones geram imagens de alta resolução, permitindo uma visão geral detalhada das mudanças na cobertura da terra, da sobrevivência das árvores e das taxas de erosão, entre outros. Combinado com dados de campo, o monitoramento baseado em drones é fortalecido, garantindo um monitoramento sólido.

A heterogeneidade das árvores e a densidade da vegetação muitas vezes impedem uma boa extração de pontos-chave comuns entre as imagens, o que é necessário para estimar as alturas e outros indicadores. Nesse sentido, aumentar a sobreposição entre as imagens para um mínimo de 85% de sobreposição frontal e lateral pode melhorar a extração de pontos-chave. Além disso, aumentar a altura de voo do drone reduz a distorção da perspectiva, o que facilita a detecção de semelhanças visuais entre imagens sobrepostas. No entanto, o excesso de sobreposição, ou seja, altas porcentagens de sobreposição, resulta em uma quantidade maior de dados, tornando o processamento de dados mais demorado.

Outro aspecto já mencionado é a disponibilidade de drones adequados nos países parceiros. A importação de drones para os respectivos países é difícil, e ainda existem barreiras burocráticas.

Dados de satélite

Os dados de satélite formam a base do sistema 3LD-Monitoring, aproveitando os recursos de imagens de código aberto dos satélites Copernicus Sentinel-2 e LANDSAT. Um algoritmo, meticulosamente desenvolvido pela Remote Sensing Solutions (RSS) GmbH, revoluciona esse processo. Os usuários podem enviar sem problemas o shapefile de sua área de interesse, fazendo com que o algoritmo busque e analise automaticamente os dados relevantes. Um espectro de análises robustas é conduzido, incluindo a tendência de vegetação de 5 anos usando NDVI para avaliar ganhos ou perdas de vegetação, análise de umidade de vegetação de 5 anos por meio de NDWI e uma avaliação de tendência de precipitação de 5 anos com nuances. Além disso, o algoritmo facilita a visualização das mudanças na vegetação desde o início do projeto, reforçando a estrutura de monitoramento com percepções dinâmicas. Os dados de satélite, um componente vital do sistema de monitoramento 3LDM, aproveitam imagens de código aberto da missão Copernicus Sentinel-2 e dos satélites LANDSAT. Para áreas predefinidas, esses dados são automaticamente obtidos e analisados em relação a parâmetros específicos. As principais análises incluem uma tendência de vegetação de 5 anos usando o NDVI como indicador de ganhos ou perdas de vegetação, uma tendência de umidade da vegetação de 5 anos por meio do NDWI e uma tendência de precipitação de 5 anos. Além disso, as alterações na vegetação desde o início do projeto podem ser visualizadas.

O uso eficaz desse bloco de construção depende de os usuários desenharem e salvarem áreas em plataformas GIS, como o QGIS. Além disso, o aprimoramento do shapefile com detalhes do projeto, como datas de início e tipo de FLR, otimiza a análise. O treinamento adequado nessas habilidades garante a entrada de dados precisos e o monitoramento personalizado, tornando o desenvolvimento de capacidade nessas áreas essencial, se não estiver presente.

Embora os dados de satélite, especialmente os de código aberto, ofereçam amplas percepções, sua capacidade de identificação de espécies é altamente restrita, se não inatingível. Essa limitação enfatiza o papel indispensável do trabalho de campo para discernir a composição e as características das espécies. Além disso, a compreensão das restrições inatas das imagens de satélite, especialmente em plantações de árvores jovens, reforça a necessidade de integrar dados de campo e de drones para obter uma visão abrangente dos terrenos florestais.

Dados de campo

As imagens de satélite e de drones, apesar de sua inegável contribuição para o monitoramento, são limitadas nos primeiros anos dos esforços de RPF. A coleta de dados em nível de campo é fundamental nos primeiros anos do projeto.

A coleta de dados em nível de campo é dividida em três abordagens participativas:

  • Parcelas permanentes de amostragem: Parcelas fixas, onde serão estimadas a altura, o DBH e as taxas de sobrevivência das árvores. As parcelas permanentes de amostragem serão avaliadas em intervalos de três anos, devido ao alto consumo de mão de obra e tempo.
  • Planejamento do uso da terra: rodadas de discussão para avaliação de informações, bem como identificação de espécies ameaçadas de acordo com a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Mundial para a Natureza (IUCN). É integrado a outros processos de planejamento de uso da terra e, portanto, não tem um intervalo de avaliação definido.
  • Transectos: Identificação de espécies florísticas e faunísticas, bem como da composição da estrutura florestal, em um intervalo de avaliação de três meses

Todos os indicadores relevantes incluídos nas três abordagens participativas são coletados usando o KOBO Toolbox. Esse software oferece condições adequadas e é fácil de operar, alinhando-se aos objetivos de monitoramento do projeto.

Uma abordagem participativa é essencial para garantir um monitoramento de longo prazo das áreas restauradas. A simbiose entre o conhecimento local e o treinamento/capacitação da equipe local e dos parceiros regionais é o núcleo dessa abordagem. A identificação das necessidades da comunidade, a organização de rodadas de discussão e o envolvimento da comunidade local no desenvolvimento e teste do sistema de monitoramento estimulam a consciência e a conexão com a paisagem restaurada.

  • Prioridade de dados de campo: Nos estágios iniciais da RPF, a coleta de dados em nível de campo é mais eficaz do que depender apenas de imagens de satélite e de drones.

  • Abordagens participativas: O emprego de métodos participativos, como parcelas de amostragem permanentes, planejamento do uso da terra e transectos, envolve as comunidades locais e aprimora o monitoramento.

  • Tecnologia apropriada: O uso de ferramentas fáceis de usar, como a KOBO Toolbox, alinha-se bem aos objetivos do projeto e simplifica a coleta de dados.

  • Envolvimento da comunidade local: O envolvimento e o treinamento das comunidades locais garantem o sucesso a longo prazo e promovem uma conexão com as paisagens restauradas.

Avaliação e fortalecimento da capacidade institucional para integrar a restauração de paisagens em planos setoriais

Para garantir que a restauração da paisagem seja adequadamente integrada aos planos de ação setoriais e locais, a TRI Tanzânia realizou uma avaliação da capacidade institucional de integrar a restauração em instituições com mandatos relacionados à SLR. O objetivo do trabalho é identificar as principais lacunas de capacidade e gerar recomendações para melhorar a capacidade institucional de integrar a restauração de paisagens nos planos-alvo. Os setores-alvo são aqueles com mandatos relevantes para a SLR, como agricultura, pecuária, terra, água e mineração. Em relação à habilitação de mandatos ministeriais e arranjos operacionais, a avaliação revelou baixos níveis de pessoal e competência em SLR. Em termos de política de apoio e instrumentos legais, as políticas e estratégias setoriais existentes precisam ser revisadas e atualizadas para acomodar as questões e ambições ambientais globais emergentes. Existem estruturas de coordenação intersetoriais, a maioria delas passiva e com capacidade limitada para coordenar a SLR. As lacunas e recomendações identificadas informarão o projeto e a implementação de módulos e programas de capacitação para melhorar a integração da restauração em planos intersetoriais. O fortalecimento contínuo da capacidade institucional é um passo fundamental para apoiar a restauração ambiental e a conservação da biodiversidade na Tanzânia.

A TRI conseguiu desenvolver a capacidade institucional para a integração da SLR devido à experiência que o projeto reuniu. Outros fatores importantes são o interesse e a disposição dos ministérios-alvo e das autoridades do governo local em participar da avaliação. A eficácia do programa de capacitação depende do grau em que ele reflete e aborda as questões das partes interessadas. De forma crítica, a avaliação participativa da ROAM informou o processo de formulação do Plano Diretor Ambiental Nacional e garantiu que as áreas certas fossem priorizadas nas recomendações.

A existência de estruturas regulatórias de conservação, por si só, é insuficiente para avançar e sustentar os objetivos de restauração em face de prioridades setoriais e usos da terra concorrentes. Um processo fundamental é a integração da restauração nos planos de ação setoriais e locais. A integração é fundamental para minimizar os impactos negativos das estruturas regulatórias sobre a SLR e maximizar as sinergias entre os objetivos de restauração e desenvolvimento. Ao realizar avaliações e ministrar treinamentos personalizados, a TRI Tanzânia aprendeu a fortalecer a capacidade institucional de integrar a SLR em planos setoriais e locais. A capacidade institucional para a integração da SLR compreende tanto a capacidade técnica interna quanto a adequação das estruturas regulatórias. A identificação e a avaliação da relevância e da força das estruturas existentes definem a natureza do impacto dessas estruturas sobre a SLR.

Estabelecimento de mecanismos de planejamento intersetoriais para a restauração sustentável da terra

Para ajudar a incorporar mecanismos e estruturas de planejamento intersetoriais, a TRI Tanzânia trabalhou para estabelecer e apoiar grupos de trabalho nacionais intersetoriais (um comitê nacional de SLR) com um mandato central para promover a integração do setor, bem como orientar e coordenar a implementação de programas de SLR. Isso visa garantir que a Tanzânia atinja sua meta de restauração do AFR100/Desafio de Bonn. Além disso, a TRI iniciou o estabelecimento de plataformas de várias partes interessadas em nível de paisagem para tratar de interesses concorrentes e conflitantes de uso da terra em direção a uma visão compartilhada. Espera-se que os mecanismos de planejamento intersetorial abordem os silos no planejamento, na tomada de decisões e na implementação de iniciativas de SLR para melhorar a conservação da biodiversidade, a resiliência climática e os meios de subsistência locais. O envolvimento e a participação das partes interessadas estão previstos em diferentes estruturas de políticas que definem a posição, bem como as funções e responsabilidades específicas das diversas partes interessadas e setores. Ao abordar questões multissetoriais e incluir diversas partes interessadas, a TRI conseguiu incorporar mecanismos de planejamento intersetoriais nas políticas de SLR que também abordam questões transversais, como boa governança, mobilização de recursos e gênero.

Os mecanismos intersetoriais não teriam sido estabelecidos e funcionado com sucesso sem o interesse e a disposição das partes interessadas. Os desafios compartilhados, o desejo de uma visão comum e as prioridades claramente definidas catalisaram a necessidade de esforços conjuntos, e a comunicação, o engajamento e a coordenação eficazes garantiram a participação efetiva dos participantes nos grupos de trabalho de SLR. Os mecanismos oferecem oportunidades para abordar e capitalizar prioridades conflitantes e sinergias, levando a resultados socioeconômicos e de conservação em que todos saem ganhando.

Ao trabalhar para incorporar mecanismos de planejamento intersetoriais e contribuir para processos de políticas que usam a participação multissetorial e de vários grupos de interesse para tratar de questões ambientais transversais, a TRI Tanzânia aprendeu quais são os interesses e as prioridades de cada um dos diferentes setores e como a restauração pode ser influenciada e implementada por esses setores. Além disso, com o uso do grupo de trabalho intersetorial para orientar e coordenar o trabalho de SLR, a TRI aprendeu como as várias agências e grupos de interesse trabalham juntos para negociar, formular políticas e integrar o trabalho de restauração. O processo permite que a TRI identifique onde as relações, alianças e parcerias podem ser estabelecidas e fortalecidas, quais sinergias podem ser aproveitadas e como os diferentes grupos de interesse abordam o processo e a implementação da política de restauração. Todas essas lições ensinaram à TRI a melhor forma de projetar e operacionalizar mecanismos intersetoriais que integram interesses e prioridades setoriais e uma série de questões transversais.