Restauração e reflorestamento de manguezais com base em evidências

Ao fazer aliança com uma associação civil local com trabalho permanente na área, o INECC pôde concentrar melhor os recursos humanos e econômicos no reflorestamento de 25 ha de mangue e no desassoreamento de 3 km de canais para a restituição dos fluidos hídricos do solo. O reflorestamento de mangueiras foi realizado por meio da técnica de "chinampas" (montículos de madeira de 1 x 1 m), que servem de plataforma para um ótimo crescimento das plantas de mangueiras. Essa técnica, utilizada anteriormente em outras áreas vecinas, inclui uma fase de monitoramento ecológico com uma linha de base e pontos de monitoramento fotográfico georreferenciado para ver a evolução visual do crescimento mensual das plântulas em cada uma das cerca de 6 mil chinampas estabelecidas.

Além disso, a participação direta das comunidades nas atividades proporcionou conhecimento empírico sobre as particularidades do terreno e a mão de obra essencial para abrir, cavando a mão, os canais. A fusão de conhecimento técnico e empírico criou evidências sobre a modificação ecológica da paisagem: o estabelecimento das chinampas eleva o microclima do local, e os fluidos hidrológicos trazem nutrientes e oxigênio, criando nichos ecológicos que as espécies ocupam para restabelecer a cadeia trófica.

Contar com o apoio permanente e comprometido de ONGs locais com experiência no trabalho social de base comunitária e conhecimento profundo da zona; Contar com recursos econômicos e humanos para poder empregar as comunidades locais para levar a cabo o trabalho de reabilitação;Contar com experiência suficiente e evidência técnica empírica para investir recursos suficientes e tempo no reflorestamento por meio da técnica de "chinampas"; Realizar estratégias de conservação de solo.

Destinar recursos econômicos suficientes para o pagamento de jornais do povo das comunidades que trabalham nas ações de restituição de manguezais e fluidos hidrológicos é uma das fórmulas mais exitosas para garantir o interesse do povo em manter esses espaços protegidos e incluir outros novos nesse tipo de ação;Abrir e manter canais dentro do sistema de manguezal para facilitar os fluxos naturais entre as fontes de sal e água doce é um componente essencial para reduzir os problemas de salinização, bem como para garantir que se mantenha um manguezal saudável;Os problemas para os sistemas de manguezais podem ser exacerbados por eventos climáticos como tormentas tropicais que destroem partes dos manguezais. Sem embargo, os problemas crônicos podem ser causados por atividades do rio arriba, como uma redução nos caudais dos rios, devido à extração excessiva de água para fins agroindustriais e pecuários, o que aumenta os problemas de salinidade e contaminação dos sistemas de mangue.

Construindo alianças estratégicas multinível e multiator

O INECC estabeleceu uma aliança com múltiplos atores de instituições públicas e privadas entre os níveis federal, estadual e local, para garantir que os outros "blocos de construção" desta solução funcionem de acordo com o esperado, incluindo o apoio institucional e com a orientação de atores experimentados.
Em termos práticos, a aliança derivou em vários grupos de trabalho que contaram com o apoio institucional para fortalecer as capacidades técnicas e organizacionais da população local, bem como o processo de tomada de decisões e o acompanhamento das medidas de adaptação implementadas.

Exemplos das atividades dentro da aliança incluem:

  • Atenção ao analfabetismo presente nas comunidades, com o Instituto Nacional de Educação para Adultos (INEA), Tabasco;
  • Doação de bolsas de cimento e garrafões para a potabilizadora, por parte do Colegio Arji Tabasco;
  • Construção de hortos elevados na escola e nos palafitos pelo CICEANA;
  • Preparação de materiais didáticos com o CECADESU;

Desenho de mapas de risco e de planos zonais com enfoque na mudança climática.

  • O INECC como facilitador e promotor das ações de adaptação baseadas no ecossistema e com perspectiva social e de gênero;
  • Aliança entre o governo, as comunidades, os produtores e os institutos técnicos para trabalharem juntos para alcançar os objetivos;
  • Contar com recursos suficientes que estejam disponíveis para continuar nutrindo as capacidades organizativas dos pescadores e das mulheres, até o ponto em que se auto-organizem;
  • Autoridades governamentais de mente aberta.

É necessário preparar uma estratégia de coordenação logística e de comunicação que seja mais clara para as pessoas das comunidades, a fim de que elas conheçam o papel dos diferentes atores/organizações que aparecem em sua área, bem como saibam o que se espera delas e como podem participar.

O contato com uma rede de parceiros no campo é vital para a implementação das ações, bem como para seu acompanhamento.

Iniciativas coletivas para o gerenciamento de riscos e redução da vulnerabilidade

A redução da vulnerabilidade e o fortalecimento das capacidades para a adaptação no SLCPM envolveram também o gerenciamento e a redução de riscos relevantes para a comunidade.

Diante da falta de acesso à água e da baixa qualidade dela, que é fonte de doenças gastrointestinais e da pele, foram realizados investimentos em projetos de infraestrutura básica e em ações para a proteção e a melhoria da saúde da população. Essas ações incluíram:

  • A instalação de um sistema de captação de água de chuva, conectado a uma planta purificadora e embotelladora.
  • O desenvolvimento de uma empresa de caráter social (Gotitas de Amor).

Além da venda ao público, a planta purificadora fornece garrafões para a escola e pré-escola locais para que sejam usados na preparação de alimentos para as crianças e para a água que elas usam nos bebedouros.

Diante da necessidade de contar com lugares para salvaguardar os bens da população em situações de desastre, foram tomadas as seguintes ações:

  • A construção de (palafitos) em uma das comunidades mais afetadas pelas inundações.
  • Outra medida importante foram os planos de emergência e a promoção para o estabelecimento de comitês de proteção civil.
  • Contamos com recursos suficientes para oferecer um pagamento de jornal como incentivo aos membros da comunidade que estão trabalhando nas diferentes atividades;
  • O pessoal confirmou que as ações que foram propostas nos encontros estavam sendo cumpridas na prática;
  • Contar com um terreno suficientemente grande e que estivesse localizado em um sitio estratégico para assegurar a efetividade dos palafitos como sitio de resguardo;
  • Sentimento crescente de entusiasmo e orgulho da população para se envolver nas ações de gestão de riscos.
  • A participação da população no reflorestamento permitiu detonar outros processos sociais que continuaram depois, como: os palafitos, o sistema de captação de água de chuva, os jardins escolares, etc;
  • A construção de casas elevadas, em palafitas, pode ser uma estratégia efetiva para gerenciar os riscos associados à inundação; no entanto, é necessário o compromisso permanente da comunidade para a manutenção e o uso justo das instalações. O comitê de manutenção é um primeiro passo em direção a esse objetivo;
  • É importante ter em mente que a mudança climática não apenas apresenta riscos diretos para as comunidades e os ecossistemas, mas que também ressalta as debilidades estruturais existentes no sistema socioeconômico e ecológico. As soluções para o problema das tormentas tropicais, por exemplo, também devem incluir medidas para fortalecer essas debilidades, como podem ser: infraestrutura mal projetada ou uma baixa capacidade local para a adaptação dos meios de vida e a colaboração intersetorial.
Posicionamento dos grupos de mulheres como agentes de mudança

O "enfoque de igualdade de gênero" distinguiu de maneira especial as percepções e preocupações das mulheres. Em conversas participativas apenas com mulheres, foi conhecida a vulnerabilidade social que elas enfrentam associada à violência familiar, ao crime e à drogadição. Da mesma forma, evidenciou-se sua vontade de participar de ações que significam uma melhoria na qualidade de vida de suas famílias, como o acesso a água de boa qualidade para beber e a necessidade de contar com um lugar de refúgio durante as inundações.

Para garantir o acesso à água potável para a população, um grupo de mulheres da comunidade "Las Coloradas" se capacitou tecnicamente na operação de um sistema de captação de água de chuva e de uma planta de purificação e potabilização. As mulheres criaram uma empresa chamada "Gotitas de amor", por meio da qual fornecem água purificada para a escola primária e para o jardim de infância, e vendem o restante da água coletada e purificada para outras famílias da comunidade. Para contar com um espaço de segurança, as mulheres da comunidade El Mingo se capacitaram em técnicas de construção e ecotecnias e, como grupo ("Las Brisas del Mingo"), participaram da construção de um palafito para o armazenamento de bienes em benefício de 80 famílias da comunidade.

O fato de ter distinguido, desde o início do projeto, as necessidades e vulnerabilidades, bem como os interesses e as fortalezas das mulheres para sua integração no planejamento das ações de adaptação;O fato de ter criado encontros de reflexão vinculados às medidas de adaptação com o bem-estar da população fez com que as mulheres se comprometessem mais com o projeto; o fato de ter contado com o apoio de ONGs locais permitiu que continuassem os processos e mantivessem, até o presente, o entusiasmo por continuar participando; Espírito empresarial na mulher

  • As mulheres conscientes são uma fonte de interesse e entusiasmo para trabalhar em equipe e tentar melhorar as coisas em sua comunidade;
  • Registrar que o empoderamento das mulheres não se dá pela mera participação em muitos encontros ou atividades; é preciso continuar acompanhando-as e apoiando-as em médio e longo prazo;
  • As atividades do projeto detonaram um interesse nas mulheres por quererem participar mais além das atividades do projeto; para aumentar seus espaços de atuação em suas famílias, comunidades; intercambiar experiências e expor o que fizeram e como fizeram;
  • Em termos de processo, considerando 3 anos, as mulheres com participação mais ativa continuaram com a mudança em seus ambientes habituais de interação.
Reflorestamento de manguezais financiado pelo projeto e apoiado pela comunidade

Aprovando os recursos do projeto INECC, juntamente com as organizações de base, iniciaram ações de reflorestamento e limpeza dos manguezais. A estratégia envolveu um trabalho participativo com as pessoas das comunidades para aumentar a conscientização sobre o que significa ter um manguezal saudável. Foram realizados encontros participativos com crianças, mães, jovens e população em geral para dar voz e espaço de decisão. Assim, as pessoas começaram a se apropriar do reflorestamento e a vê-lo como parte do benefício para suas atividades produtivas e para o bem-estar geral de suas famílias. O povo era quem decidia onde reflorestar e com quais espécies locais reflorestar.

Mesmo que o reflorestamento em si não tenha tido muito sucesso de sobrevivência devido a motivos técnicos, administrativos e estruturais, essa ação foi fundamental, pois gerou confiança no INECC e permitiu detonar outros processos sociais que continuaram depois, como os palafitos, o sistema de captação de água de chuva e os jardins. Iniciou o fortalecimento do tecido social.

Contar com recursos econômicos e humanos para poder empregar as comunidades locais para levar a cabo o trabalho de reflorestamento;

Contar com o apoio de ONGs com habilidades técnicas e sociais para orientar o esforço e o entusiasmo das comunidades por meio desta primeira atividade do projeto;Contar com o apoio das comunidades para manter as melhorias que foram registradas; Nos encontros de reflexão, criou-se um senso de responsabilidade diante do reflorestamento, bem como uma conscientização sobre sua importância para a população.

  • A participação da população nos diferentes passos do reflorestamento criou um senso de responsabilidade e de apropriação em relação às ações;
  • É eficaz estabelecer acordos com a população desde o início para o cuidado com o manguezal, enfatizando a importância das ações em relação aos serviços ecossistêmicos que contribuem para seus modos de vida;
  • Considerar o emprego da técnica de "chinampas" para as ações de reflorestamento nas partes mais baixas do solo;
  • É necessário procurar a coincidência dos recursos com as épocas de reflorestamento para aumentar o sucesso das ações de reflorestamento e criar benefícios ainda maiores: se houvesse podido estabelecer um viveiro com espécies locais para o reflorestamento;
  • Fortalecer alianças e gestões para não depender de uma única fonte de financiamento e para dar continuidade às ações iniciadas.
Incentivar a participação social como motor da transformação

O INECC reconhece que as ações de adaptação devem ser "com a gente e para a gente". Incentivar a participação social das comunidades dentro da zona tem sido vital para levar a cabo qualquer ação de restauração, manejo e conservação dos manguezais da zona. Com o apoio de outras organizações locais, o INECC criou espaços de interação e comunicação com as comunidades da zona para divulgar informações sobre a importância dos ecossistemas nos modos de vida locais, conscientizar sobre as ameaças e fortalecer as capacidades da população para um manejo sustentável, bem como para comercializar os serviços ecossistêmicos. A constância no trabalho das organizações de base local com o povo da comunidade criou um sentido de pertencimento do povo ao seu ecossistema e de responsabilidade pela tomada de decisões e ações para o seu cuidado.

  • Desenvolver, desde o início, uma visão social para sensibilizar a população sobre os temas de mudança climática e a relação que isso tem com os ecossistemas e os modos de vida locais, a fim de que a população adquira maior consciência sobre a problemática ambiental, além de sua problemática diária;
  • Contar com o apoio permanente e comprometido de ONGs locais com experiência no trabalho social de base comunitária e conhecimento profundo da zona;
  • Ter conquistado credibilidade institucional, ganhando a confiança da população.
  • Em todo tipo de atividade, é preciso ouvir o povo; dar voz e participação permanentes;
  • A população aumentou seu compromisso com as ações do projeto quando passou dos diagnósticos para a ação concreta no campo envolvendo a população;
  • O reconhecimento externo das atividades de adaptação realizadas pela comunidade ajuda a manter o envolvimento da população na manutenção das mesmas;
  • As avaliações participativas, ao final de cada medida, permitiram conhecer sua incidência nos processos locais de tomada de decisões. Assim, o INECC pôde saber em que medida a população se envolveu mais.
Alto grau de autossuficiência fiscal

O grande orçamento da conta geral da TMG é relativamente autossuficiente, sem muitos subsídios do governo nacional. Isso se deve à receita abundante obtida por meio de impostos locais (ou "Imposto Metropolitano"). O imposto metropolitano foi responsável por 74,3% da receita total da TMG no ano fiscal de 2016. Essa proporção é consideravelmente maior do que a de todos os outros governos locais (45,1%). Em contraste, as porcentagens de desembolsos do tesouro nacional e títulos locais são muito menores do que as de outros governos locais. Além disso, o TMG é o único governo de província que não recebe subsídios intergovernamentais (ou seja, imposto de alocação local) por meio do sistema nacional de redistribuição de impostos.

  • Grande receita tributária relacionada a empresas de uma das maiores aglomerações de negócios do mundo.

As estruturas fiscais das cidades economicamente poderosas são, em geral, autossuficientes devido, principalmente, a uma grande quantidade de receita tributária relacionada às empresas. Entretanto, espera-se que mais gastos públicos superem as dificuldades sociais e criem oportunidades econômicas. Uma sociedade que está envelhecendo exigirá enormes gastos do governo com programas de bem-estar social nas próximas décadas. Os formuladores de políticas também devem considerar a questão urgente da prevenção de desastres, que exige um enorme reinvestimento de capital.

Apoio de instituições e organizações de base com presença no território

A coordenação do projeto tem sido feita por meio de uma aliança com governos locais, centros de pesquisa e organizações de base com presença específica em cada uma das áreas do projeto para garantir uma comunicação direta com os produtores e outros atores do território. Graças à rede de ONGs locais, houve um impacto maior nos encontros de apresentação de informações e resultados aos produtores e uma tradução eficaz dos diagnósticos para a realidade no campo. Os exemplos desse apoio no território incluem: i) a gestão de interesses diferentes e de potenciais conflitos entre atores no PN Cofre de Perote; ii) a criação de sinergias por parte das instituições em nível de governo, por meio de seus programas de assistência social, de subsídios, dirigidos a determinados lugares que coincidem com o projeto; iii) estabelecimento de linhas de trabalho coordenadas desde o nível governamental, desde a ANP até as OSC; iv) coalizão entre as OSC poderia ter mais impacto no território, reduzir custos, aproveitar as diferentes capacidades dos diferentes atores e potencializar o impacto das ações.

  • Uma rede de ONGs suficientemente experimentadas para poder oferecer capacitação prática aos produtores;
  • Usar os níveis existentes de organização das comunidades e dos produtores e as autoridades locais sobre os quais construir as iniciativas, por exemplo, assembleias de produtores, cooperativas de pesca, unidades rurais de produção, etc.
  • Fortalecer um sentido compartilhado de identidade e pertencimento entre produtores, comunidades e autoridades locais;
  • Foi fundamental contar com uma rede de organizações da sociedade civil que colaboram com o projeto e desenvolvem boas práticas no território, e que ajudaram a ter um impacto maior nos encontros em que foram apresentadas as informações aos produtores.
  • É essencial que haja um bom gerenciamento e coordenação da rede de ONGs para o desenvolvimento das capacidades dos diferentes atores no território;
  • Cada localidade é diferente, por isso, contar com OSC e ONG como "sócios" do projeto permitiu ter uma representação direta nos territórios e poder adaptar melhor os cursos e comunidades de aprendizagem de acordo com as características de cada comunidade ou região;
Os elementos-chave para a conservação do ecossistema também são antrópicos

Como parte do planejamento territorial integral entre as subunidades dentro das cuencas, os PAMIC consideram as dinâmicas de transformação da paisagem e buscam identificar e conservar os elementos-chave do ecossistema, tanto naturais quanto antrópicos. Na filosofia do PAMIC, conservar não significa "não tocar" os ecossistemas saudáveis, mas sim fomentar e semear a ideia de que a conservação não é apenas para os ecossistemas naturais conservados ou para a vegetação secundária, mas também inclui recuperar e usar as práticas e técnicas que permitem um bom uso do território, como seria em café de sombra, o manejo florestal sustentável. Essas práticas também são consideradas como elementos-chave do ecossistema e são práticas que vão além de conservar apenas por conservar. Por exemplo, um manejo agrosilvopastoril implica não estender a área de pastagem, mas concentrar no território um manejo mais integrado, no qual teremos, em um mesmo território, melhores rendimentos e menores impactos. Estamos beneficiando os ecossistemas e a economia local com um bom uso do território, do solo e dos serviços ambientais

  • Confiança em relação aos benefícios sociais e ambientais do manejo sustentável e comunitário e aprendizado institucional sobre a ineficácia da visão de "não tocar" como meio para conservar os ecossistemas;
  • Rede de atores com conhecimento do território que apóiam o manejo integrado e o compromisso constante dos produtores;
  • É de vital importância fazer uso das cooperativas existentes para gerar, liderar e administrar novas técnicas e regulamentações nas atividades produtivas existentes
  • A população, ao liderar a tomada de decisões sobre o manejo, se apropriou dos PAMIC e isso se refletiu no território;
  • As comunidades e os produtores estão mais dispostos a se envolver e praticar iniciativas auto-organizadas para a gestão sustentável dos recursos, entre eles a água, quando não sentem potencialmente amenizadas suas atividades produtivas. Da mesma forma, quando identificam o projeto como uma oportunidade de obter apoio e possível financiamento para melhorar suas atividades produtivas, o compromisso e o interesse em gerenciar de forma sustentável o ecossistema aumentam;
  • Para que esse bloco de construção funcione adequadamente, é necessário que as Organizações da Sociedade Civil (OSC) e as Organizações Não Governamentais (ONG) trabalhem com os produtores de forma permanente.
Criando uma visão comum do território a partir da água

Para promover uma conectividade operacional entre as diversas subculturas, incluindo ecossistemas e práticas produtivas, buscou-se um fio condutor que vincularia a dinâmica dos diversos territórios e atores da parte alta e da parte baixa de cada cuenca. A modelagem da provisão superficial de água e do potencial de retenção de sedimentos nas diversas subculturas permitiu identificar as relações emissor-receptor-acumulação e, a partir daí, começar a conectar as dinâmicas entre as zonas que demandam os SE (por exemplo, populações, zonas turísticas e hoteleiras) e aquelas que os produzem (zonas montanhosas com cobertura florestal). A partir disso, reuniram-se os diversos atores para ensinar-lhes as características dos territórios onde esses serviços estavam presentes e, sobretudo, fomentar, por meio da geração de informações importantes, a nivel productivo y de servicios hidrológicos, que los actores de gobierno y de asociaciones civiles, se vieran en el territorio y se preguntaran qué se hace, cómo se hace, y por qué.

  • Contar com uma rede de ONGs locais com grande experiência de trabalho no território para poder fornecer tutorias e assistência aos produtores;
  • Contar com materiais de ensino de alta qualidade e métodos apropriados para as comunidades
  • Compromisso e interesse dos diversos atores e instituições locais com relação ao processo interno

A conectividade intrínseca na metodologia do PAMIC provou ser um aspecto que atrai o interesse das instâncias de governo e dos atores do território, pois ajuda a identificar com quem trabalhar no território para traçar estratégias produtivas (ej. café, caña). Esse aspecto permite que os atores locais, autoridades e usuários do território passem a entender coletivamente os dinamismos entre as diversas subcâmaras. Além disso, os PAMIC favoreceram o diálogo e o reconhecimento entre as autoridades municipais de uma mesma localidade sobre o tema da água.