Engajamento de múltiplas partes interessadas para melhorar o gerenciamento da reserva florestal de Mvai no distrito de Ntcheu, Malaui

Solução completa
Reunião de engajamento das partes interessadas na sede do distrito para acabar com a invasão da reserva florestal de Mvai
FAO

O projeto AREECA trata da grave invasão e degradação na Reserva Florestal de Mvai, em Malaui, para proteger os recursos naturais vitais. Uma abordagem de várias partes interessadas, iniciada pela FAO e pela IUCN, foi usada para combater os fatores de invasão, incluindo a coleta de lenha, a produção de carvão vegetal e a expansão da agricultura, que ameaçam o ecossistema de Mvai e o abastecimento de água da represa de Mpira. As principais intervenções envolveram o mapeamento da degradação para avaliar as áreas afetadas, o estabelecimento de um Fórum de Chefes para coordenar a governança, a formulação de estatutos mais rígidos com aplicação local e a demarcação dos limites da reserva com a contribuição da comunidade.

Além disso, a criação de bosques e meios de subsistência alternativos, como banana, abacaxi, criação de gado e apicultura, foram introduzidos para reduzir a pressão sobre a floresta. Essa abordagem colaborativa, envolvendo chefes locais, órgãos governamentais e comunidades vizinhas, levou a uma redução da invasão e proporcionou alternativas econômicas sustentáveis.

Última atualização: 22 Aug 2025
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Contexto
Desafios enfrentados
Degradação de terras e florestas
Governança e participação deficientes

A Reserva Florestal de Mvai sofreu extensa invasão e degradação devido a atividades insustentáveis, como produção de carvão vegetal, coleta de lenha e expansão da agricultura, o que ameaçou o abastecimento de água da represa de Mpira. Em 2021, mais de 450 hectares da reserva foram afetados. Essa degradação não só ameaça o ecossistema da floresta, mas também coloca em risco a represa de Mpira, uma fonte de água crucial para muitas comunidades do distrito de Ntcheu e dos distritos do sul vizinhos.

A floresta desempenha um papel vital como área de captação, apoiando o abastecimento de água para a agricultura local e as necessidades domésticas. Sua degradação representa riscos à produtividade das fazendas próximas e à subsistência dos residentes que dependem de fontes de água confiáveis. Medidas de fiscalização fracas, recursos limitados para patrulhas comunitárias e a falta de uma governança organizada prejudicaram inicialmente os esforços para gerenciar esses recursos de forma eficaz.

A invasão transfronteiriça de Moçambique também agravou o problema, enfatizando a necessidade de uma abordagem colaborativa para proteger os recursos de Mvai.

Escala de implementação
Subnacional
Ecossistemas
Agrofloresta
Terra cultivada
Tema
Governança de áreas protegidas e conservadas
Conhecimento tradicional
Planejamento do gerenciamento de áreas protegidas e conservadas
Localização
Mpira, Ntcheu, Malauí
Leste e Sul da África
Processar
Resumo do processo

O mapeamento da degradação serve como ponto de partida, identificando as áreas críticas afetadas pela invasão e destacando as diferenças jurisdicionais nos níveis de degradação, o que informa as intervenções direcionadas. Esses dados permitem que o Fórum de Chefes desenvolva uma abordagem de governança unificada entre as autoridades locais e coordene ações que abordem áreas específicas de preocupação. Por meio dos esforços de educação e sensibilização da comunidade liderados pelo Fórum, os moradores locais compreendem a importância ecológica da floresta e a necessidade de práticas sustentáveis, preparando-os para o cumprimento de leis mais rígidas que regulam o uso da floresta.

Após a sensibilização e o reforço legal, a demarcação dos limites da reserva com o envolvimento da comunidade solidifica os limites físicos da floresta, esclarecendo as áreas protegidas e reduzindo os conflitos sobre o uso da terra. Por fim, a Diversificação de Meios de Subsistência oferece alternativas sustentáveis de renda, reduzindo a pressão sobre os recursos florestais e garantindo que os membros da comunidade tenham opções econômicas viáveis. Juntos, esses blocos de construção criam uma estratégia coesa, na qual a governança, a adesão da comunidade, a aplicação da lei e o apoio econômico convergem para alcançar resultados de conservação de longo prazo

Blocos de construção
Mapeamento de degradação e pesquisa de linha de base

O mapeamento das áreas degradadas na Reserva Florestal de Mvai foi uma primeira etapa essencial para identificar a extensão da invasão e priorizar os esforços de restauração. O processo envolveu avaliações da reserva para localizar as áreas afetadas pela produção de carvão vegetal, coleta de lenha e expansão da agricultura. Em 2021, 450 hectares da floresta foram confirmados como afetados por atividades de invasão. Esse mapeamento proporcionou uma visão clara dos pontos críticos de degradação e facilitou intervenções direcionadas, formando a base para a demarcação de limites, estratégias de fiscalização e envolvimento da comunidade. Os dados mapeados ajudaram a equipe do projeto e as autoridades locais a entender a escala da degradação e a definir metas mensuráveis para restauração e conservação, garantindo que os recursos e os esforços fossem alocados de forma eficaz nas áreas mais críticas.

Fatores facilitadores
  • Participação da comunidade: o conhecimento local contribuiu para identificar com precisão as áreas degradadas.
  • Apoio do governo: O apoio oficial do Departamento Florestal permitiu o mapeamento sistemático.
  • Recursos técnicos: O uso de ferramentas de mapeamento ajudou a delinear claramente as zonas afetadas para priorização.
Lição aprendida

O mapeamento da degradação é fundamental para compreender a extensão da invasão e organizar respostas direcionadas. O envolvimento das comunidades locais no processo de mapeamento aumenta a precisão e a propriedade, pois elas fornecem percepções locais sobre as áreas afetadas. O mapeamento destacou que o nível de degradação florestal está intimamente ligado à função e à eficácia das autoridades locais, com variação nos níveis de invasão dependendo da jurisdição. Essa percepção enfatizou a importância da aplicação unificada em todas as áreas administrativas para garantir a proteção consistente dos recursos. A identificação clara das zonas de degradação permite a alocação eficiente de recursos e concentra os esforços de restauração onde eles são mais necessários, aumentando as chances de uma reabilitação bem-sucedida.

Estabelecimento do Fórum de Chefes

O Fórum de Chefes foi criado para fortalecer a governança e reduzir a invasão, unindo chefes locais, oficiais do conselho distrital e representantes da comunidade em uma abordagem colaborativa. Formado após amplas consultas em 2022, o Fórum estabeleceu uma estrutura formalizada para coordenar os esforços de gerenciamento de recursos naturais, alinhando-se às autoridades tradicionais e ao governo local para impor práticas sustentáveis. As principais responsabilidades incluem a defesa do gerenciamento de recursos, a mobilização de fundos, a criação e a aplicação de estatutos e a promoção da sensibilização da comunidade sobre o uso sustentável da terra. O Fórum atua como uma ponte entre o projeto e as partes interessadas locais, promovendo a cooperação e a responsabilidade. Reuniões regulares e visitas de campo permitem que os chefes observem os desafios do gerenciamento florestal em primeira mão e abordem questões como pastoreio e agricultura dentro das áreas protegidas.

Fatores facilitadores
  • Representação inclusiva: o envolvimento de chefes, membros do conselho distrital e grupos comunitários promoveu uma tomada de decisão equilibrada.
  • Apoio do governo e do projeto: Forneceu recursos e legitimidade para as atividades do Fórum.
  • Confiança da comunidade: A autoridade tradicional dos chefes garantiu o respeito e a adesão da comunidade.
Lição aprendida

O Chief's Forum demonstra o valor do envolvimento das estruturas de governança local no gerenciamento de recursos. A inclusão de líderes tradicionais e de diversos grupos comunitários garante que as políticas sejam respeitadas e adaptadas às necessidades locais. A estrutura do Fórum cria responsabilidade e melhora a comunicação entre as partes interessadas, promovendo uma abordagem colaborativa. As reuniões regulares e as visitas de campo oferecem aos chefes uma visão direta dos desafios de conservação, permitindo que eles tomem decisões informadas e obtenham o apoio da comunidade. O estabelecimento de um órgão de governança formalizado é essencial para sustentar os esforços de conservação de longo prazo e alinhar as práticas locais com as metas nacionais de restauração.

Educação e sensibilização da comunidade

A educação e a sensibilização da comunidade foram componentes essenciais do projeto para reduzir a invasão e promover práticas sustentáveis na Reserva Florestal de Mvai. O Fórum de Chefes organizou visitas de campo para mostrar os desafios de governança e educar os participantes sobre os benefícios ambientais, sociais e econômicos do gerenciamento de recursos naturais. Os líderes locais realizaram sessões de defesa e conscientização para informar as comunidades sobre a importância da conservação, do uso sustentável da terra e das regulamentações legais sobre o uso de recursos. As campanhas de sensibilização enfatizaram os impactos do desmatamento e introduziram alternativas sustentáveis de subsistência, com o objetivo de mudar o comportamento em relação à exploração florestal. Essas atividades capacitaram as comunidades a assumir a responsabilidade pela proteção da floresta e pela denúncia de atividades ilegais, reduzindo significativamente a invasão e promovendo uma mentalidade de conservação entre os residentes locais.

Fatores facilitadores
  • Defesa local: Os líderes tradicionais desempenharam um papel influente na sensibilização e conscientização da comunidade.
  • Demonstrações práticas: As visitas de campo destacaram os desafios de governança e conservação do mundo real.
  • Mobilização de recursos: O suporte para materiais e necessidades logísticas garantiu esforços eficazes de sensibilização.
Lição aprendida

A educação da comunidade desenvolve a compreensão e muda as atitudes em relação à conservação. Quando os líderes locais lideram os esforços de sensibilização, é mais provável que os membros da comunidade confiem e adotem práticas sustentáveis. As demonstrações de campo dos desafios de governança fornecem percepções tangíveis sobre a importância da gestão de recursos, reforçando o valor da conservação. Os esforços contínuos de sensibilização são essenciais, pois mudar comportamentos estabelecidos há muito tempo requer tempo e consistência. O engajamento deve incluir orientações práticas sobre meios de subsistência alternativos para reduzir efetivamente a dependência dos recursos florestais.

Estatutos adequados e mecanismos de aplicação

Para coibir as atividades ilegais na Reserva Florestal de Mvai, foram introduzidos estatutos mais rígidos e mecanismos de fiscalização aprimorados por meio do Fórum de Chefes, em colaboração com o governo local. Esses estatutos regulamentam atividades como produção de carvão vegetal, agricultura e coleta de lenha dentro da reserva. As medidas incluem penalidades mais rigorosas para o uso ilegal de recursos, sensibilização da comunidade sobre as repercussões legais e maior apoio aos comitês de patrulha locais. O projeto forneceu os equipamentos necessários aos comitês comunitários para patrulhamento e monitoramento de invasões, enquanto as autoridades locais concordaram em agilizar os processos legais para delitos relacionados à floresta. Essa estrutura de fiscalização mais rígida aborda as questões subjacentes à invasão, garantindo que as atividades ilegais sejam efetivamente impedidas. Além disso, as campanhas de sensibilização da comunidade, lideradas pelas autoridades tradicionais, reforçaram a importância do cumprimento das leis para o gerenciamento sustentável da floresta.

Fatores facilitadores
  • Apoio de autoridades locais e tradicionais: Os chefes e oficiais do governo endossaram os esforços de fiscalização.
  • Patrulhas comunitárias: Os comitês locais foram equipados para monitorar as atividades florestais.
  • Envolvimento do Judiciário: O apoio jurídico acelerou o processamento de casos de crimes florestais.
Lição aprendida

Estatutos mais rígidos são essenciais para o gerenciamento eficaz dos recursos. A fiscalização local, apoiada por líderes tradicionais, melhora a adesão da comunidade e promove o respeito às normas. O fornecimento de recursos e equipamentos para as patrulhas comunitárias garante que elas estejam bem equipadas para monitorar as atividades florestais, enquanto o apoio judicial melhora a aplicação das penalidades. A educação da comunidade sobre as consequências legais aumenta a compreensão e desestimula as atividades ilegais. O papel do Fórum de Chefes na sensibilização e na fiscalização preenche a lacuna entre a autoridade tradicional e a governança formal, tornando as medidas de fiscalização mais coesas e eficazes.

Demarcação dos limites da reserva com o envolvimento da comunidade

A demarcação dos limites da Reserva Florestal de Mvai foi um esforço colaborativo que envolveu a comunidade local, os líderes tradicionais e os órgãos governamentais. Por meio de consultas e visitas de campo, os limites foram marcados para delinear claramente as áreas protegidas, minimizando os conflitos sobre o uso da terra e reduzindo o acesso não autorizado. Os membros da comunidade participaram do processo de definição dos limites, reforçando sua compreensão e respeito pelos limites da área protegida. A demarcação incluiu marcadores físicos, o que proporcionou à comunidade um lembrete visível dos limites da floresta, o que também ajudou a organizar patrulhas e a reforçar o acesso restrito. Essa definição clara dos limites permitiu que o projeto gerenciasse os recursos florestais de forma sistemática, enquanto a participação da comunidade garantiu que a demarcação fosse respeitada e reconhecida por todas as partes interessadas. Esse processo de demarcação colaborativa fortaleceu a função da comunidade na conservação e solidificou os limites como base para o gerenciamento sustentável.

Fatores facilitadores
  • Participação da comunidade: Envolvimento dos residentes na marcação dos limites, promovendo o respeito local.
  • Apoio do governo e dos líderes tradicionais: Proporcionou legitimidade à definição dos limites.
  • Marcadores físicos: Indicadores visíveis reforçaram o status de proteção da floresta.
Lição aprendida

O envolvimento da comunidade na demarcação dos limites promove o respeito e a adesão às áreas protegidas. Quando os residentes locais participam ativamente do processo de definição dos limites, eles desenvolvem uma compreensão mais forte e um compromisso de respeitar os limites da floresta. O processo também destacou que marcadores físicos visíveis são essenciais para manter limites claros, reduzir mal-entendidos e impedir o acesso não autorizado. Além disso, o envolvimento de líderes comunitários e autoridades tradicionais nos esforços de demarcação aumenta a responsabilidade local, pois essas figuras respeitadas podem defender a adesão em suas comunidades. O exercício mostrou que a demarcação de limites é mais eficaz quando apoiada pela educação sobre a importância ecológica da reserva, ajudando a comunidade a ver a demarcação como uma responsabilidade compartilhada para proteger os recursos que sustentam o abastecimento de água, a agricultura e os meios de subsistência locais.

Diversificação de meios de subsistência para conservação

Para reduzir a dependência da comunidade em relação às atividades de desmatamento, o projeto introduziu opções de diversificação de meios de subsistência, incluindo agricultura de irrigação, apicultura, produção de banana e abacaxi, criação de cabras e galinhas e cultivo de cogumelos. Essas atividades oferecem alternativas sustentáveis de renda que se alinham com as metas de conservação da Reserva Florestal de Mvai. Os agricultores locais são treinados em técnicas de irrigação em pequena escala e de agricultura sustentável para aumentar a produtividade sem expandir as terras agrícolas e, até o momento, quatro esquemas de irrigação foram desenvolvidos para permitir a produção agrícola três vezes por ano. A diversificação dos meios de subsistência visa a criar uma base de renda sustentável para a comunidade, reduzindo a necessidade de produção de carvão vegetal e exploração florestal. Essas iniciativas estão em diferentes estágios de implementação, sendo que algumas estão totalmente operacionais, como o cultivo de banana e abacaxi, enquanto outras, como a produção de cogumelos e a criação de peixes, estarão operacionais em março de 2025.

Fatores facilitadores
  • Treinamento e recursos: Forneceu às comunidades habilidades e ferramentas para meios de subsistência alternativos.
  • Motivação econômica: As opções de renda sustentável tornaram os esforços de conservação mais atraentes.
  • Adaptação local: As atividades foram escolhidas com base na adequação ao ambiente local e às necessidades da comunidade.
Lição aprendida

O fornecimento de meios de subsistência alternativos reduz a pressão sobre os recursos florestais e apóia as metas de conservação de longo prazo. Os incentivos econômicos são motivadores eficazes para que as comunidades adotem práticas sustentáveis. A adaptação das atividades de subsistência às condições locais e às necessidades da comunidade aumenta a probabilidade de sucesso e adoção. Treinamento e recursos consistentes são essenciais para manter a produtividade e o interesse nessas alternativas.

Impactos

O projeto resultou na redução da invasão, no aumento do envolvimento da comunidade e em opções sustentáveis de subsistência. Do ponto de vista ambiental, o mapeamento e a demarcação dos limites da Reserva Florestal de Mvai ajudaram a reduzir o acesso não autorizado, enquanto a aplicação e o cumprimento de leis mais rígidas melhoraram a conformidade. O estabelecimento de bosques e a introdução de meios de subsistência alternativos para as comunidades vizinhas, incluindo desenvolvimento de irrigação, produção de gado, banana em pequena escala, cultivo de abacaxi e criação de abelhas, proporcionaram fontes de renda sustentáveis, reduzindo a dependência de atividades de desmatamento. Socialmente, a formação do Fórum de Chefes promoveu uma abordagem colaborativa para o gerenciamento florestal, unindo autoridades tradicionais, funcionários do governo e membros da comunidade para proteger os recursos de Mvai. Os primeiros resultados mostram uma diminuição no número de fornos de carvão ilegais e uma redução na área invadida de 450 para menos de 100 hectares, demonstrando a eficácia da combinação de governança e apoio à subsistência para a conservação sustentável da floresta.

Beneficiários
  • 45.000 pessoas na área de captação de Mpira
  • Chefes de comunidade e comitês locais, moradores do entorno da aldeia que participam de programas de subsistência,
  • Autoridades tradicionais envolvidas na governança florestal.
  • Mais de 200.000 pessoas nos distritos de Balaka e Machinga
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
SDG 5 - Igualdade de gênero
ODS 10 - Redução das desigualdades
ODS 13 - Ação climática
ODS 15 - Vida na terra
ODS 17 - Parcerias para os objetivos
História
Esquema de irrigação de Mpamadzi reabilitado para cultivo múltiplo na área de Kasale
Esquema de irrigação de Mpamadzi reabilitado para cultivo múltiplo na área de Kasale
FAO

O Chefe de Grupo da Aldeia (GVH) Kasale é um líder tradicional da Autoridade Tradicional Kwataine na Bacia Hidrográfica de Mpira, Distrito de Ntcheu. Sua jurisdição fica ao lado da Mvai Forest Reserve e ela é responsável pelo Kasale Blcok, uma parte dos cinco blocos demarcados. Abaixo dela, há mais de 10 chefes de aldeia.

Essa chefe visionária é um ícone das intervenções da FLR no Distrito de Ntcheu devido ao seu zelo em mobilizar seus súditos para conservar as florestas dentro e fora de Mvai. Ela se lembra dos dias em que a área estava totalmente coberta de árvores e testemunhou as práticas destrutivas. Agora, ela está de cabeça erguida, pois tomou medidas para resolver os problemas. Em sua área, ela redemarcou a área em três partes para facilitar o monitoramento e a coordenação das atividades. Ela ajudou na formulação dos estatutos para os preciosos recursos naturais (florestas) da área.

GVH Kasale foi um dos líderes que prometeu trabalhar para intensificar a FLR na formação do Fórum de Chefes sobre Restauração em 2022. Até o momento, ela tem demonstrado grande empenho em cumprir a promessa. Mais de 100 hectares foram restaurados em sua área. Ela atribui isso aos planos que a comunidade estabeleceu. Os grupos têm um plano de trabalho que determina atividades específicas de acordo com o tempo. A GVH lembra: "Quando começamos, parecia uma missão impossível, mas restauramos mais de 100 hectares, trouxemos de volta frutas silvestres perdidas e alguns animais, e a agricultura diminuiu".

Ela apela aos escritórios do governo para que garantam apoio, como patrulhas ocasionais e equipamentos de trabalho para as comunidades. O governo, por meio da AREECA, está em processo de provar equipamentos de trabalho para as comunidades.

GVH Kasale também agradeceu o esforço da AREECA em fornecer apoio socioeconômico com abacaxis, kits de apiário, galinhas, cabras, reabilitação do esquema de irrigação de Mpamadzi, entre outros. De acordo com o chefe, o pacote combinado de trabalho de restauração e iniciativas de subsistência é um divisor de águas para alcançar uma restauração significativa.

Conecte-se com os colaboradores
Outros colaboradores
Harrington Nyirenda
Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO)
Donnex Mtambo
Departamento de Silvicultura de Malawu; Conselho do Distrito de Ntcheu