Formulação de uma estrutura de política nacional eficaz sobre IAS

O projetoMarIAS (Addressing Invasive Alien Species Threats at Key Marine Biodiversity Areas) tem o compromisso de aprimorar a infraestrutura legal e institucional do país para combater a ameaça de espécies exóticas invasoras. Com esse objetivo, foi elaborada uma "Lei de Prevenção e Gerenciamento da Introdução e Distribuição de EEI", de acordo com a legislação da UE, e foram criados o Comitê Nacional de Espécies Exóticas Invasoras e os Grupos Consultivos Técnicos Nacionais de Espécies Exóticas Invasoras no âmbito do Conselho Nacional de Coordenação da Biodiversidade.

Para lidar com ameaças potentes a longo prazo, o projeto também possibilitou o desenvolvimento da primeira estratégia e plano de ação da Turquia para combater espécies exóticas invasoras e restaurar os ecossistemas que elas prejudicaram. A nova estratégia, composta por 11 componentes que abrangem 57 ações a serem realizadas entre 2024 e 2035, está alinhada com as práticas recomendadas regionais, nacionais e internacionais.

O objetivo (missão) da estratégia é coordenar e cooperar em nível nacional e internacional na implementação e nas medidas relativas a questões como introdução, detecção, monitoramento, controle e prevenção/mitigação de espécies exóticas invasoras. A estratégia foi preparada dentro da estrutura de três objetivos principais dessa missão:

  1. Prevenir a entrada de EEI que prejudiquem todos os setores, detecção precoce, intervenção rápida, monitoramento, combate e prevenção de danos para proteger a biodiversidade, os serviços de ecossistema, a economia e a saúde pública;
  2. Restaurar ou melhorar habitats e ecossistemas invadidos;
  3. Apoiar todos os esforços no campo do combate às EEI em escala internacional e nacional e aumentar a eficácia da Turquia nesse sentido.

A coordenação da Estratégia Nacional de Espécies Exóticas Invasoras e do Plano de Ação será realizada pelo Comitê Nacional de Espécies Exóticas Invasoras.

A estratégia e o plano de ação foram elaborados com uma abordagem participativa e de acordo com as estratégias globais e da UE, como o primeiro e fundamental documento da Turquia sobre IAS. A participação ativa das principais organizações governamentais, organizações internacionais, administrações locais e organizações de usuários, como cooperativas de pesca, associações de proprietários de barcos comerciais e iates, além de representantes do setor privado, organizações não governamentais nacionais e acadêmicos, provou ser um fator essencial para o desenvolvimento de uma estratégia e de um plano de ação nacionais realistas e bem elaborados.

O desenvolvimento de novas legislações e estratégias requer a aceitação de todas as partes interessadas, o que é um processo altamente desafiador. Várias entrevistas facilitadas por profissionais, reuniões de grupos de foco e workshops foram realizados entre as partes interessadas, além do envolvimento de várias consultorias específicas para garantir a tomada de decisões informadas. Mais de dez consultas, incluindo a análise de lacunas legais e a elaboração do documento legal, foram realizadas durante cinco anos, quase desde o início do projeto. As técnicas de resolução de conflitos também podem ser fundamentais em alguns momentos.

Integração de culturas comerciais para rendimentos sustentáveis

O componente de integração de culturas comerciais visava a incentivar o manejo das árvores, vinculando os esforços de reflorestamento à geração de renda em curto prazo. Os agricultores com melhor desempenho, avaliados com base nas taxas de sobrevivência das árvores e na participação no treinamento em GAP, receberam insumos para culturas comerciais, como soja e amendoim. Essas culturas foram selecionadas por sua adaptabilidade aos solos locais, pela demanda do mercado e pela capacidade de complementar os sistemas agroflorestais. Os agricultores obtiveram um aumento médio de 12% na produtividade da soja (350 kg/acre) e de 10% na produtividade do amendoim (240 kg/acre), com renda média de UGX 1.050.000 (US$ 285) para a soja e UGX 900.000 (US$ 244) para o amendoim. A inclusão de culturas comerciais incentivou os agricultores a manter seus sistemas agroflorestais, reduzindo o corte de árvores para necessidades de curto prazo.

  • Adequação da cultura: Identificação de culturas que se desenvolvem nas condições locais e, ao mesmo tempo, apoiam as práticas agroflorestais.
  • Treinamento de agricultores: GAP para culturas comerciais, com foco na densidade de plantio, no gerenciamento de pragas e no manuseio pós-colheita para melhorar a produtividade.
  • Acesso ao mercado: Estabelecimento de vínculos com comerciantes e empresas de moagem para garantir preços 15% mais altos e reduzir a dependência de intermediários.
  • Monitoramento e avaliação: monitoramento e avaliação digital, visitas regulares às fazendas para avaliar o desempenho da safra e enfrentar os desafios imediatamente.
  • A integração das culturas incentivou a preservação das árvores e diversificou a renda dos agricultores, aumentando a resistência aos choques climáticos.
  • A variação regional das condições climáticas e do solo afetou os rendimentos. A pesquisa e a consultoria ajudariam a identificar as variedades mais adequadas.
  • O manuseio inadequado pós-colheita em algumas áreas reduziu os lucros. O treinamento em secagem e armazenamento de culturas é essencial para maximizar o valor de mercado.
  • Desenvolva calendários de colheita específicos para cada região e inclua soluções de armazenamento de baixo custo para lidar com as perdas pós-colheita. A parceria com os compradores desde o início garante que a demanda do mercado se alinhe à produção do agricultor.
Plantio de árvores em nível comunitário

O objetivo principal do plantio de árvores em nível comunitário é realizar a restauração do ecossistema em larga escala e, ao mesmo tempo, melhorar os meios de subsistência locais por meio da agrofloresta. O projeto fez parceria com quatro comunidades para mobilizar 425 agricultores para o plantio de árvores, distribuindo 73.867 mudas. Os agricultores foram treinados em Boas Práticas Agroflorestais (BPA), incluindo técnicas de plantio de árvores, cobertura morta, controle de pragas e doenças e melhoria da fertilidade do solo. Espécies de árvores como Grevillea robusta e Agrocarpus foram selecionadas por seu rápido crescimento, potencial de produção de madeira e capacidade de melhorar os microclimas e a estrutura do solo. As atividades de plantio de árvores se concentraram em terras degradadas propensas à erosão e à seca, abordando com eficácia o controle de enchentes, a restauração da biodiversidade e a perda de ecossistemas.

  • Treinamento de agricultores: Treinamento abrangente em GAP para equipar os agricultores com habilidades técnicas em cuidados com as árvores, poda e manejo de pragas.
  • Adequação das espécies: Seleção de árvores adaptadas às condições ambientais regionais para maximizar a sobrevivência e as taxas de crescimento, incluindo solos, clima, cultura e clima.
  • Sistemas de monitoramento: Visitas contínuas ao campo do agricultor para monitorar o crescimento, as taxas de sobrevivência e os desafios emergentes.
  • Propriedade da comunidade: A colaboração com as SEs e os líderes locais garantiu a confiança, o compromisso e a adoção de práticas sustentáveis de manejo de árvores.
  • A integração de árvores com culturas comerciais aumenta o envolvimento do agricultor e garante o cuidado de longo prazo com as árvores plantadas.
  • As taxas de sobrevivência foram mais altas em áreas com chuvas confiáveis (Kapchorwa com 92%), destacando a necessidade de estratégias específicas para cada local em regiões propensas à seca.
  • As infestações de cupins em Busia e Mbale representaram um desafio, exigindo soluções específicas de controle de pragas, como agentes de controle biológico e cobertura morta para minimizar os danos.

    Recomendações: Implantar manuais de cuidados com as árvores com técnicas localizadas de manejo de pragas e do solo. Integrar sistemas de previsão do tempo para alinhar as atividades de plantio com os períodos ideais de chuva e reduzir as perdas relacionadas à seca.

Leitos de berçário com base na comunidade

O objetivo dos viveiros permanentes baseados na comunidade é garantir a produção de mudas de alta qualidade e resistentes para os esforços de reflorestamento e, ao mesmo tempo, desenvolver a capacidade local. Cada um dos quatro distritos do projeto (Luwero, Mbale, Busia e Kapchorwa) estabeleceu um viveiro centralizado por local, equipado com ferramentas essenciais, instalações de irrigação e operadores de viveiro treinados. As sementes foram entregues com antecedência (dezembro de 2023 a janeiro de 2024) para permitir o processo completo de crescimento e endurecimento, garantindo que as mudas atendessem aos padrões de sobrevivência. Os viveiros produziram 96.423 mudas de espécies de árvores multiuso, incluindo Grevillea e Agrocarpus, que foram selecionadas por sua adaptabilidade às condições climáticas locais, resistência à seca e propriedades de estabilização do solo. Os viveiros também serviram como centros de treinamento, onde os agricultores aprenderam boas técnicas agroflorestais, propagação de sementes, controle de pragas e técnicas de gerenciamento de mudas.

  • Conhecimento técnico: Operadores treinados com habilidades em gerenciamento de sementes, gerenciamento de mudas, treinamento de agricultores, mobilização e envolvimento da comunidade, poda de raízes e processos de endurecimento.
  • Acesso a insumos: Fornecimento confiável de sementes de qualidade, materiais de envasamento e insumos para controle de pragas.
  • Disponibilidade de água: Sistemas de irrigação sustentáveis para superar os períodos de seca e manter a saúde das mudas.
  • Envolvimento da comunidade: Participação ativa de agricultores e líderes locais para monitorar e apoiar as operações do viveiro.
  • A entrega antecipada de sementes, o manejo adequado, o bom gerenciamento do viveiro e o endurecimento das mudas melhoraram significativamente as taxas de sobrevivência das árvores em condições severas de campo.
  • A infraestrutura de irrigação deficiente em alguns locais expôs as mudas ao estresse hídrico durante períodos de seca. Recomenda-se o investimento em técnicas simples de irrigação para mitigar esse problema.
  • Os danos às raízes e o manejo inadequado das mudas durante o transplante levaram à mortalidade das mudas em alguns casos. É fundamental garantir a integridade adequada do torrão durante o manuseio.

    Recomendações: Estabeleça metas de produção de contingência (10 a 15% acima da necessidade real) para amortecer as perdas decorrentes de pragas ou problemas relacionados ao clima. Além disso, desenvolva sistemas de coleta de água no local para apoiar a irrigação durante os períodos de seca.

Tecnologia SMART para monitoramento e vigilância

O segundo bloco incorpora tecnologia adaptada ao contexto local para melhorar o monitoramento e a vigilância da biodiversidade. Equipamentos telefônicos básicos são usados juntamente com o aplicativo SMART, uma ferramenta inovadora que permite que os dados sejam registrados, analisados e priorizados sem a necessidade de uma conexão com a Internet. Os guardas comunitários são treinados para operar essa ferramenta, coletando informações importantes sobre o status das populações de guanacos e ameaças como a caça ilegal. Essa abordagem combina tecnologia acessível com liderança comunitária, promovendo a conservação baseada em evidências e otimizando recursos. A simplicidade e a eficácia desse bloco fazem com que ele possa ser replicado em outros territórios com recursos limitados e desafios de conservação semelhantes.

Complementarmente à avaliação da biodiversidade de vertebrados, o DNA das espécies é realizado para melhorar o status das espécies. O SMART, as armadilhas fotográficas e o DNA são integrados ao sistema de monitoramento participativo integrado da área protegida. O DNA é da espécie, que é coletado de suas fezes. Para realizar a avaliação da população. Os guardas comunitários coletam as amostras e são treinados para coletar as amostras.

  • Acessibilidade tecnológica: uso de equipamento telefônico simples, compatível com o aplicativo SMART, adaptado ao contexto rural (https://smartconservationtools.org/en-us/).
  • Treinamento técnico: treinamento prático dos porteiros da comunidade para usar a ferramenta de forma eficaz.
  • Adaptabilidade do sistema: o SMART funciona sem a necessidade de conexão com a Internet, uma vantagem em áreas remotas como Alto Isoso.
  • Coleta de dados com base em evidências: o aplicativo permite a priorização de ações de conservação com base em informações concretas.
  • Apoio institucional: a Fundación Natura Bolivia fornece ferramentas e treinamento, facilitando a implementação e a sustentabilidade dessa tecnologia.

A tecnologia acessível, como a SMART, combinada com o treinamento, permite que as comunidades locais coletem dados valiosos para a conservação. As ferramentas adaptadas ao contexto rural são eficazes e replicáveis. O apoio institucional é fundamental para garantir a sustentabilidade e fortalecer a tomada de decisões com base em evidências, melhorando o monitoramento da biodiversidade.

Raízes e sabedoria guarani

Essa abordagem reforça a identidade cultural, capacita as partes interessadas locais como administradores de seu território e estabelece uma governança eficaz baseada no respeito ao meio ambiente e às decisões comunitárias. Esse modelo é adaptável a outras áreas protegidas em que a participação ativa das comunidades locais é fundamental para a sustentabilidade.

Os guaranis convivem com a natureza há centenas de anos. O monitoramento possibilita a manutenção e a revalorização do conhecimento local do povo guarani.

  • Conhecimento tradicional: a integração do conhecimento ancestral guarani com abordagens modernas de gestão fortalece a conexão cultural e a compreensão do território.
  • Identidade cultural: o orgulho de seu patrimônio guarani motiva as comunidades a assumirem a liderança na conservação de seu território.

A participação ativa das comunidades e a integração do conhecimento tradicional fortalecem a gestão territorial. Os processos participativos reforçam a identidade cultural e garantem decisões inclusivas. O treinamento de líderes locais capacita as comunidades e demonstra que a governança baseada no conhecimento é fundamental para a sustentabilidade.

Inteligência espacial para o gerenciamento de incêndios florestais

Esse bloco de construção fornece a inteligência espacial essencial para o PyroSense, permitindo uma compreensão dinâmica do cenário geográfico. Seu objetivo principal é identificar áreas de risco de incêndio, apontar locais de incidentes e visualizar a distribuição de recursos. Isso é crucial para a tomada de decisões estratégicas, permitindo a alocação proativa de recursos e o planejamento de respostas.

O PyroSense utiliza um Sistema de Informações Geográficas (GIS) robusto para potencializar essa função. O GIS integra várias camadas de dados espaciais, incluindo topografia, vegetação, infraestrutura, etc. Inicialmente, os mapas de risco de linha de base são criados por meio da análise de fatores, orientando a colocação de sensores e câmeras.

Após a detecção de um possível incêndio por sensores ambientais ou IA, o sistema alimenta imediatamente o GIS com as coordenadas precisas. Esses dados de localização em tempo real, combinados com dados meteorológicos (locais e de satélite), permitem avaliações de risco dinâmicas. O GIS também funciona como um painel operacional central, visualizando as posições em tempo real de todos os ativos implantados, incluindo drones e equipes de socorristas. Isso facilita a alocação e a coordenação ideais de recursos. Essas informações essenciais são então comunicadas por meio de um aplicativo da Web às partes interessadas, proporcionando uma consciência visual clara da situação e apoiando a tomada de decisões informadas.

  • Dados GIS precisos e atualizados: O acesso a dados geoespaciais atuais sobre topografia, vegetação e histórico de atividade de incêndio é essencial para avaliações de risco confiáveis.
  • Uma plataforma GIS avançada é necessária para integrar diversas camadas de dados, realizar análises complexas e executar IA em tempo real.
  • É necessário conhecimento especializado para interpretar dados de GIS, validar modelos e usar a plataforma para planejamento estratégico e gerenciamento de incidentes.
  • A conectividade com sensores ambientais, feeds de drones e dados meteorológicos é fundamental para o mapeamento dinâmico de riscos e o rastreamento preciso de incêndios.

A precisão e a utilidade do planejamento geoespacial são diretamente proporcionais à qualidade e à atualidade dos dados subjacentes do GIS. Investir em mapas e dados ambientais de alta resolução e atualizados com frequência é fundamental. Além disso, a capacidade de integrar dados de sensores e drones em tempo real ao GIS para a avaliação dinâmica de riscos provou ser um divisor de águas, indo além do planejamento estático para recursos preditivos.

Os desafios iniciais incluíram o esforço significativo necessário para coletar e digitalizar dados de GIS de linha de base abrangentes para áreas grandes e remotas. A padronização de dados em diferentes fontes (por exemplo, vários órgãos governamentais, pesquisas locais) também foi um obstáculo. Além disso, garantir que a plataforma GIS pudesse lidar com a carga computacional da fusão de dados em tempo real e simulações complexas de propagação de incêndios sem problemas de latência foi um desafio técnico.

  • Antes da implementação, dedique recursos substanciais para adquirir e padronizar todos os dados geoespaciais relevantes.
  • Escolha uma plataforma GIS que possa ser dimensionada com volumes de dados e demandas computacionais crescentes.
  • Certifique-se de que as equipes locais sejam proficientes no uso da plataforma GIS
Propagação de plantas: maior eficiência com técnicas de coleta aprimoradas

Depois de coletadas, as plantas são transferidas para nosso viveiro de conservação para propagação ou para nosso laboratório de sementes para teste de viabilidade e armazenamento. Estamos observando um aumento da eficácia desses métodos, com sementes e mudas recém-coletadas chegando rapidamente à nossa equipe. Como muitas dessas plantas individuais não eram conhecidas anteriormente, essas ações aumentam a diversidade genética das coleções ex-situ, proporcionando um local seguro diante da degradação ambiental.

Anteriormente, os botânicos precisavam escalar os ambientes de penhascos remotos onde essas espécies ocorrem, tornando as coleções de conservação difíceis e demoradas para coletar e transferir de volta para a equipe do viveiro para propagação. Com o mecanismo Mamba, as coletas são rapidamente coletadas e transferidas para o viveiro.

As mudas e sementes frescas têm uma taxa de sucesso maior na propagação.

Coleta com drone: Uso de um braço robótico baseado em drone para coletar plantas inacessíveis

A ferramenta Mamba nos permite coletar material vegetal por meio de sementes ou mudas de espécies ameaçadas de extinção que identificamos e mapeamos no componente anterior. Essa ferramenta tem um alcance efetivo bem acima de 1.000 m, tornando disponíveis para ações de gerenciamento até mesmo as áreas mais inacessíveis.

O desenvolvimento dessa ferramenta por engenheiros de robótica experientes agilizou a conservação de muitas espécies pela equipe de campo do National Tropical Botanical Garden e parceiros do Plant Extinction Prevention Program. O Mamba tem um sistema de cabeça intercambiável que permite a coleta personalizada, dependendo da espécie-alvo e do tipo de material necessário para a conservação. Muitos dos componentes desse mecanismo são impressos em 3D, o que é econômico e flexível para acelerar os processos de desenvolvimento. O Mamba é construído com componentes de drones prontamente disponíveis, o que também reduz o custo e o tempo de construção. O desenvolvimento dessa ferramenta foi realizado por alunos de doutorado e integra soluções de hardware e software de última geração projetadas especificamente para esse aplicativo.

Ao realizar um projeto desse tipo, é fundamental ter a combinação adequada entre uma equipe de campo experiente e engenheiros de robótica profissionais, pois ambas as partes fornecem informações cruciais para orientar o desenvolvimento e as considerações de conservação eficazes. Vale ressaltar que o processo de desenvolvimento foi iterativo, deixando espaço para testar e revisar o projeto e, por fim, permitindo a implantação de uma ferramenta funcional e altamente útil.

Pesquisa com drones: localização, mapeamento e inventário de populações de plantas remotas

As ferramentas de drones têm sido fundamentais como primeira etapa na avaliação da flora de penhascos. Usando drones para obter pontos de vista exclusivos desses ambientes, podemos agora mapear a distribuição e a abundância de espécies endêmicas de falésias criticamente ameaçadas de extinção e acelerar sua conservação. Foram realizadas pesquisas de campo no Havaí, na República de Palau e na Madeira (Portugal) com resultados extremamente positivos.

Com o aprimoramento e o progresso da tecnologia de drones, essa metodologia de pesquisa tornou-se acessível a uma série de profissionais de conservação. Os sensores de câmera de alta resolução permitem a identificação de uma variedade de plantas, desde árvores grandes até pequenos organismos herbáceos. Os pilotos de drones agora podem esperar realizar até 45 minutos de pesquisa em um único voo devido ao aumento da capacidade da bateria. As melhorias de usabilidade resultantes de refinamentos de software tornam os drones seguros e eficientes para uso por iniciantes, aumentando a adoção dessa tecnologia por profissionais de conservação. E o mais importante é que, à medida que os drones se tornaram mais amplamente disponíveis, os custos associados foram reduzidos, tornando-os uma ferramenta incrível para uma série de aplicações

Os drones são ferramentas eficazes para a localização e o inventário de espécies criticamente ameaçadas de extinção, especialmente em ambientes de difícil acesso, como penhascos ou copas de árvores. A avaliação dos habitats dos penhascos será fundamental para a conservação das espécies nessas áreas, pois o conhecimento básico de onde as espécies ocorrem pode orientar as ações de conservação e ajudar a priorizar a proteção da paisagem.