Intercâmbio intersetorial para uma melhor gestão dos recursos naturais em Ruanda

Solução completa
16ª Reunião da Força-Tarefa Transetorial sobre Restauração de Paisagens Florestais e Agricultura Sustentável
IUCN

A Força-Tarefa Multissetorial (CSTF) foi criada em 2015 para coordenar a resposta de Ruanda ao Desafio de Bonn e aprimorar os esforços de Restauração de Paisagens Florestais (RPF). Composta por 35 organizações membros, incluindo órgãos governamentais, ONGs, atores do setor privado e instituições de pesquisa, a CSTF promove a colaboração, compartilha conhecimento técnico e harmoniza os sistemas de monitoramento de RPF. Ela fornece uma plataforma para abordar o desmatamento, a degradação da terra e a perda de biodiversidade, alinhando os esforços de restauração com estratégias nacionais e internacionais, como a Estratégia de Crescimento Verde e Resiliência Climática (GGCRS), a AFR100 e o Acordo de Paris. Reuniões recentes se concentraram na integração da RPF com sistemas alimentares sustentáveis, no aprimoramento das ferramentas de monitoramento e no incentivo aos agricultores locais. Ao facilitar a troca de conhecimento e melhorar a governança, a CSTF aprimora os esforços de restauração e fortalece a capacidade de Ruanda de cumprir sua meta de restaurar 2 milhões de hectares de terra até 2030.

Última atualização: 02 Dec 2025
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Contexto
Desafios enfrentados
Degradação de terras e florestas
Perda de biodiversidade
Erosão
Governança e participação deficientes

A CSTF aborda vários desafios críticos na coordenação dos esforços de RPF em Ruanda. Ambientalmente, o desmatamento, a degradação da terra e a perda de biodiversidade continuam sendo preocupações importantes, exacerbadas pelo cultivo itinerante e pela urbanização. Além disso, há uma falta de entendimento comum e de informações entre as partes interessadas sobre o que constitui a RPF e quais iniciativas estão em andamento, o que dificulta a ação e a coordenação unificadas. O monitoramento do progresso da restauração é complicado devido às definições inconsistentes dos indicadores e ao ritmo lento com que a restauração produz resultados biológicos, sociais e econômicos mensuráveis.

Escala de implementação
Nacional
Ecossistemas
Agrofloresta
Terra cultivada
Floresta tropical perene
Tema
Serviços de ecossistema
Prevenção de erosão
Restauração
Gerenciamento de terras
Agricultura
Gerenciamento florestal
Localização
Kigali, Ruanda
África Ocidental e Central
Leste e Sul da África
Processar
Resumo do processo

Os blocos de construção da CSTF formam um sistema integrado para coordenar os esforços de RPF em Ruanda. O estabelecimento da força-tarefa fornece uma plataforma formal para a colaboração de vários participantes, enquanto sua governança e liderança garantem uma clara responsabilidade e propriedade compartilhada. A estrutura operacional facilita as reuniões regulares, permitindo que os membros alinhem os planos de ação e monitorem o progresso de forma eficaz. A troca de conhecimento apoia ainda mais a força-tarefa, equipando as partes interessadas com ferramentas, dados e práticas recomendadas para melhorar a implementação da FLR. Juntos, esses componentes criam uma abordagem simplificada para lidar com o desmatamento, a degradação da terra e a perda de biodiversidade, ao mesmo tempo em que apoiam as metas de restauração nacionais e internacionais.

Blocos de construção
Estabelecimento de uma força-tarefa inclusiva e multissetorial

A CSTF foi criada em 2015 como uma plataforma em nível nacional para coordenar a resposta de Ruanda ao Desafio de Bonn e melhorar os esforços de Restauração da Paisagem Florestal (FLR). Ela é composta por membros de 13 órgãos governamentais, 8 organizações da sociedade civil, 7 parceiros de desenvolvimento e 7 organizações do setor privado e de pesquisa. A força-tarefa oferece um espaço para colaboração, compartilhamento de conhecimento e planejamento estratégico para tratar de questões importantes, como degradação da terra, desmatamento, erosão e perda de biodiversidade.

Fatores facilitadores
  • Forte apoio governamental do Ministério do Meio Ambiente e do Ministério da Agricultura.
  • A ampla representação das partes interessadas em vários setores garante perspectivas diversas.
  • Apoio de parceiros de desenvolvimento, que atuaram como secretários para apoiar os parceiros políticos, como IUCN, WRI, FAO e GIZ
Lição aprendida

A formação de uma força-tarefa dedicada e com várias partes interessadas garante que os esforços de FLR sejam inclusivos, coordenados e alinhados com as metas de restauração nacionais e internacionais.

Liderança rotativa e governança conjunta

O CSTF opera sob uma estrutura de governança que garante a rotação de liderança e a colaboração entre os setores. As reuniões são presididas alternadamente pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Ministério da Agricultura, com o apoio de parceiros de desenvolvimento para tarefas logísticas e organizacionais. Essa estrutura de liderança fortalece a coordenação das iniciativas de FLR e de Alimentação e Agricultura Sustentáveis (SFA) e garante que as iniciativas de restauração se alinhem com estratégias de desenvolvimento nacional mais amplas, como a Estratégia Nacional de Transformação (NST1) e a Visão 2050, ao mesmo tempo em que cumprem metas internacionais como a AFR100 e a Estrutura Global de Biodiversidade (GBF).

Fatores facilitadores
  • O rodízio da presidência entre os dois principais ministérios aumenta a liderança compartilhada.
  • Parceiros de desenvolvimento, como a IUCN, fornecem suporte organizacional.
  • Reuniões anuais e semestrais permitem uma avaliação consistente do progresso.
Lição aprendida

Um modelo de liderança rotativa promove a propriedade compartilhada e aumenta a capacidade da força-tarefa de alinhar seus esforços com as prioridades nacionais e internacionais em evolução.

Continuidade e estrutura operacional da CSTF

A CSTF promove reuniões regulares para discutir estratégias de FLR e SFA, planos de ação e monitoramento de projetos. A CSTF executa uma série de tarefas para coordenar os esforços de FLR e de Alimentação e Agricultura Sustentáveis (SFA) em Ruanda. Ela fornece orientação estratégica de política e gerenciamento, toma decisões para alinhar as iniciativas com as políticas nacionais e resolve desafios operacionais. A força-tarefa analisa os planos de ação, os orçamentos e os principais relatórios, como os resultados anuais e as revisões intermediárias, para garantir a sustentabilidade e o controle de qualidade. Ela também identifica oportunidades de financiamento para apoiar o aumento das iniciativas de FLR e SFA, aprimora a coordenação entre as partes interessadas e facilita as discussões sobre novos planos de projetos. Além disso, a CSTF garante o compartilhamento eficaz de conhecimento, desenvolve estratégias para melhorar a sustentabilidade ambiental, social e econômica e analisa o envolvimento das partes interessadas para maximizar a participação dos atores do setor privado e de outros parceiros. A força-tarefa também coordena esforços para lidar com mudanças estratégicas e garante que as atividades de restauração atendam às metas nacionais e internacionais.

Fatores facilitadores
  • Reuniões regulares permitem que as partes interessadas analisem e alinhem seus planos.
  • Mecanismos para compartilhar relatórios de projetos, revisões intermediárias e avaliações.
  • Tomada de decisões estratégicas sobre políticas e estruturas de governança.
Lição aprendida

Uma estrutura operacional eficaz permite um melhor alinhamento das atividades das partes interessadas e ajuda a enfrentar os desafios em tempo hábil.

Impactos

As discussões dentro da CSTF levaram a avanços práticos, como a incorporação do plantio de árvores nos orçamentos de construção de estradas e o desenvolvimento de um guia de engajamento de RPF centrado na comunidade. Tecnicamente, a força-tarefa simplificou o monitoramento da RPF ao harmonizar os indicadores e promover a adoção do Sistema de Informações de Gestão Florestal (FMIS). Isso melhorou a coleta de dados e reduziu a duplicação de esforços de pesquisa entre as partes interessadas. Do ponto de vista econômico, a força-tarefa defendeu diversos mecanismos de financiamento, incluindo investimentos do setor privado e acordos de concessão, para apoiar iniciativas de RPF. A coordenação da CSTF também ajudou a evitar esforços redundantes, como a pesquisa sobre a adoção de espécies de árvores compartilhada pelo ICRAF, que evitou a duplicação pelo Rwanda Agriculture Board. De modo geral, a força-tarefa fortaleceu o planejamento, o monitoramento e a implementação da RPF em Ruanda.

Beneficiários

A CSTF beneficia agências governamentais, ONGs, o setor privado e as comunidades locais ao melhorar a coordenação, o monitoramento e os mecanismos de financiamento da FLR. Seu trabalho apoia a melhoria do gerenciamento de recursos, beneficiando ecossistemas, agricultores e a economia em geral.

Estrutura Global de Biodiversidade (GBF)
Meta 2 do GBF - Restaurar 30% de todos os ecossistemas degradados
Meta 10 do GBF - Melhorar a biodiversidade e a sustentabilidade na agricultura, aquicultura, pesca e silvicultura
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
ODS 13 - Ação climática
ODS 15 - Vida na terra
ODS 17 - Parcerias para os objetivos
História

Na 16ª Reunião da Força-Tarefa Transetorial (CSTF) sobre Restauração da Paisagem Florestal e Agricultura Sustentável em Ruanda, um grupo diversificado de partes interessadas do governo, de ONGs e da comunidade, convocado pelo Ministério do Meio Ambiente de Ruanda e pela IUCN, reuniu-se para deliberar sobre o fortalecimento da coordenação entre os setores. Ouvir a discussão, desde a silvicultura até a agricultura, o uso da terra e os meios de subsistência rurais, ressaltou como é fundamental que as instituições harmonizem suas políticas e as traduzam em ações coerentes em nível de paisagem. A ênfase na capacidade técnica local e nos serviços de extensão foi particularmente notável: sem um entendimento institucional claro e uma coordenação entre setores, até mesmo os compromissos bem-intencionados de restauração e agricultura sustentável correm o risco de ficar no papel.

Refletindo sobre o intercâmbio, ficou claro que o caminho a seguir está no fortalecimento do alinhamento institucional: ministérios nacionais, autoridades fundiárias e florestais, agricultura, meio ambiente e parceiros comunitários devem adotar conjuntamente ferramentas como planejamento de restauração de paisagens, sistemas de monitoramento e serviços de extensão integrados. Essa coerência permitirá que Ruanda transforme a política de restauração em uma implementação eficaz da Restauração da Paisagem Florestal (RPF) em nível de solo, proporcionando benefícios ecológicos e de subsistência de forma sustentável.

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