Esse bloco de construção trata do trabalho relativo à recuperação e ao fortalecimento da organização do Ayllu (uma forma de grupo familiar estendido) e das autoridades tradicionais para a agricultura. Trabalhamos para revalorizar o conhecimento sobre reprodução, sinais (climáticos), práticas de cultivo e os chamados "segredos" para lidar, tanto quanto possível, com toda a variedade de situações e circunstâncias determinadas pelo clima.
A abordagem metodológica permitiu o diálogo intercultural e a mediação cultural, bem como a observação comunitária para criar confiança e transparência e um sistema de apoio sólido. A prática de acompanhamento mútuo, composta por técnicos comprometidos com os processos de descolonização e afirmação cultural da diversidade, foi muito útil. A facilitação e o acompanhamento de iniciativas comunitárias e a aprendizagem no contexto do diálogo cultural, com responsabilidades compartilhadas entre o "grupo-alvo" e a equipe da ABA, geram processos de reflexão e ação muito dinâmicos e eficazes.
Isso facilitou a capacidade de adaptação às mudanças e capacitou as pessoas a se reconhecerem como atores principais no desenvolvimento, com base essencialmente nos recursos e capacidades locais e na afirmação da cultura.
Confiança na comunidade, o que nos permitiu buscar soluções locais envolvendo os principais membros da comunidade que mantêm o conhecimento e as práticas ancestrais.
A instituição financiadora, ABA, faz parte das instituições comunitárias e é reconhecida pelos estatutos internos da Comunidade Indígena Quispillaccta. Os membros de sua equipe técnica pertencem à comunidade, o que reforça a convivência indígena com ela e contribui para a visão positiva do mundo andino.