Conscientização sobre os ambientes urbanos mais caros

Na fase 2 do projeto, foram implementadas ações de conscientização e educação ambiental sobre os recursos hídricos urbanos costeiros. Durante a análise rápida e o curso CECOP (veja o capítulo 3.1) foram identificados os processos, atores e medidas de conscientização ambiental vinculados aos recursos hídricos em cada uma das regiões e foram consolidados grupos de atores interessados em fortalecer suas ações de conscientização e educação ambiental, com os quais foi iniciada a identificação do público-alvo, canais de comunicação e mensagens claras sobre os recursos hídricos urbanos costeiros. Esse panorama de ações de conscientização foi plasmado em uma estratégia.Com base nesse documento, foram realizadas reuniões participativas, entre as quais participaram entidades governamentais como os municípios das três regiões do projeto, empresas de água potável/plantas de tratamento de água, as OSC como Agua Clara, Amor por Bacalar, Cabos Coastkeeper, ECOPIL, PARES e universidades,priorizando as ações da estratégia a ser implementada com o apoio do Programa BIOCITIS. Os atores coincidiram que os centros educativos (alunos, professores e pais de família) são o principal público-alvo da conscientização sobre os ecossistemas, por isso decidiu-se apoiar os atores no desenvolvimento de materiais de comunicação sobre os ecossistemas urbanos mais baratos para esse público.

A partir do processo de análise de oportunidades com os diferentes atores, foram concretizados os seguintes processos:

  • Apoiar a coordenação de educação ambiental da Direção de Ecologia do Município de Bacalar com material de conscientização sobre a lagoa Bacalar ("Humedalia, el mundo mágico de la laguna Bacalar")
  • Apoiar a coordenação de educação ambiental da Diretoria de Ecologia do Município de San José del Cabo com material de conscientização sobre o estuário de San José del Cabo ("La historia del mascarita peninsular en el estero San José del Cabo")
  • Realizar um curso de promotores ambientais para o manejo e uso turístico de áreas úmidas costeiras urbanas para os atores de San José del Cabo
  • Com base nesses processos de "Humedalia", elaborar um módulo de conscientização sobre os recursos hídricos urbanos que possa ser usado em outras regiões com recursos hídricos urbanos ("Humedalia: el mundo mágico de los humedales urbanos costeros")

Foram desenvolvidos os seguintes KITs de materiais de conscientização ambiental para a comunidade educativa (estudantes, professores, pais de família) sobre a lagoa Bacalar, o Estero San José del Cabo e os Humedales Urbanos

Para o público em geral, foram preparados 14 spots sobre humedales costeros para uso em campanhas de conscientização em redes sociais como Instagram e Facebook ou para impressão (png, jpeg e adobe ilustrador editável e imprimível) (7 para a Laguna Bacalar, 3 para o Estero San Jose e 4 em geral sobre humedales urbanos).

Para a meta pública de tomadores de decisões, técnicos de atores públicos, OSC e atores acadêmicos foram preparados:

  • 3 infográficos (Laguna Bacalar, Estero San José e, em geral, sobre áreas urbanas)
  • 3 fichas técnicas sobre os ambientes urbanos (Laguna Bacalar, Estero San José e em geral sobre ambientes urbanos)
  • 1 ficha técnica sobre a integração de áreas urbanas no PDMU
  • No curso CECOP foi gerada uma grande variedade de oportunidades de conscientização, com múltiplos públicos objeto e temáticas, que não puderam ser atendidos pelos recursos. Tomou-se a decisão de priorizar em relação ao público-alvo (centros educativos) e ao ator-chave de implementação (municípios e ONGs)
  • O desenvolvimento de materiais com os educadores ambientais do município/ONG levou a que se ajustasse às necessidades e ao contexto local. Os materiais foram entregues em formato editável para poderem ser ajustados pelos atores, facilitando assim o ajuste à dinâmica local no momento.
Integração de áreas urbanas de alto custo em processos de políticas públicas

Na análise de políticas e instrumentos relevantes para a integração de áreas urbanas, identificou-se como o principal instrumento de planejamento da gestão urbana os Planos ou Programas Municipais de Desenvolvimento Urbano (PMDU).

Aunque las autoridades municipales no regulan las actividades que se realizan en los humedales, sí pueden darles el artículo 115 constitucional, formular los instrumentos de planeación territorial y autorizar y controlar los usos de suelo de los territorios adyacentes o lejanos a los humedales, que pueden generar impactos, directos o indirectos, sobre los humedales. Nesse sentido, os municípios podem: i) formular instrumentos de planejamento territorial, ii) autorizar e controlar os usos de solo dos territórios adjacentes ou adjacentes aos recursos hídricos (por exemplo, construções), iii) controlar as descargas de águas residuais para os sistemas de drenagem ou de tratamento dos centros populacionais, iv) inspecionar, vigiar e fiscalizar as descargas de água residual por uso doméstico e público urbano que careçam ou que não façam parte de um sistema de alcantarillado y saneamiento, v) implementar plantas de tratamento de água, vi) prevenir e controlar os efeitos sobre o meio ambiente ocasionados pela geração, transporte, armazenamento, manejo, tratamento e disposição final de resíduos sólidos e industriais não considerados como perigosos, entre outros, que de maneira direta ou indireta possam ter impacto na qualidade e na quantidade dos serviços ecossistêmicos dos seres humanos, vii) estabelecer zonas de conservação ecológica municipal, entre outros. Por lo tanto, las autoridades municipales están directamente vinculadas al control y prevención de los impactos que afectan a los humedales (expansión de ciudades, contaminación, dragado, relleno, sedimentación, disminución del caudal de agua, entre otros).

A integração dos recursos hídricos nos PMDU é fundamental para controlar e prevenir os impactos a distância ou cercanias (bordas) que afetam os recursos hídricos e aproveitar de forma sustentável os serviços ecossistêmicos que os recursos hídricos proporcionam.

Realizou-se uma análise do PMDU dos municípios das três regiões do projeto BIOCITIS e evidenciou-se que, no diagnóstico, eles reconhecem, em diferentes medidas, a importância dos ecossistemas urbanos e que os ecossistemas urbanos são vulneráveis aos elementos específicos do metabolismo das cidades, como as mudanças de uso do solo, a gestão de águas servidas e resíduos sólidos, a construção de infraestrutura e o desenvolvimento imobiliário e hoteleiro, salvo por algumas exceções, a informação entre os campos ambientais e de desenvolvimento está relacionada a uma análise de causa e efeito. As estratégias de desenvolvimento planejadas nos PDMU cuidam de medidas concretas de controle e prevenção das ações de desenvolvimento que afetam a qualidade dos ambientes urbanos.

Após o diagnóstico da integração de áreas urbanas no PMDU, foram analisadas as metodologias e guias sobre o projeto do PMDU que ajudam os responsáveis a formular instrumentos de planejamento urbano do município, elaborando esses documentos. Da mesma forma que nos PMDU, evidenciou-se que, nos guias, os humedales são considerados como elementos no diagnóstico, mas não na fase prospectiva das estratégias, projetos e linhas de ação.

Como resultado da análise, foi gerado um guia metodológico para integrar áreas urbanas úmidas nos PMDU, para estabelecer orientações e caminhos que facilitem a integração dessas áreas urbanas úmidas, buscando potencializar a gestão urbana desses ecossistemas.O guia foi elaborado para tomadores de decisão municipais, pessoas que formulam PMDU (técnicos municipais e consultores) e para pessoas interessadas em integrar o valor e a importância dos recursos hídricos urbanos costeiros nesse esforço de planejamento urbano.

O manual foi divulgado em webinar para um total de 25 pessoas e foi aprovado o conteúdo do material para a incorporação de critérios para a conservação de áreas urbanas costeiras dentro do regulamento da lei de assentamentos humanos de Quintana Roo.

  • Os ambientes urbanos geram serviços ecossistêmicos para a população, como recreação e lazer; no entanto, a degradação dos ambientes também pode afetar a população, como, por exemplo, ser fonte de doenças (mosquitos), maus odores etc. Os municípios devem considerar tanto os serviços ecossistêmicos quanto os efeitos para a população de viver próximo a áreas úmidas degradadas em seu PMDU.
  • Os municípios não consideram a gestão de áreas úmidas como parte de sua ação por diferentes razões, como desconhecimento, confusão com a legislação, falta de vontade política etc., o que dificulta seu envolvimento nos processos do projeto. Essa falta de interesse foi observada nos PMDU, que se preocupam com estratégias e projetos orientados para a conservação dos recursos hídricos. Os municípios, embora não tenham competências diretas na administração dos recursos hídricos, devem integrá-los ao seu PMDU e aos projetos, especialmente aqueles relacionados à zoneamento urbano e ao controle de mudanças no uso do solo, gestión de aguas servidas, recolección de residuos sólidos, y manejo de asentamientos irregulares ubicados cerca de los humedales urbanos, por los impactos que estos generan sobre la salud de los humedales urbanos.
Gestão participativa de jornadas de cuidado comunitário em áreas urbanas de alto custo

Na fase 3 do projeto, foram implementadas ações de proteção e restauração de áreas urbanas costeiras. Partiu-se das informações obtidas nos espaços de concertação com os atores-chave (palestras, reuniões, entrevistas) durante a fase inicial, complementadas com propostas trabalhadas no curso GECOPE e iniciou-se o processo de priorização participativa das ações mais viáveis.

Em primeira instância, foram priorizadas as seguintes ações:

  • En los Cabos: Fomentar o intercâmbio de informações por meio do estabelecimento de espaços de diálogo (mesa de trabalho, fórum participativo) e contribuir para o estabelecimento de um banco de dados.
  • Em Veracruz (Arroyo Moreno e Sistema de Lagunas Interdunarias de Veracruz), priorizou-se a realização da ação piloto no sistema de lagunas interdunarias de Veracruz, buscando definir e aplicar lineamentos para a elaboração participativa de planos de ação (planejamento estratégico) para a conservação dos ambientes urbanos.
  • Em Quintana Roo (La Sabana e Bacalar), foi priorizada a realização da ação piloto na Laguna Bacalar, que consiste em estabelecer um programa de restauração e conservação dos manguezais da Laguna Bacalar e desenvolver mecanismos de financiamento que permitam sua implementação.

Durante o processo, foi necessário fazer alterações por mudanças na vontade política, cortes ou ajustes presidenciais, dificuldades com a viabilidade legal (permissões), de modo que chegamos aos resultados que apresentamos a seguir:

Delimitación comunitaria de áreas temporales de conservación en la laguna Bacalar La laguna Bacalar es el principal atractivo turístico del municipio de Bacalar, que recibe cada año más turistas, con 234.000 turistas en el 2022 (SEDETUR, 2022). A oferta de atividades recreativas é ampla e vai desde paseos en embarcación, hasta recorridos en velero, kayak, paddling board, etc. Os turistas de Bacalar dejaron en el 2022 una derrama económica de 45 Millones de USD (SEDETUR, 2022). Os atores, conscientes da importância da lagoa para o setor turístico, uniram-se para fomentar boas práticas ambientais. Com o apoio do projeto, fortaleceu-se o projeto social multiator e ajudou-se os atores a proteger e conservar as paisagens e a biodiversidade presentes nas zonas de maior uso turístico do húmus por meio da delimitação comunitária de 3 km. A medida teve incidência em 24,2 hectares.

Los actores de la iniciativa son: Hotéis, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais: Laguna Kristal (tours), Sailing Colibrí (tours), Amir Adventures (tours), Sailing Tours Aleana (tours), Cocalitos Bacalar (Balneario), Hotel Makaaba (Hotel), El Manatí (restaurante), Enamora (restaurante), El Paste (restaurante), Da Bruno (restaurante), Raíz Audiovisual (productora)

Organismos de Governo: El Ayuntamiento de Bacalar, Policía Municipal de Bacalar, Secretaría de Marina (Chetumal), Capitanía de Puerto (Chetumal), Comité Municipal de Derecho de Saneamiento Ambiental de Bacalar.

Organizações civis: Prestadores de Serviços Náuticos e Turísticos Laguneros de Bacalar A.C., Fundación Emerge Bak'halal I.A.P., Agua Clara Ciudadanos por Bacalar A.C., Amor por Bacalar, Mensajeros del manglar GIZ México y Eco-Consult (BIOCITIS) , Voluntarios Turistas Miembros de la comunidad.

Limpeza de lírio acuático e basura no Estero San José del Cabo: O Estero San José del Cabo (44ha), sítio RAMSAR (124 ha) e Reserva Ecológica Estatal (REEESJC) (472 ha), está localizado no município de Los Cabos. O estuário sofre com o crescimento excessivo de lirio acuático, planta ornamental que está despovoando as plantas nativas pela eutrofização da água e, ao cobrir a superfície do estuário, afeta toda a fauna nativa. Os moradores do Estero, preocupados com sua conservação, uniram-se à SOS Estero San José e realizam esforços de conscientização, geração de fundos para ações de cuidado ambiental e campanhas de limpeza de solo e água com voluntários da comunidade de San José del Cabo. O ator principal da iniciativa é a SOS Estero San José e, de forma indireta, seus aliados, como os moradores do Estero e outros voluntários que realizam limpeza, os hotéis e operadores turísticos vinculados à iniciativa, o município de Los Cabos, a IMPLAN, as universidades etc. Com o apoio do projeto, a SOS Estero San José foi fortalecida em suas campanhas de limpeza do Estero e em seus esforços de conscientização sobre o lírio acuático e a importância do Estero. A iniciativa teve incidência direta em 2 áreas e incidência indireta em todo o Estero (44 ha)

Facilitar o intercâmbio e o acesso às informações sobre o Estero San José del Cabo: Os atores (públicos, privados e sociedade civil) vinculados ao Estero San José del Cabo consideraram prioritário como medidas de assistência técnica do projeto BIOCITIS o intercâmbio de informações sobre o Estero e a governança interinstitucional. Consideram como limitação para a conservação do Estero o fato de que os documentos técnicos e as publicações são pouco comparados e as informações estão muito dispersas. Como medida para promover o intercâmbio de informações, foram coletadas entre os atores participantes 30 publicações (científicas/técnicas) sobre o Estero, que foram depositadas na página da web da IMPLAN para facilitar seu acesso. https://implanloscabos.mx/estero-san-jose-del-cabo/

Outra ação para facilitar o intercâmbio e a colaboração entre os atores foi o processo participativo de elaboração de uma série de projetos para a gestão do Estero, incluindo os projetos atuais e planejados dos atores que trabalham nesse ambiente. A terceira linha de ação foi a realização de um fórum para intercambiar informações, promover a colaboração entre os atores e gerar maior visibilidade sobre a importância do Estero.

  • As ONGs ambientais, incluindo grupos de usuários privados dos serviços ecossistêmicos dos seres humanos, realizam um importante trabalho implementando medidas de cuidado com os seres humanos. As ações piloto foram implementadas com sucesso, principalmente com esses atores, devido à ausência de atores públicos (por falta de recursos humanos).
  • Conflitos existentes entre instituições ou pessoas de instituições com competências sobre os recursos hídricos urbanos podem afetar a gestão gerenciada e, finalmente, frenar iniciativas de cuidado com os recursos hídricos. Embora tenha sido realizada uma análise de conflitos e alianças no início do projeto, seria importante em processos com múltiplos atores realizar uma análise profunda dos conflitos para poder detectá-los a tempo (Caso de Los Cabos).
  • A falta de vontade política, de recursos humanos e econômicos e as mudanças no pessoal das instituições públicas podem afetar a sustentabilidade do trabalho dos municípios na gestão de recursos hídricos. Embora existisse o interesse em nível técnico de trabalhar com as comunidades dos assentamentos vizinhos dos hotéis, isso não foi evidenciado em um acompanhamento ativo de pessoal do município nos encontros com as comunidades, A comunidade manifestou seu descontentamento e desconfiança pela falta de presença de autoridades municipais e a dúvida sobre a sustentabilidade do processo, de modo que, em comum acordo, decidiu não continuar o processo de planejamento participativo da gestão dos recursos hídricos (Caso Veracruz).
Fortalecimento de capacidades de áreas úmidas urbanas caras

Posteriormente ao diagnóstico e ao planejamento participativo e interinstitucional, foi iniciada a fase de fortalecimento das capacidades na gestão dos recursos hídricos urbanos caros para garantir a existência de uma massa crítica de pessoas com conhecimento atualizado sobre a gestão de recursos hídricos. Com relação aos temas de capacitação, houve um acordo entre os atores das três regiões, priorizando três temas:

  • Gestão colaborativa e planejamento participativo de recursos hídricos urbanos costeiros (GECOPE)
  • Comunicação, educação, conscientização e participação ambiental para áreas urbanas costeiras (CECOP)
  • Gestão de mecanismos de financiamento para os recursos hídricos (MFHC)

Atendendo às prioridades dos atores, foram planejados três cursos. Cada curso consistiu em 3 a 5 módulos, incluindo a análise de ameaças e serviços ecossistêmicos dos ecossistemas, panorama de soluções e um panorama de medidas potenciais para a conservação e uso sustentável dos ecossistemas urbanos costeiros.

Na Ilustração 4, são apresentados os resultados dos cursos sobre humedales urbanos costeiros organizados para representantes de Municípios, OSC e Universidades.

Fortalecimento de capacidades em Gestão Colaborativa e Planejamento Estratégico de Áreas Urbanas Costeiras (GECOPE): 39 participantes, representantes de atores públicos (ej.: Municípios), ONGs, Universidades, etc. fortaleceram suas capacidades no curso GECOPE com o objetivo de: "Conhecer e aprender a aplicar os métodos para a elaboração de planos de ação participativa para a gestão de recursos hídricos urbanos onerosos", com 15 horas de dedicação. As medidas para atender à problemática dos mananciais urbanos costeiros que aprenderam incluíram, entre outras: identificação de ameaças a mananciais urbanos costeiros, competências de atores sobre mananciais urbanos costeiros, análise de serviços ecossistêmicos de mananciais urbanos costeiros, estabelecimento de alianças para a gestão de mananciais urbanos costeiros, etc.

Fortalecimento de capacidades em Comunicação, Educação, Conscientização e Participação Ambiental de Húmidos Urbanos Costeiros (CECOP):41 participantes, representantes de atores públicos (ex.: Municípios), OSC, Universidades, etc. fortaleceram suas capacidades no curso CECOP com o objetivo de: "Conocer y aprender a aplicar a diferentes fuentes técnicas y métodos para la comunicación, educación, concientización y participación ambiental para la conservación y uso racional de humedales" de 15 horas de dedicación. As medidas para atender à problemática dos húmens urbanos caros que aprenderam incluíram, entre outras: formulação de mensagens-chave sobre o cuidado com os húmens, preparação de material didático sobre húmens (spot, infográficos), preparação de spot sobre húmens para redes sociais, criação de alianças para a comunicação sobre húmens, palestras sobre húmens em centros educativos.

Fortalecimento de capacidades em Mecanismos Financeiros para a Conservação de Húmus Urbanos Costeiros (MFCH): 34 participantes, representantes de atores públicos (ex.: Municípios), OSC, Universidades, etc. fortaleceram suas capacidades no curso MFHC com o objetivo de: "conocer y aprender a desarrollar y/o aplicar diferentes fuentes de financiamiento para la conservación y uso racional de humedales urbanos costeros "de 15 horas de dedicación. As medidas para atender à problemática dos ecossistemas urbanos costeiros que foram aprendidas incluíram, entre outras, as seguintes identificação de serviços ecossistêmicos dos aterros, definição dos usuários dos aterros e dos afetados pelo mau manejo dos aterros, conhecimento de uma variedade de fontes de financiamento estatal e não governamental, medidas de concessão de fundos para a gestão de aterros, análise de instrumentos de pagamento por serviço ambiental e incentivos econômicos para aterros, etc.

  • Com o uso de plataformas tecnológicas e ferramentas de ensino virtuais (Ej: Mentimeter, Surveymonkey, Teams), foi possível realizar cursos virtuais com sessões teóricas e práticas (mesas de trabalho virtuais) abrangendo as três regiões do programa.
  • As capacitações sobre conscientização ambiental e planejamento participativo serviram de base para contar com propostas concretas e atores motivados para a fase de implementação de ações e conscientização ambiental.
Bloco de construção 4 - Cooperação entre NOCs e organizações locais de conservação da natureza como pré-requisito para o sucesso

O COI exige que todos os projetos da Rede Florestal Olímpica "sejam desenvolvidos e implementados em colaboração com os especialistas e autoridades relevantes". Todos os seis projetos que atualmente fazem parte da Rede não só levam em conta esse requisito, como também o estabelecem como a pedra fundamental de sua implementação.

Por exemplo, o projeto de Papua Nova Guiné envolve uma parceria entre o NOC, as comunidades locais, a Autoridade Nacional de Pesca e a Autoridade de Conservação e Proteção Ambiental. O projeto esloveno tem parceria com a Companhia Florestal Estatal da Eslovênia; o espanhol, com o Ministério do Meio Ambiente e a Federação dos Municípios Espanhóis; enquanto o projeto português conta com o apoio técnico do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e da associação Abramud e Sentido Verde.

A exigência de parcerias entre os NOCs e especialistas em meio ambiente garante que os projetos executados no âmbito da Rede Florestal Olímpica sejam tão relevantes e eficazes quanto possível no que diz respeito à conservação da natureza. A parceria com especialistas e organizações locais também garante que a Rede possa ter um impacto significativo não apenas no meio ambiente, mas também nas comunidades locais onde os projetos são executados. Além disso, facilita o interesse local e a apropriação do trabalho ambiental.

  • Critérios estabelecidos pelo COI que exigem que os projetos liderados pelo NOC que buscam fazer parte da Rede Florestal Olímpica "sejam desenvolvidos e implementados em colaboração com especialistas e autoridades relevantes".
  • Conhecimento e experiência ambiental das organizações locais.
  • Interesse das organizações ambientais locais no potencial (de comunicação e engajamento) do Movimento Olímpico.

O fornecimento de padrões e diretrizes básicas ajudou os NOCs a encontrar os parceiros e as soluções (comerciais) certas localmente. Graças a essa abordagem local, as NOCs puderam ser orientadas por especialistas nacionais/locais para encontrar a melhor solução em termos de valor agregado para os ecossistemas e as comunidades locais.

Bloco de construção 3 - Adotar a experiência local, a governança e a propriedade dos projetos

Ao mesmo tempo em que seguem a direção e a orientação do COI, os NOCs estão em melhor posição para elaborar e implementar projetos em conformidade com os padrões globais do COI em nível local. Isso significa que o COI pode apoiar e promover projetos ambientais, ao mesmo tempo em que se beneficia da experiência que os NOCs podem oferecer no contexto local. Esse método de implementação não apenas promove soluções locais para problemas globais, mas também aumenta a propriedade local, capacita as comunidades locais e promove a cooperação entre esportes, grupos ambientais locais e povos indígenas.

No Brasil, por exemplo, o projeto "Floresta Olímpica do Comitê Olímpico Brasileiro" visa restaurar uma parte danificada da Floresta Nacional de Tefé, na Amazônia, e é executado em conjunto com o Instituto Mamirauá de Desenvolvimento Sustentável. Além da restauração, o objetivo do projeto é reforçar o uso sustentável da floresta pela comunidade local por meio do plantio de espécies-chave, como a castanha-do-pará e o açaí, ou da oferta de treinamento para a comunidade local.

O treinamento e a capacitação das comunidades locais (no plantio/reabilitação de manguezais) também é um dos principais objetivos do "Love Your Coast Project" do Comitê Olímpico de Papua Nova Guiné, que visa treinar "Love Your Coast Champions", que devem liderar pequenos projetos de conservação em suas comunidades

Como líder do Movimento Olímpico, o COI é responsável pela coordenação das relações e ações de todos os membros do Movimento Olímpico, incluindo os Comitês Olímpicos Nacionais. Isso garante que os projetos e as ações possam ser elaborados e implementados de acordo com regulamentos ou diretrizes consistentes, possibilitando a continuidade e as melhores práticas nas atividades ambientais do Movimento Olímpico.

Embora tenha sido importante estabelecer critérios gerais que todos os projetos precisariam cumprir para garantir a consistência e a alta qualidade, fornecer às NOCs a flexibilidade necessária para refletir o contexto local e seus riscos e oportunidades específicos na forma como abordam os critérios provou ser igualmente vital.

Bloco de construção 2 - Estabelecimento de princípios para a admissão de projetos de Comitês Olímpicos Nacionais na rede da Floresta Olímpica

A Diretoria Executiva do COI aprovou vários princípios que os NOCs teriam de cumprir para participar da Rede Florestal Olímpica.

Para que seu projeto seja incluído na Rede, é necessário que o NOC apresente detalhes para análise e aprovação do COI, com base nesses critérios/princípios específicos. O processo de análise é coordenado em conjunto com especialistas em meio ambiente, que fornecem seus comentários ao NOC e têm a possibilidade de realizar visitas de campo sempre que necessário.

Os projetos devem:

  • Contribuam para melhorar a proteção e a resiliência do clima e da natureza;
  • Apoiem e sejam realizados em parceria com as comunidades locais;
  • Ser desenvolvidos e implementados em colaboração com os especialistas e autoridades relevantes; e
  • Ter um plano de manutenção de longo prazo em vigor.

Esses princípios ajudam a orientar os NOCs na criação de seus projetos e garantem que todos os projetos que fazem parte da Rede contribuam para a ação climática e a proteção da natureza. Os princípios também asseguram que os projetos possuam determinadas características e estruturas colaborativas que garantam o impacto local e a viabilidade de longo prazo dos projetos.

  • Conhecimento e compreensão dos fatores que são importantes para a elaboração e implementação de projetos bem-sucedidos de restauração da natureza.
  • A experiência prática do COI com a implementação do projeto Floresta Olímpica.
  • Colaboração entre especialistas em esporte e conservação da natureza.

Ter princípios "no papel" não significa automaticamente que eles serão perfeitamente implementados e cumpridos pelos NOCs desde o início.

O processo de candidatura a essa iniciativa é um caminho de aprendizado e aprimoramento em que os NOCs, sob a orientação do COI e de especialistas em meio ambiente, podem ser orientados a cumprir todos os requisitos da iniciativa e a criar e implementar projetos de alta qualidade com valor agregado tangível e benefícios compartilhados para os ecossistemas e as comunidades locais.

Apoiar-se nas plataformas binacionais existentes

Três comissões binacionais (Canadá-Estados Unidos) desempenham um papel na proteção e restauração dos Grandes Lagos, incluindo a Comissão dos Grandes Lagos (GLC), a Comissão de Pesca dos Grandes Lagos (GLFC) e a Comissão Conjunta Internacional (IJC). Mais especificamente para os Grandes Lagos, o trabalho da IJC é apoiado pelo Acordo de Qualidade da Água dos Grandes Lagos (GLWQA). Embora nenhuma dessas comissões represente e promova explicitamente uma agenda relacionada a redes de áreas protegidas e conservadas (PCA), elas compartilham objetivos e têm capacidades que podem apoiar essas redes.

Para isso, a Rede de Áreas Protegidas dos Grandes Lagos (GLPAN) continua a encontrar oportunidades para traçar o perfil das APCs, atender às ambições de sua rede e abordar questões de conservação por meio dessas plataformas. Em particular, a GLWQA tem anexos específicos que abordam as questões prioritárias que também são importantes para as PCAs, como Habitat e Espécies, Mudanças Climáticas, Espécies Aquáticas Invasivas, Ciência e Gerenciamento de todo o lago. O envolvimento com a GLWQA é um meio eficaz de abordar a conservação em escala e representa um retorno significativo sobre o investimento, dada a capacidade e o apoio colaborativo que os parceiros oferecem. Mais especificamente, os "Planos de ação e gerenciamento em todo o lago" (rotação de 5 anos em cada um dos 5 Grandes Lagos) e as "Iniciativas cooperativas de ciência e monitoramento" são duas iniciativas do GLWQA que os PCAs e as redes de PCAs podem alavancar e contribuir para ajudar a promover os esforços de conservação.

  • Há membros na GLPAN que trabalham para uma respectiva Comissão ou estão ativamente envolvidos nos comitês da GLWQA.
  • Os esforços da GLWQA e da GLFC em questões como espécies invasoras aquáticas, mudança climática, habitat e espécies, e qualidade da água são de natureza colaborativa e implementados em escala.
  • Embora outras plataformas/fóruns possam estar envolvidos na proteção e restauração, os PCAs talvez precisem estar preparados para expressar seus próprios problemas e preocupações, ou seja, não presumir que outros os representarão.
  • Há agências que trabalham no espaço de proteção e restauração dos Grandes Lagos em nível de política e aceitam de bom grado a oportunidade de praticar de maneira local com os PCAs.
Construir uma rede binacional de áreas protegidas dos Grandes Lagos

Há mais de 650 áreas protegidas costeiras e de água doce representando mais de 40 agências nos Grandes Lagos. Antes da criação da Rede de Áreas Protegidas dos Grandes Lagos (GLPAN) em 2019, não havia nenhum fórum ou rede que apoiasse um diálogo ou colaboração direta entre as áreas protegidas e conservadas nos Grandes Lagos.

Os membros da GLPAN são indivíduos ou representantes de agências que realizam atividades profissionais relacionadas à conservação dos Grandes Lagos e/ou à gestão de áreas protegidas. Os membros geralmente ocupam cargos seniores que podem contribuir com conhecimento especializado, informações relevantes e capacidade para atingir os objetivos da GLPAN, incluindo

  • Contribuir para a conservação e a proteção da costa dos Grandes Lagos e dos ecossistemas lacustres por meio de uma rede colaborativa de pessoas e lugares;
  • Fornecer uma plataforma para aprimorar a comunicação e a troca de conhecimento entre as áreas protegidas e conservadas dos Grandes Lagos;
  • Criar parcerias e apoiar projetos de interesse dos membros da GLPAN;
  • Aumentar a conscientização e a valorização das áreas protegidas e conservadas dos Grandes Lagos junto ao público e a outras iniciativas de conservação nacionais e binacionais; e
  • Servir como um centro regional para a Rede de Áreas Marinhas Protegidas da América do Norte (NAMPAN).
  • A associação à GLPAN optou por permanecer voluntária e não financiada. Embora exista uma estrutura e um objetivo organizacional, a natureza informal favorece a colegialidade e a flexibilidade.
  • A rede não está competindo com outras redes de áreas protegidas nos Grandes Lagos, os membros essencialmente reconheceram e preencheram uma necessidade.
  • O Acordo de Qualidade da Água dos Grandes Lagos (incluindo as Parcerias de Lagos) é uma plataforma com a qual a GLPAN pode se envolver e, se necessário, usar para promover iniciativas e interesses.
  • A pandemia normalizou e equipou as pessoas para participarem de reuniões virtuais por vídeo.
  • No início de sua formação, os membros trabalharam coletivamente em um mapa de história GIS"Grandes lagos, grandes áreas protegidas". Isso não só proporcionou uma experiência e uma oportunidade de colaboração, mas também ajudou a GLPAN a definir sua identidade.
  • Alguns membros acham que o contexto informal cria um espaço mais aberto para o diálogo e o compartilhamento sem as formalidades às vezes associadas à representação de uma agência em um fórum internacional (há maquinário para esse tipo de trabalho, se necessário).
  • As reuniões programadas (trimestrais) com palestrantes convidados ajudam a manter o interesse e a motivação da GLPAN.

Otimização do instrumento de financiamento público

Para otimizar o instrumento de financiamento público, a BioInvest trabalha com entidades do setor público, como o Ministério do Desenvolvimento Agrícola e Irrigação (MIDAGRI) e o Ministério do Meio Ambiente (MINAM), para integrar critérios de sustentabilidade em seus instrumentos de financiamento. Isso envolve a otimização dos programas existentes para apoiar negócios favoráveis à biodiversidade.

A cooperação estreita com o setor público, a compreensão clara dos critérios de sustentabilidade e a comunicação eficaz são essenciais.

É fundamental comunicar claramente os objetivos dos instrumentos de financiamento. Garantir que tanto as empresas quanto o governo entendam as metas e os resultados pretendidos dos programas estabelece uma base para uma colaboração bem-sucedida. Essa transparência ajuda a criar confiança e a promover um ambiente favorável ao desenvolvimento de negócios favoráveis à biodiversidade.