Vontade política

O Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural está fortemente comprometido com a sustentabilidade do setor, conforme expresso no Programa Setorial para Agricultura e Desenvolvimento Rural e seu mandato de progredir no sentido de acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhorar a nutrição e promover a agricultura sustentável, que são os objetivos do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 2 da Agenda 2030 adotada pelas Nações Unidas, e que o Ministério é responsável por implementar e monitorar. O Centro de Integração da Biodiversidade responde às ações para o cumprimento do Objetivo 3 do Programa Setorial: Aumentar as práticas de produção sustentável no setor agrícola e de aquicultura-pesca em face dos riscos agroclimáticos.

  • Há um mandato claro e definido do governo federal para que o setor agrícola enfrente os riscos à produção de alimentos decorrentes da crise climática global, da degradação dos serviços ecossistêmicos e da deterioração da biodiversidade.
  • Há um interesse real por parte dos funcionários de alto nível do setor na questão da sustentabilidade da produção agrícola e na busca de soluções para o impacto do setor sobre a biodiversidade e os serviços de ecossistema.
  • O interesse genuíno do setor na questão da sustentabilidade dos processos de produção é essencial para facilitar o estabelecimento de um espaço dedicado exclusivamente a essa finalidade. Por exemplo, a gestão das instalações atualmente ocupadas pelo IBC no Ministério da Agricultura foi facilitada, em grande parte, pela disposição do setor em cumprir os compromissos assumidos com o Projeto de Integração da Biodiversidade na Agricultura Mexicana.
Apoiar a formulação de recomendações institucionais em escala regional

Esse Building Block teve como objetivo desenvolver um roteiro regional sobre MSP e economia azul sustentável acordado pelos sete países beneficiários, bem como pelos países vizinhos envolvidos em outra atividade regional voltada para a economia azul (Iniciativa WestMED): Argélia, França, Itália, Malta, Marrocos, Espanha, Tunísia, Líbia, Portugal e Mauritânia. Os Pontos Focais Nacionais foram convidados a fornecer recomendações de acordo com sua relevância para cinco temas específicos; essas recomendações foram então compiladas em uma pesquisa e priorizadas pelos Pontos Focais Nacionais e outros Especialistas Nacionais. As recomendações mais votadas foram selecionadas e reformuladas (quando necessário) para compor o roteiro regional.

  • Aumento da relevância do MSP e da economia azul sustentável nas agendas nacionais, regionais e internacionais

  • Colaboração pré-existente entre instituições governamentais em nível nacional e regional

  • Desenvolvimento de capacidade: Antes de propor reuniões regionais, é importante oferecer capacitação em nível nacional para que os representantes nacionais estejam mais bem preparados para as discussões regionais

  • Desenvolvimento da cooperação: Antes de propor uma atividade para desenvolver recomendações regionais, é importante organizar reuniões prévias em nível regional para que os representantes nacionais possam se encontrar e se acostumar a trabalhar uns com os outros.

Apresentação dos principais resultados por meio de uma ferramenta de narração simplificada e interativa

Esse Building Block teve como objetivo desenvolver uma ferramenta multilíngue de narração de histórias para mostrar as condições e os cenários existentes para o piloto no Mediterrâneo Ocidental. O objetivo era apresentar os dados e as informações de forma simplificada e interativa e, assim, transformar conceitos complexos em noções facilmente compreendidas por todas as partes interessadas.

  • Profissionais com experiência anterior no desenvolvimento de uma ferramenta de narrativa on-line com visualização de dados espaciais

  • Relatórios técnicos com os dados e informações necessários publicados com antecedência

  • Trabalho em equipe: Os envolvidos no desenvolvimento dos relatórios precisam trabalhar em estreita colaboração com os responsáveis pelo desenvolvimento da ferramenta para garantir que os principais resultados sejam adequadamente selecionados e exibidos.

  • Estrutura: Organize a história por meio de diferentes temas, títulos, slogans e seções

  • Seja conciso: Limite o tamanho dos textos às mensagens principais. Se o usuário estiver interessado em saber mais, os relatórios com as informações completas devem estar disponíveis

  • Termos técnicos: Sempre que possível, evite usar linguagem difícil e/ou técnica (inclusive acrônimos) que possa ser incompreensível para um público mais amplo. Se não puder ser evitado, é melhor acrescentar o significado

  • Ferramenta responsiva da Web: Dependendo do tipo e do formato do conteúdo, pode ser difícil garantir que a ferramenta seja suficientemente responsiva em diferentes navegadores de Internet, resoluções e dispositivos eletrônicos.

  • Versão beta: Recomenda-se desenvolver uma versão beta (pré-lançamento) e depois pedir a alguns usuários que a utilizem antes do lançamento

Criação de cenários para o MSP e a economia azul sustentável

Esse Building Block teve como objetivo analisar as possíveis condições futuras do Mediterrâneo Ocidental para construir três cenários até 2030: cenário de tendências; cenário conservacionista; e cenário integrado. Os cenários desenvolvidos NÃO representam propostas oficiais para a área; em vez disso, são um ponto de partida para um diálogo multissetorial e transfronteiriço sobre o futuro desejado. Um relatório técnico foi desenvolvido e disponibilizado ao público.

  • Publicações regionais existentes sobre as tendências dos setores marítimos

  • Políticas regionais existentes sobre PEM ou economia azul que abranjam pelo menos alguns dos países beneficiários

  • Áreas potenciais de desenvolvimento: Identifique-as com base na literatura, na medida do possível, e use a "lógica da vida real" quando ela não existir.

  • Transparência: Justifique os objetivos e as suposições de cada cenário, bem como a forma como foram desenvolvidos. Se não forem propostas oficiais, deixe isso claro ao apresentar os cenários para evitar qualquer problema, como uma parte interessada do governo chateada por não ter participado do processo

  • Como usar: Desenvolva algumas diretrizes com sugestões sobre como usar e adaptar os cenários durante o diálogo e a negociação com as partes interessadas em nível nacional e regional.

Análise das condições atuais do ambiente marinho e dos usos marítimos

Esse Building Block teve como objetivo analisar as condições atuais do Mediterrâneo Ocidental. Políticas, dados e informações sobre o ambiente marinho e os principais usos marítimos foram analisados para identificar conflitos e compatibilidades de uso-uso e uso-natureza, resultando no desenvolvimento de um relatório técnico disponível publicamente. Dados espaciais foram compilados para desenvolver os mapas sobre os diferentes usos.

  • Acesso a fontes de dados públicos, especialmente europeus e internacionais

  • Dados de projetos anteriores desenvolvidos na região

  • Pelo menos um membro da equipe com experiência em dados espaciais disponível durante toda a iniciativa, caso seja necessária uma análise adicional

  • Fornecedores de dados: Se os dados não estiverem disponíveis publicamente, deve-se tomar cuidado ao escolher a pessoa de contato certa (comprometida e com interesse no projeto) para solicitá-los

  • Falta de dados: Algumas instituições podem não estar dispostas a compartilhar dados, portanto, é importante ser transparente e reconhecer as lacunas de dados

Fortalecimento das capacidades das partes interessadas

Esse BB teve como objetivo desenvolver atividades para melhorar a capacidade das partes interessadas em MSP e economia azul sustentável, ajudando-as a entender o panorama geral do processo de MSP, bem como o papel que elas podem desempenhar nessa política.

I) O curso de treinamento para representantes governamentais incluiu sessões teóricas e práticas. As teóricas abordaram tópicos como os conceitos de MSP e economia azul sustentável, participação das partes interessadas e dados e informações. Além disso, as autoridades competentes tiveram a oportunidade de discutir iniciativas nacionais sobre MSP. Colocando a teoria em prática, os participantes foram divididos em grupos para jogar o MSP Challenge Game, representando planejadores e partes interessadas. Eles definiram a visão, os objetivos, os indicadores, as ações e as partes interessadas de países fictícios para simular um processo de MSP. Em seguida, desenvolveram planos setoriais e usaram os tokens disponíveis para negociar espaço e desenvolver um plano integrado coerente com os objetivos nacionais. Eles também tiveram que vincular aspectos do plano com a realização dos 17 ODSs.

II) Seminários para as partes interessadas do setor

Foram organizados seminários temáticos para destacar a necessidade do MSP no Mediterrâneo Ocidental: cooperação internacional, uso múltiplo do espaço oceânico e dimensão espacial da aquicultura e das infraestruturas portuárias.

  • Material de treinamento e curso no idioma das partes interessadas (sempre que possível)

  • Exercícios práticos para estimular o processo de aprendizado

  • Conteúdo: Além de aprender sobre conceitos, os participantes estão interessados em exemplos da vida real

  • Equilíbrio de gênero: É importante solicitar que a lista de participantes convidados para os cursos de treinamento seja equilibrada em termos de gênero.

  • Participação: Certifique-se de que o Ponto Focal Nacional responsável pela co-organização das atividades esteja se comunicando com as instituições parceiras para garantir seu envolvimento.

Planejamento, relatório e monitoramento da participação e comunicação das partes interessadas

Esse BB teve como objetivo estruturar as tarefas relacionadas ao envolvimento e à comunicação das partes interessadas por meio do desenvolvimento de:

I) Uma estratégia de participação pública baseada em:

  • Três pilares: identificação das partes interessadas; atividades de envolvimento; e monitoramento e avaliação da participação

  • Uma abordagem participativa bidirecional: equilíbrio entre as abordagens de cima para baixo e de baixo para cima

II) Um Plano de Comunicação e Disseminação para definir um tom e uma direção unificados, de modo que todas as atividades, ferramentas e materiais trabalhem em harmonia para criar uma visão compartilhada e aumentar a conscientização sobre a iniciativa e seus resultados. Também incluiu o monitoramento de várias métricas - por meio de vários canais e meios - para avaliar o impacto geral e o sucesso das ações de comunicação e divulgação.

Planos autônomos de comunicação e disseminação, bem como planos e relatórios de engajamento, foram desenvolvidos para orientar e avaliar cada atividade implementada. As principais mensagens desses relatórios foram usadas como notícias na web para comunicar e informar as partes interessadas.

No piloto do Mediterrâneo Ocidental, foram implementadas as seguintes atividades de envolvimento:

  • Workshops institucionais em nível nacional e regional

  • Cursos de treinamento para autoridades governamentais e partes interessadas do setor

  • Parceria com outras iniciativas em andamento na região

  • Desenvolvimento de um site multilíngue, contas de mídia social e produtos, pois os países beneficiários não usam o mesmo idioma

  • Nomeação de um representante governamental (Ponto Focal Nacional) para apoiar a identificação das partes interessadas e convidá-las oficialmente a participar

  • Desenvolvimento de um banco de dados de partes interessadas para incluir todas as partes interessadas que desejarem, facilitando o contato e a disseminação de informações

  • Desenvolvimento de uma identidade visual

  • Um membro da equipe totalmente dedicado à comunicação

  • Banco de dados de partes interessadas: Ao lidar com centenas de partes interessadas, é melhor criar um banco de dados com um número limitado de campos essenciais para manter a comunicação

  • Atividades de engajamento: Comece a organizar e divulgar com bastante antecedência, além de enviar lembretes com frequência (para eventos presenciais e on-line)

  • Comunicações e divulgação: Adaptar a comunicação às partes interessadas envolvidas; usar diferentes canais para atingir um público maior; combinar produtos digitais, audiovisuais e impressos

Desenvolvimento de cursos

Em colaboração com a Universidade das Índias Ocidentais - Open Campus (UWI-OC), Barbados, foi desenvolvido um curso de Educação Continuada e Profissional (CPE) de 12 módulos/30 horas de contato em Empresa Social para o Curso de Transformação do Caribe para possibilitar a criação de empresas socialmente responsáveis. Esse Programa de Certificado em empresa social tem como objetivo institucionalizar o treinamento em ecoturismo para sustentabilidade e desenvolvimento de longo prazo. Em cooperação com a Universidade das Índias Ocidentais (UWI) - Open Campus, esse programa de 6 meses está agora disponível para estudantes e partes interessadas em 17 países de língua inglesa nos quais a UWI-OC opera.

  • O histórico, a maturidade institucional, a experiência em projetos e a boa vontade da organização implementadora, bem como os acordos de parceria social, permitiram a continuidade do trabalho de desenvolvimento do curso, apesar dos desafios apresentados como resultado da covid-19
  • Ter uma equipe de especialistas que possui uma comunidade de prática - disposta a compartilhar seus conhecimentos, investir seu tempo para criar o conteúdo do curso; comprometimento com o processo e percepção da relevância da abordagem e do impacto potencial

  • Ter um certo grau de flexibilidade dentro dos projetos e com os parceiros foi fundamental para atingir os objetivos do projeto e para contornar eventos não planejados.
  • O histórico e a boa vontade da agência implementadora permitiram a continuidade do projeto apesar dos diversos atrasos.
  • A competência em termos de capacidade de negociação, a maturidade institucional e a experiência em projetos da organização implementadora permitiram a aplicação de uma abordagem centrada no ser humano/dirigida por soluções durante acontecimentos inesperados.
Programa de Incubadora e Mentoria

Um dos principais incentivos para os participantes do treinamento em empresas sociais foi a possibilidade de fazer a transição para a incubadora e o programa de orientação do Barbados Youth Business Trust (BYBT). Esse programa apoiou os participantes no refinamento de ideias de negócios, no engajamento em planejamento e desenvolvimento de negócios e incluiu treinamento individual, além da apresentação do conceito de negócios para obter apoio financeiro. Cada pessoa na incubadora recebeu um mentor de negócios. O programa de mentoria de um ano se concentrou em elevar os projetos ou conceitos de negócios esboçados pelos participantes para o próximo nível e dar suporte nas primeiras fases de sua implementação.

Inclusão de parceiros no processo de planejamento e implementação

  • A capacidade de atrair parceiros de qualidade e comprometidos permite o fornecimento de suporte relevante aos beneficiários.
  • O uso de uma abordagem inclusiva desde o planejamento até a implementação permitiu a apropriação, maior adesão e comprometimento dos parceiros, além de agregar valor ao projeto
Treinamento em empreendedorismo social

O treinamento incorporou um processo de avaliação contínua, apresentações de negócios, estudos de caso e interações em grupo, que ajudaram coletivamente a introduzir o setor de ONGs no mundo do empreendedorismo social. A participação nesse curso de empreendedorismo social tem o potencial de influenciar ONGs, indivíduos e outros pequenos grupos em Barbados e em todo o Caribe a construir negócios mais socialmente responsáveis e, ao mesmo tempo, abordar a principal preocupação da sustentabilidade.

A sessão de treinamento prático de 10 dias concentrou-se em conceitos de empreendimento social e teve como alvo ONGs e indivíduos que buscam conduzir negócios ou desenvolver conceitos de negócios no subsetor de Economia Azul do ecoturismo ou em áreas relacionadas.

  • A abordagem participativa permitiu o aprendizado e o apoio entre pares
  • A inclusão de exemplos locais relacionáveis
  • A composição da equipe de treinamento, sua experiência e conhecimento permitiram uma melhor aclimatação ao conceito
  • A definição de resultados tangíveis proporcionou um marco a ser alcançado
  • A abordagem inclusiva usada para desenvolver a elaboração do projeto permitiu uma melhor adesão das partes interessadas e dos beneficiários, possibilitando uma elaboração relevante do projeto e uma implementação mais fácil.
  • As abordagens práticas e participativas de aprendizado, especialmente com adultos maduros, permitem melhor aceitação e aclimatação a novos conceitos.
  • A aprendizagem e o apoio entre pares também permitiram o compartilhamento de conhecimento e a análise cruzada de ideias, metas e objetivos e o desenvolvimento de uma comunidade saudável de prática.
  • A utilização de um exemplo local possibilitou a identificação de ideias e conceitos.
  • A utilização de facilitadores que tinham experiência com os beneficiários/setor, bem como experiência real e conhecimento do conceito, propiciou o compartilhamento de abordagens realistas e viáveis que se "encaixavam" nas organizações participantes
  • A utilização da abordagem de blocos de construção no treinamento permitiu a obtenção de resultados tangíveis de cada organização.
  • A capacidade e o histórico da organização implementadora permitiram a aplicação de abordagens centradas no ser humano/dirigidas por soluções para combater desenvolvimentos inesperados.