Colaboração com as principais partes interessadas

A colaboração com os principais interessados, como pescadores, aquicultores, órgãos governamentais, parceiros de implementação de projetos e comunidades locais, pode aumentar a credibilidade e o alcance da campanha. Envolver esses grupos de interesse no processo de planejamento e implementação de uma campanha de mídia sobre pesca e aquicultura é fundamental para reunir apoio e garantir a sustentabilidade das iniciativas, divulgando-as mais amplamente após a duração do projeto. Isso pode ser feito identificando as partes interessadas necessárias para uma campanha de mídia sobre pesca e aquicultura e solicitando contribuições sobre conceitos, Termos de Referência ou conteúdo de roteiro para a campanha. Isso pode ajudar a garantir que a mensagem seja precisa, relevante e tenha repercussão no público-alvo. O estabelecimento de ciclos de feedback durante o processo de desenvolvimento da campanha permite a entrada e os ajustes contínuos com base no feedback das partes interessadas, levando a uma campanha mais refinada e bem-sucedida. Envolver as partes interessadas no planejamento e na implementação da campanha de mídia não só garante o controle de qualidade do material da campanha, mas também pode aumentar a adesão e o apoio à iniciativa. Essa abordagem colaborativa promove um senso de propriedade entre os participantes, aumenta a credibilidade da campanha e, em última análise, contribui para a sustentabilidade e o sucesso em longo prazo das iniciativas de pesca e aquicultura que estão sendo promovidas. Além disso, o trabalho com os principais interessados pode ajudar a identificar possíveis desafios ou oportunidades que talvez não estivessem aparentes inicialmente, levando a uma tomada de decisão e a um planejamento estratégico mais bem informados. O envolvimento das partes interessadas também aproveita suas redes e recursos para ampliar o alcance e o impacto das campanhas de mídia.

Adaptação dos canais de comunicação ao público-alvo: utilização de mídia tradicional e digital

Os vários canais de comunicação e mídia existentes são usados de forma diferente por públicos diferentes. Para atingir e interagir efetivamente com um público mais amplo, os canais de mídia tradicionais, como televisão, rádio e mídia impressa, têm um amplo alcance e podem ajudar a atrair um grupo demográfico mais diversificado. Por outro lado, os canais de mídia digital, incluindo mídias sociais, sites e plataformas on-line, oferecem a vantagem da interatividade, comunicação em tempo real e mensagens direcionadas.

Entretanto, a maioria dos públicos remotos ou rurais com conectividade limitada à Internet ou sem acesso a dispositivos inteligentes pode não ser alcançada de forma eficaz. Os canais de mídia tradicional e digital foram avaliados para explorar seus pontos fortes e fracos. Os canais de mídia tradicionais podem ajudar a desenvolver o conhecimento da marca e atingir um público de massa, enquanto os canais de mídia digital podem fornecer uma comunicação mais personalizada e direcionada a públicos que têm acesso a dispositivos digitais e conexão com a Internet. O conteúdo criado para aumentar a conscientização sobre os peixes, como o produto de comunicação "24 reasons to love fish", pode ser carregado nas mídias sociais para acessibilidade em tempo real. Os canais de mídia tradicional e digital foram utilizados nas campanhas de mídia do Programa Global de Pesca e Aquicultura Sustentáveis.

A campanha "7 Outna" (Nosso Peixe) teve como objetivo promover o setor de pesca em pequena escala e o consumo de peixes pelágicos pequenos na Mauritânia, abordando vários aspectos, como nutrição, acessibilidade, preço acessível e impactos sociais positivos. Tanto a campanha "7 Outna" quanto a série "Let Me Tell You" usaram a TV, o rádio e a mídia impressa para atingir um público amplo.

Adapte as mensagens ao público-alvo

Ao criar uma campanha de comunicação sobre pesca e aquicultura, é essencial adaptar as mensagens ao público-alvo para garantir o máximo de impacto e envolvimento. Considere os dados demográficos, os interesses e os níveis de conhecimento específicos do público que você está tentando atingir. Compreender o público-alvo e as tradições que envolvem a percepção, as práticas e o consumo de peixes pode ajudar na elaboração de mensagens que sejam compreensíveis e impactantes. A adaptação das mensagens ao contexto cultural também é fundamental no planejamento de uma campanha de mídia, pois garante que o conteúdo tenha repercussão no público-alvo de forma significativa.

A série de animações "Let Me Tell You", que enfoca o valor nutricional do peixe, práticas sustentáveis de aquicultura, a cadeia de valor do peixe e elementos de WASH, é particularmente adequada para o contexto rural da Zâmbia por vários motivos. Em primeiro lugar, o uso de animações pode transmitir com eficácia informações complexas em um formato visualmente atraente e de fácil compreensão, tornando-as acessíveis a um público amplo, inclusive àqueles com baixo nível de alfabetização.

Em segundo lugar, direcionar essa série de animações para crianças em idade escolar é uma abordagem estratégica para iniciar a sensibilização precoce sobre a importância do peixe e o potencial do setor de pesca e aquicultura. Ao educar as crianças sobre esses tópicos, elas podem se tornar defensoras de práticas sustentáveis em suas famílias e comunidades, ajudando a incutir uma cultura de consumo responsável e administração ambiental desde a mais tenra idade. Além disso, as animações têm a capacidade de captar a atenção e o interesse das crianças, tornando o processo de aprendizado mais agradável e memorável. Isso pode levar a uma maior retenção de informações e a uma maior probabilidade de mudança de comportamento em relação a práticas mais sustentáveis relacionadas ao consumo de peixe e ao setor pesqueiro. Embora a animação seja inspirada na paisagem rural da Zâmbia e na cultura e nas tradições de suas comunidades, a série ainda repercute em outros países da região do sul da África.

O contexto cultural influencia a forma como os indivíduos percebem e interpretam as mensagens. A adaptação da mensagem para se alinhar às normas, valores, crenças e linguagem culturais pode aumentar a eficácia da campanha. Ao considerar esses fatores, a campanha pode evitar mal-entendidos, interpretações errôneas ou ofensas não intencionais. Isso também demonstra respeito pela diversidade e singularidade de diferentes comunidades, promovendo um senso de inclusão e conexão com o público-alvo.

Objetivos das campanhas de comunicação

As campanhas de comunicação desempenham um papel fundamental no avanço das metas de sustentabilidade nesses setores. Essas campanhas educam os diversos participantes da cadeia de valor do pescado, incluindo pescadores, aquicultores, varejistas, consumidores, formuladores de políticas e o público em geral, sobre a importância das práticas sustentáveis e do valor nutricional do pescado. Uma campanha de comunicação pode divulgar com eficácia o valor do peixe na nutrição, o potencial do setor de pesca e aquicultura para criar empregos e renda, os desafios enfrentados pelo setor e a importância de práticas e inovações sustentáveis. Ao destacar esses pontos-chave, a campanha pode promover a colaboração entre as partes interessadas do setor para enfrentar desafios comuns e trabalhar em prol de metas compartilhadas. Essa colaboração pode levar à criação de parcerias entre órgãos governamentais, participantes do setor, organizações sem fins lucrativos e outras partes interessadas relevantes para promover práticas sustentáveis, apoiar a inovação e impulsionar o crescimento econômico no setor de pesca e aquicultura. Por meio de campanhas de comunicação, as partes interessadas podem ser mobilizadas para participar de programas de treinamento destinados a melhorar as habilidades, o conhecimento e as práticas do setor. Essas campanhas também podem mobilizar apoio para iniciativas que promovam o gerenciamento sustentável da pesca, esforços de conservação e práticas responsáveis de aquicultura. Ao envolver as partes interessadas e aumentar a conscientização sobre a importância dessas iniciativas, as campanhas de comunicação podem incentivar a mudança de comportamento nos padrões de produção e consumo, levando a práticas mais sustentáveis e a um ecossistema marinho mais saudável.

Estrutura administrativa e organizacional das MSPs

A estrutura organizacional da MSP pode variar de acordo com a estrutura de governança acordada, mas uma configuração comum inclui um órgão de governança e vários grupos de trabalho. O órgão de governança geralmente é composto por um presidente e copresidentes, além de um número limitado de membros que devem representar os grupos de partes interessadas envolvidos no MSP.

As tarefas do órgão serão:

  • Direção geral
  • Manter a responsabilidade pela evolução estratégica
  • Supervisionar os grupos de trabalho
  • Revisar os planos estratégicos
  • Garantir o envolvimento das partes interessadas
  • Assumir a responsabilidade pela colaboração contínua entre a plataforma e o governo (especialmente em termos de formação de políticas)

Uma comunicação clara e eficaz é vital para o funcionamento bem-sucedido do MSP. A comunicação interna, geralmente facilitada pela secretaria, mantém as partes interessadas informadas e engajadas. O alcance externo transmite metas, resultados e benefícios para a comunidade mais ampla, parceiros e financiadores. A participação nos grupos de trabalho é voluntária, mas deve se basear na experiência. Dependendo da urgência e das metas, eles se reúnem de três a seis vezes por ano. As funções de governança devem ser alternadas para garantir novas perspectivas e uma estrutura dinâmica. As reuniões devem ocorrer regularmente.

Um risco em potencial que deve ser evitado é a ocorrência de interesses conflitantes devido à ampla gama de partes interessadas envolvidas. Isso pode retardar a formação de consenso e a tomada de decisão conjunta. Encontrar um equilíbrio entre inclusão e eficiência é um desafio contínuo.

Desenvolvimento de plano de trabalho e financiamento

Para garantir uma implementação tranquila e evitar riscos, é fundamental desenvolver um plano de trabalho preciso que defina

  • etapas concretas para atingir os objetivos do MSP
  • atividades claras
  • cronogramas
  • recursos
  • fundos necessários
  • formas de obter os fundos

As funções e responsabilidades devem ser claramente alocadas antes de desenvolver o plano de trabalho e discutir os financiamentos. O plano de trabalho deve então ser desenvolvido de forma colaborativa com a contribuição de todas as partes interessadas para garantir que as atividades estejam alinhadas com as metas e os objetivos da plataforma. É essencial elaborar detalhadamente o montante necessário de fundos, pois esse é o fundamento para uma implementação tranquila das atividades e para a operação geral da MSP.

A flexibilidade é um fator essencial que as MSPs devem se esforçar para se adaptar às prioridades setoriais em evolução e à dinâmica das partes interessadas. Portanto, a plataforma deve ser capaz e estar aberta para reagir a mudanças e novas informações e, consequentemente, revisar sua estratégia e seu plano de trabalho ou incluir novos interessados. Isso pode ser alcançado por meio de avaliações e ajustes regulares, inclusive com relação ao desempenho geral da MSP, o que contribui para o cumprimento de sua missão.

Outro aspecto importante para a implementação bem-sucedida dessa abordagem é a promoção e a coordenação da pesquisa e da coleta de dados por meio do MSP, com o objetivo de garantir a tomada de decisões e estratégias baseadas em evidências e de manter o MSP eficaz em sua missão.

A identificação de fontes ou mecanismos de financiamento sustentáveis é essencial para a viabilidade de longo prazo da MSP, pois, sem o apoio financeiro adequado, a plataforma terá dificuldades para manter suas atividades. Considerar esse aspecto já na fase de planejamento e formação da MSP evita problemas posteriores, especialmente quando a plataforma é iniciada com o apoio financeiro de doadores que têm apenas tempo e recursos limitados para a facilitação.

Desenvolvimento da estrutura de governança

A estrutura de governança será a estrutura de direção e implementação e funcionará como o núcleo do MSP. Ela deve definir

  • as regras de operação
  • as funções das partes interessadas participantes
  • as responsabilidades das partes interessadas participantes
  • posições de liderança

A estrutura de governança garante que o MSP opere de forma eficiente e que os processos de tomada de decisão sejam claros e transparentes, com mecanismos para resolução de disputas e gerenciamento de conflitos em vigor.

Conforme explicado nos blocos de construção anteriores, o mapeamento das partes interessadas para a identificação das partes interessadas, a formação de consenso, a propriedade compartilhada e uma visão comum para o futuro são etapas necessárias antes que uma estrutura de governança possa ser estabelecida. As partes interessadas devem trabalhar juntas para elaborar documentos de governança que descrevam esses aspectos, a fim de garantir uma ampla aceitação desses documentos.

O estabelecimento de um sistema que mantenha a transparência e a confiança entre as partes interessadas é um pré-requisito fundamental e a base de uma colaboração eficaz. A transparência pode ser alcançada por meio da comunicação aberta e do compartilhamento honesto de informações entre as partes interessadas. A comunicação aberta, juntamente com a responsabilização das partes interessadas por seus compromissos, conforme ancorado na estrutura de governança, ajuda a criar confiança.

Para que o estabelecimento e o gerenciamento das MSPs sejam bem-sucedidos, também é importante considerar os possíveis riscos internos existentes. Um deles é o domínio de partes interessadas poderosas que marginalizam as vozes de grupos menores ou menos influentes. Isso destaca a importância de implementar mecanismos que garantam o equilíbrio de poder, especialmente ao desenvolver a estrutura de governança. O rodízio de posições de liderança e a igualdade de voz para todos os membros, independentemente de seu tamanho ou poder de lobby, são duas formas possíveis de lidar com isso.

Construção de consenso

Após o mapeamento das partes interessadas, elas são reunidas para encontrar pontos em comum e criar consenso. Durante as reuniões de engajamento, facilitadas por um moderador ou terceiro neutro, as partes interessadas cooperam entre si:

  • identificam e discutem desafios conjuntos
  • definem objetivos compartilhados
  • formulam uma visão comum que se alinhe às agendas nacionais e globais

Essas discussões coletivas garantem a inclusão das diferentes perspectivas na orientação estratégica e relacionada ao conteúdo do MSP. A criação de uma visão compartilhada e de metas conjuntas ajuda a alinhar os esforços, criar propriedade e manter o ímpeto entre os membros.

O mapeamento das partes interessadas é uma primeira etapa vital antes da formação de consenso. É uma ferramenta importante para identificar as partes interessadas relevantes para os objetivos das MSPs. No setor de pesca e aquicultura, muitos interessados estão direta e indiretamente ligados à cadeia de valor do peixe e alguns podem ser supervisionados rapidamente. Porém, medidas eficazes requerem primeiro uma representação e colaboração abrangentes entre todos os interessados.

Como as MSPs têm o objetivo de longo prazo de melhoria setorial, os membros precisam reconhecer que mudanças significativas podem levar tempo e exigem esforços contínuos. O desenvolvimento e a comunicação de uma visão conjunta clara ajudam a manter as partes interessadas comprometidas com as metas estabelecidas a longo prazo. Em termos de comunicação, o desenvolvimento e o compartilhamento de uma estratégia clara com todos os novos membros ajudam a facilitar a comunicação dentro e fora do MSP.

Além disso, a criação de propriedade por meio da alocação de responsabilidades mantém as partes interessadas engajadas e deve ser considerada um aspecto essencial em termos de sustentabilidade.

Mapeamento de partes interessadas

Para garantir uma representação abrangente, é necessário mapear os grupos de partes interessadas e os atores que estão direta e indiretamente ligados à pesca e à aquicultura.

Nos workshops, os principais interessados identificam em conjunto outros interessados relevantes. Os principais grupos de participantes e atores envolvidos podem ser

  • Setor público: ministérios e departamentos responsáveis pela pesca e aquicultura e, possivelmente, outros órgãos governamentais ligados ao setor, por exemplo, que lidam com florestas, água ou agricultura
  • Setor privado: vários atores, incluindo pescadores e piscicultores de pequena escala, operadores e empresas de grande escala, bem como atores ao longo da cadeia de valor, operando, por exemplo, na produção de ração e equipamentos, processamento de peixes, transporte ou marketing
  • Agricultores com impacto na qualidade e no uso da água
  • Outros usuários de corpos d'água relacionados à aquicultura e à pesca; organizações da sociedade civil e a mídia
  • Parceiros de cooperação: agências de desenvolvimento internacionais e nacionais, organizações internacionais (por exemplo, FAO, Banco Mundial, WorldFish, WWF etc.) e bancos de desenvolvimento
  • Academia e pesquisa: universidades e instituições de pesquisa
  • Líderes tradicionais
  • comunidades indígenas e membros da comunidade
  • Grupos de conservação: agências que trabalham com proteção e conservação ambiental

Para abordar as questões e os desafios descritos anteriormente e promover o gerenciamento sustentável, é necessária uma abordagem holística e integradora em relação aos diferentes atores envolvidos. Os participantes dos MSPs não devem, portanto, ser unilaterais, mas integrar o maior número possível de atores da cadeia de valor do pescado e suas diferentes perspectivas. Isso garante uma melhor compreensão dos problemas subjacentes e ajuda a identificar soluções e medidas apropriadas que sejam apoiadas por todos os atores.

O estabelecimento de um sistema que mantenha a transparência ea confiança entre as partes interessadas é um pré-requisito fundamental e a base de uma colaboração eficaz. A transparência pode ser alcançada por meio da comunicação aberta e do compartilhamento honesto de informações entre as partes interessadas. Isso deve ser considerado desde o início do processo de implementação do MSP. Consulte também as próximas etapas para ancorar a comunicação aberta na estrutura de governança.

Devido ao domínio de algumas partes interessadas poderosas, outras partes interessadas podem ser marginalizadas. No entanto, todas as partes interessadas devem ser contatadas e ter a oportunidade de colaborar com o MSP. Posteriormente, especialmente no desenvolvimento da estrutura de governança, os mecanismos para garantir o equilíbrio de poder precisam ser implementados para evitar o risco de domínio de partes interessadas individuais no MSP.

Criação de reservas naturais

Esse programa tem como objetivo ir além da restauração tradicional de habitats e trabalhará para estabelecer florestas inteiramente novas em locais elegíveis, totalizando pelo menos 1.755 hectares. A doação de £38 milhões da Aviva está permitindo que as Wildlife Trusts locais comprem ou arrendem a longo prazo as terras disponíveis e, em seguida, estabeleçam florestas tropicais e gerenciem essas terras perpetuamente. Os Wildlife Trusts locais estão liderando seus próprios locais e projetos, com o apoio direto da equipe do programa que opera a partir da instituição beneficente central, a Royal Society of Wildlife Trusts, e com a contribuição de suas comunidades. Os novos locais serão vistos como uma vitória para a conservação e como importantes centros de colaboração com as comunidades locais, incluindo oportunidades educacionais. Os Wildlife Trusts locais envolverão ativamente as comunidades por meio de dias de plantio, oportunidades de voluntariado, sessões de atendimento e caminhadas guiadas.