Recrutamento e treinamento de gerentes profissionais

Esse bloco de construção concentrou-se no recrutamento e no treinamento de uma equipe de gerenciamento profissional (inicialmente o secretário geral e o contador) para a MBOMIPA WMA, a fim de aumentar sua eficiência operacional. A equipe é composta por indivíduos com experiência em conservação, gestão financeira e envolvimento da comunidade, garantindo uma abordagem holística para a gestão da WMA. Logo após o recrutamento, seis semanas de integração começaram com as sessões de treinamento realizadas sobre as melhores práticas de governança, relatórios financeiros usando o QuickBooks e outros recursos, como gestão de pessoas e ativos. Esses treinamentos equiparam a equipe de gestão para lidar com as operações diárias, interagir com as partes interessadas de forma eficaz e garantir a gestão sustentável dos recursos naturais. A equipe profissional foi encarregada de coordenar patrulhas, gerenciar orçamentos e melhorar a governança geral da WMA.

  1. Colaboração com outras organizações: Apoio da STEP, Tanzania TAWA e Honeyguide Foundation no recrutamento, orientação e treinamento.
  2. Disponibilidade de instrutores locais e internacionais com experiência em conservação e gerenciamento financeiro.
  3. Colaboração das comunidades locais: Colaboração com as comunidades locais para identificar candidatos adequados que entendam a paisagem e as necessidades da comunidade.
  1. O recrutamento de profissionais com diversos conjuntos de habilidades melhora significativamente a eficiência operacional e aumenta a confiança das partes interessadas.
  2. O treinamento e a orientação contínuos são fundamentais para manter o alto desempenho e adaptar-se a novos desafios.
  3. A integração de tecnologias de conservação e ferramentas financeiras aumenta a transparência, a tomada de decisões baseada em dados e o gerenciamento de recursos.
Integração do EarthRanger

A MBOMIPA WMA, em parceria com a STEP, integrou o uso de uma nova tecnologia de conservação, o EarthRanger (ER), no gerenciamento de HWC em torno da MBOMIPA WMA. A Unidade de Resposta a HWC estabelecida usa o aplicativo ER em seu smartphone para registrar informações relacionadas aos incidentes de HWC relatados e a unidade está sendo rastreada ao vivo (por meio de um dispositivo InReach) para fins de responsabilidade e para ajudar a mobilizar recursos escassos de forma eficiente. O uso do ER também simplificou a coleta de dados, reduziu os erros associados à entrada de dados em formulários de papel e reduziu o tempo necessário para processar as informações. Essa tecnologia permitiu que os batedores fossem mais estratégicos e eficientes em suas patrulhas, levando a uma melhor proteção da vida selvagem e das plantações.

As principais condições que permitem o sucesso no uso da tecnologia incluem:

  1. Conectividade satelital confiável: Isso dá suporte às operações do EarthRanger para obter dados em tempo real.
  2. Suporte técnico do STEP: o STEP fornece treinamentos e ferramentas para o VGS, como telefones celulares com o aplicativo EarthRanger para coleta de dados.
  3. Acesso a financiamento: Para ferramentas técnicas e treinamentos sobre como usar essas ferramentas.

O uso da tecnologia permite o gerenciamento eficaz da HWC, pois facilita as ações estratégicas com base nas informações coletadas sobre a distribuição geográfica e temporal da HWC. Também facilita a alocação eficaz de recursos para o gerenciamento eficaz da WMA.

Sistema de alerta da comunidade

O sistema de alerta comunitário de três níveis permite a rápida comunicação de HEC por meio de canais de comunicação estabelecidos. Os agricultores entram em contato imediatamente com a VGS por meio de telefones dedicados quando os elefantes se aproximam das terras agrícolas, enquanto os presidentes das aldeias servem como contatos secundários para verificar e escalar incidentes críticos. Essa estrutura descentralizada garante a cobertura 24 horas por dia, 7 dias por semana, em todas as aldeias membros, com priorização de resposta com base na vulnerabilidade da colheita e no tamanho da manada de elefantes. O sistema incorpora ciclos de feedback da comunidade, em que os fazendeiros recebem chamadas para confirmação da chegada da Unidade de Resposta e, após a resolução do incidente, os fazendeiros discutem o incidente com a Unidade, criando confiança nos esforços de conservação.

As principais condições que possibilitam o sucesso do sistema de alerta comunitário incluem:

  1. Cobertura de rede móvel pré-existente nos vilarejos
  2. Treinamento anual da comunidade sobre protocolos de alerta (realizado em suaíli) durante a Copa MBOMIPA, material de comunicação e reunião com a WMA
  3. WMA - Colaboração da comunidade

O envolvimento das comunidades locais é essencial para a gestão bem-sucedida da WMA, especialmente na mitigação de HWC. A unidade de Resposta a HWC da MBOMIPA conseguiu gerenciar com sucesso a maioria dos incidentes de HEC na Divisão Pawaga devido ao apoio da comunidade no fornecimento de informações sobre a presença de elefantes nos campos de cultivo e nas rotas que os elefantes usam para entrar nas terras dos vilarejos. Isso também melhorou o relacionamento entre os agricultores e a WMA. A comunidade gosta do sistema de alerta, pois ele não precisa contornar os canais burocráticos.

Treinamento da Unidade de Resposta a Conflitos entre Humanos e Animais Selvagens

A STEP e a Honeyguide Foundation facilitaram o treinamento na MBOMIPA WMA para equipar 12 VGS (40% mulheres) + 2 motoristas com técnicas eficazes para proteger as fazendas da comunidade contra danos causados por elefantes. O treinamento equipou os escoteiros com conhecimento sobre o comportamento dos elefantes e como usar o kit de ferramentas HEC (tochas, chifres, biscoitos de pimenta e velas romanas) para afastar os elefantes das fazendas. Os participantes também aprenderam técnicas para realocar os elefantes com segurança com base em seu comportamento e na composição do grupo (ou seja, se eram grupos só de homens, só de mulheres ou mistos). Treinamentos de atualização têm sido oferecidos regularmente à equipe para garantir a segurança.

As principais condições que permitem o sucesso do treinamento incluem:

  • Apoio de instrutores especializados: Os especialistas da fundação Honeyguide facilitaram a realização do treinamento, pois tinham conhecimento sobre o uso do kit de ferramentas HEC e o comportamento dos elefantes.
  • Uma Unidade de Resposta ao HWC dedicada: A prontidão da equipe de resposta para aprender e aumentar sua capacidade de lidar com HEC contribuiu para a realização do treinamento oferecido a eles.
  • Acesso a fundos: Disponibilidade de fundos para o treinamento e materiais de aprendizagem, como ferramentas de dissuasão

O treinamento e as ferramentas fornecidas à Unidade de Resposta a HWC desempenharam um papel importante no gerenciamento bem-sucedido dos incidentes de HEC relatados na Divisão Pawaga. O treinamento equipou a Unidade com conhecimentos sobre o comportamento dos elefantes, bem como a lógica por trás dos impedimentos aos elefantes e o uso sequencial do kit de ferramentas. Isso aumentou a capacidade da equipe de responder a incidentes de HEC de forma eficaz e segura.

Debriefing

O debriefing ocorre durante e após o jogo. Podem ser realizados breves debriefings após cada sessão para avaliar os sentimentos dos participantes sobre o jogo em nível individual e territorial. Eles são leves para manter o fluxo do jogo.

Após o término do jogo, pode ser realizado um debriefing mais aprofundado. Ela não precisa necessariamente acontecer imediatamente após o jogo; pode ser agendada para o dia seguinte. É necessária alguma preparação para essa discussão. O facilitador deve trazer uma lista de perguntas preparadas e um mapa impresso do território. Durante esse debriefing, os participantes identificarão os desafios que enfrentaram com relação ao uso da terra, bem como as causas desses desafios. Os principais atores necessários para a resolução e as possíveis ideias de solução também serão discutidos. O mapa serve como um auxílio visual para orientar a discussão. Algumas perguntas básicas que podem ser feitas incluem:

  • O que aconteceu durante o jogo? Quanto, com que rapidez e por que o solo se degradou?
  • Quais foram os principais conflitos que surgiram durante o jogo? Entre quais atores?
  • Você encontrou alguma solução?
  • Você tentou implementá-las? Qual foi o resultado?

É claro que as perguntas podem ser mais específicas e adaptadas aos participantes e às situações que surgiram durante o jogo.

-Um moderador treinado que também facilitou o jogo dos participantes do debate

-Ambiente aberto

-Perguntas e materiais preparados (como mapas) para o debate

-Conhecimento do facilitador em planejamento de uso da terra e gerenciamento de riscos

Uma abordagem estruturada - categorização de conflitos, problemas, causas e soluções - pode ajudar a analisar a situação e identificar soluções de forma mais eficaz. Por exemplo, durante o debriefing, diferentes tipos de conflitos podem ser identificados, como conflitos agro-pastoris ou disputas entre agricultores. Para cada tipo de conflito, vários problemas podem ser identificados. No caso de um conflito agro-pastoril, um dos problemas pode ser a dispersão do gado, que leva à destruição das plantações. Para cada problema, podem ser identificadas possíveis causas. Continuando com nosso exemplo, uma causa pode ser o fato de o rebanho não ser bem gerenciado. Por fim, para cada causa, devem ser propostas ideias para resolver o conflito e identificar os principais atores.

Jogando

Para iniciar o jogo, primeiro é criado um mapa representando a área local. O facilitador começa pedindo aos participantes que descrevam suas terras e desenha as características à medida que eles respondem. Quando todos os elementos-chave estiverem delineados, peças hexagonais codificadas por cores, chamadas de "parcelas", são colocadas sobre o desenho para formar o tabuleiro. A cor de cada peça reflete a fertilidade do solo, variando de alta a baixa fertilidade. Essas parcelas geram árvores e recursos com base em seus níveis de fertilidade. O tabuleiro foi projetado para representar várias paisagens, incluindo florestas maduras, florestas jovens, savanas e rios ou lagos. A vida selvagem, como animais da floresta e peixes, também pode ser adicionada. Além disso, podem ser introduzidas peças extras para capturar as especificidades locais.

Em seguida, os jogadores recebem um determinado número de membros da família para gerenciar. Para cada membro da família, eles escolhem atividades como agricultura, criação ou pesca para coletar recursos. Para incentivar novas perspectivas, o facilitador convida os jogadores a selecionar atividades diferentes das que realizam na vida real. O jogo prossegue em rodadas que alternam entre estações chuvosas e secas, sendo que cada estação afeta as atividades e a disponibilidade de recursos. Ao longo do jogo, o facilitador apresenta eventos e, ao final de cada estação, conduz um breve resumo para discutir os sentimentos dos jogadores sobre a situação atual.

-Ambiente aberto

-disposição dos participantes para experimentar outros pontos de vista

-Interesse dos participantes em participar do jogo

-disposição dos participantes para fazer o planejamento do uso da terra

-moderador treinado

Recomenda-se planejar duas rodadas de sessões para cada comunidade: a primeira com cada grupo diferente de partes interessadas separadamente (por exemplo, agricultores, pastores, mulheres, organizações locais) e a segunda com grupos mistos.

Recomenda-se adaptar o quadro ao cenário local e criar novas categorias de acordo com as especificidades do local

-O cronograma não deve ser muito rígido, pois atrasos podem ocorrer rapidamente.

Fazer com que o jogador escolha outra atividade diferente da que ele costuma fazer ajuda-o a obter mais informações para a parte do debate.

Participantes e facilitador

Antes que o jogo possa ser jogado, o facilitador deve ser treinado e os participantes devem ser selecionados.

A escolha de um facilitador do jogo deve recair sobre alguém com conhecimento sobre questões de uso da terra e que conheça o histórico social, a cultura, o idioma e os costumes das comunidades locais, pois essa experiência é crucial para conduzir o debate final. Para preparar o facilitador, uma boa abordagem é fazer com que ele jogue o jogo uma vez, junto com outros futuros facilitadores. O objetivo dessa primeira tentativa não é apenas treiná-lo, mas também ajustar as regras do jogo ao contexto local. O jogo funciona melhor quando adaptado ao contexto local. Após o teste, deve ser realizado um debriefing para avaliar o que funcionou bem, o que não funcionou e para determinar quais eventos ou fichas podem ser criados para melhor representar a região onde o jogo será jogado.

Para selecionar os participantes, os organizadores podem trabalhar com os chefes da aldeia, que ajudarão a identificar e mobilizar os vários grupos afetados pela questão do uso da terra para participar do jogo. Eles também podem ajudar a selecionar um local apropriado para a realização do jogo.

Os participantes devem vir de diversos grupos, incluindo jovens, mulheres, agricultores, criadores e outros. Durante o jogo, pode ser benéfico, às vezes, manter esses grupos juntos e, em outras ocasiões, misturá-los, a fim de promover diferentes dinâmicas e debates.

-Conhecimento do facilitador em planejamento de uso da terra, questões sociais, dinâmica ecológica e serviços de ecossistema

-Interesse dos participantes em cooperar com outras partes interessadas

-confiança mútua entre os participantes e com o facilitador

-deve ser feito contato com o chefe da aldeia

-atmosfera aberta

-Para alcançar os participantes, uma boa maneira seria entrar em contato com o chefe da aldeia.

- Ter facilitadores que pertençam à mesma cultura dos participantes e falem o mesmo idioma é muito útil para criar um ambiente aberto e seguro.

- Durante a fase de treinamento, não planeje nem acrescente muitos processos, elementos e regras ao jogo para refletir o contexto local; os elementos surgirão mais naturalmente durante o jogo se o jogo permanecer suficientemente flexível.

Desenvolvimento de capacidade para melhoria da governança

O treinamento de governança sob medida proporcionou aos líderes da WMA habilidades práticas de resolução de conflitos e recursos de supervisão financeira. Isso os capacitou a enfrentar os desafios de governança internamente e a criar uma estrutura operacional sustentável.

  • Facilitação do treinamento por consultores experientes com conhecimento do contexto local.
  • Orientação contínua para reforçar as habilidades e promover as melhores práticas de governança.
  • O treinamento é mais eficaz quando associado ao suporte de acompanhamento para tratar de questões emergentes.
  • As autoavaliações orientadas pelas partes interessadas geram intervenções de capacitação direcionadas.
Revisão intermediária da implementação do OIPR DZNE - acordos com aldeias ribeirinhas para acesso ao CNP em conexão com a adoração de locais sagrados

As missões para monitorar esses acordos permitiram verificar até que ponto eles estão sendo implementados e iniciar novas parcerias. Várias iniciativas de adoração no PNC foram realizadas para buscar curas, afastar espíritos malignos e solicitar promoções profissionais. Ao todo, 30 acordos de acesso para a adoração de locais sagrados foram assinados nas localidades de Nassian, Bouna e Tehini.Foi organizado um workshop para fazer um balanço das atividades de culto realizadas em locais sagrados dentro do CNP pelas comunidades de cada setor, identificar as vantagens e dificuldades associadas à implementação do acordo de acesso a locais sagrados dentro do CNP, fornecer ao OIPR um calendário anual de atividades de culto e fazer recomendações para melhorar a colaboração entre os signatários desse acordo. O workshop de revisão foi realizado em 20 de dezembro de 2023 na sala de reuniões da subprefeitura de Koutouba. Ele reuniu os subprefeitos de Tehini, Nassian, Kotouba e Bouna. Outros participantes incluíram representantes das aldeias que assinaram os acordos, funcionários do OIPR e um representante do parceiro técnico (GIZ/Pro2GRN).

No total, trinta (30) acordos foram assinados entre as comunidades e o OIPR para acesso ao PNC como parte dos cultos em trinta (30) vilarejos ribeirinhos. Cinquenta e oito (58) cultos foram realizados em 2023 em cinco (05) aldeias. Quatrocentas e setenta (470) pessoas acessaram o CNP durante todas as atividades de adoração realizadas em 2023. Vários depoimentos foram coletados da população local durante o workshop para apresentar as vantagens dos acordos de acesso ao CNP.

Depoimento 1 (aldeia de Kokpingué): o culto ao fetiche dentro do PNC abrandou a sucessão de infortúnios que estavam ocorrendo na aldeia.

Depoimento 2 (aldeia de Koutouba): Vários benefícios da adoração podem ser citados, sendo o mais recente a promoção profissional de um funcionário público que havia solicitado os serviços do fetiche e foi recompensado com um cargo elevado.

Depoimento 3 (Aldeia de Yalo): o representante da aldeia relatou que a aldeia estava sofrendo com a seca, o que levou a colheitas ruins. Após a adoração dos locais sagrados, as chuvas foram abundantes e as colheitas foram boas.

Foi elaborado um calendário de adoração para cada aldeia. Algumas das dificuldades encontradas diziam respeito ao acesso aos locais, recursos financeiros insuficientes para as adorações, locais que não podiam ser encontrados e o desaparecimento de alguns adoradores. Diante dessas dificuldades, a OIPR DZNE e seus parceiros pretendem fornecer apoio técnico e financeiro para encontrar os locais das pessoas e fazer os primeiros sacrifícios.

Uma estrutura de revisão regular é importante para avaliar o progresso e propor soluções para remover os obstáculos à implementação das convenções.

Missão para monitorar a implementação de acordos sobre o acesso ao CNP para a adoração de locais sagrados nos setores de Bouna e Nassian, e para expandir para todas as aldeias nos arredores.

Após a assinatura de acordos sobre o acesso ao CNP para fins de adoração a locais sagrados e após meses de implementação, foi realizada uma missão de monitoramento no campo para identificar as dificuldades encontradas na implementação dos acordos e como remediá-las, o planejamento de visitas a locais sagrados no CNP em todas as aldeias parceiras e a situação nas aldeias que não realizaram nenhuma visita. Além dessa missão de monitoramento, foram realizadas discussões com as autoridades tradicionais das aldeias que fazem fronteira com o setor Tehini para coletar informações sobre a possibilidade de estender o acordo de acesso aos locais sagrados nesse setor. Vinte (20) locais sagrados foram identificados em colaboração com as comunidades em sete (07) aldeias no setor de Tehini, onde certas comunidades expressaram a necessidade de acessar locais sagrados dentro do CNP para seus cultos. A missão foi liderada pelo OIPR/DZNE (o oficial de pesquisa do DZNE, os chefes dos setores de Bouna, Nassian e Tehini, líderes rurais e representantes da comunidade dos setores em questão) e o especialista em biodiversidade da GIZ/Pro2GRN.

Durante o acompanhamento, observou-se que algumas aldeias realizaram cultos no PNC para implorar o maná (35 atividades de culto para 03 das 17 aldeias que assinaram as convenções). Quanto aos outros vilarejos que não realizaram cultos, eles receberam bem a iniciativa da convenção e acrescentaram, em sua maioria, que nenhum evento que exigisse cultos havia ocorrido desde a assinatura das convenções. Durante as discussões, algumas aldeias apontaram que havia um distanciamento entre elas e seus espíritos há muito tempo. Como resultado, não há necessidade imediata de adoração. Eles terão de fazer sacrifícios para poder retomar suas práticas antigas.

Essa etapa permitiu que novas aldeias parceiras fossem identificadas, a saber, oito (08) aldeias no setor Tehini (31 locais identificados) e quatro (04) aldeias no setor Nassian (08 locais identificados) que têm locais sagrados no PNC e estão dispostas a colaborar na adoração de locais sagrados.

Como parte da missão, foram coletados dados da população local para compilar uma lista de plantas úteis que haviam desaparecido e as causas em suas áreas.

A formalização do acesso a locais sagrados permitiu que as pessoas que vivem perto da CNP renovassem o contato com seus espíritos. No entanto, para algumas aldeias que haviam abandonado essas práticas, a retomada desses cultos requer recursos materiais e financeiros. Novas parcerias também precisam ser firmadas com os novos locais identificados em outras aldeias. Esses acordos criam confiança entre os gerentes e a população local, que está aberta a novas perspectivas de colaboração, como a preservação participativa de plantas úteis e sua domesticação para as gerações futuras.