Instalação de recuperação de materiais (MAREFA)

Um Centro de Recuperação de Materiais (MAREFA) é um espaço que recebe, classifica, processa e armazena materiais recicláveis para serem enviados e comercializados para usuários finais. O MAREFA aceita materiais, sejam eles separados na fonte ou misturados, e os segrega, processa e armazena para uso posterior como matéria-prima para remanufatura e reprocessamento. A principal função da MAREFA é maximizar a recuperação de recursos e, ao mesmo tempo, produzir materiais que gerem a maior receita possível no mercado. A MAREFA também funcionará para processar resíduos em uma matéria-prima para conversão biológica ou em uma fonte de combustível para a produção de energia. A MAREFA serve como uma etapa intermediária de processamento entre a coleta de materiais recicláveis dos geradores de resíduos e a venda de materiais recicláveis aos mercados para uso na fabricação de novos produtos. Há basicamente quatro componentes da MAREFA: classificação, processamento, armazenamento e carregamento. A MAREFA é de propriedade privada e operada pela COBWAMM.

  • Aumento do consumo humano e da produção como resultado de mudanças no estilo de vida
  • Aumento do volume e da variedade de itens a serem recuperados dos mercados até a cadeia de valor em reciclagem e manufatura.
  • Aumento da demanda versus oferta de "recuperáveis" para o mercado de trabalho
  • Crescimento da população como resultado da rápida urbanização
  • A importância de entender a demanda versus a oferta na cadeia de valor do gerenciamento de resíduos é importante
  • A eficácia da instalação depende da qualidade dos recursos humanos e das ferramentas de manuseio dentro da instalação.
  • A conscientização dos geradores sobre a importância da triagem na fonte é fundamental.
  • O plástico tem efeitos adversos sobre o meio ambiente e, portanto, exige recuperação, mas nem sempre faz sentido para os negócios (é melhor separar na fonte).
  • Conselho para qualquer pessoa que deseje estabelecer o MAREFA: que ele seja orientado pelo mercado!
Zoneamento de bairros de coleta de lixo
  • Zoneamento de áreas/bairros potenciais que exigem serviços de coleta de lixo.
  • Identificação e recrutamento de possíveis franqueados em zonas prioritárias.
  • Conduzir estímulos de demanda.
  • Conectar o franqueado com a zona de prestação de serviços, fornecendo treinamento, ferramentas e equipamentos.
  • Fornecimento da marca para o franqueado.
  • Fornecimento de ferramentas e equipamentos para o franqueado.
  • Fornecimento de treinamento e conscientização para o franqueado.
  • Maior acesso ao mercado para a prestação de serviços de gerenciamento de resíduos.
  • O conceito de franquia em sua totalidade é fundamental ao se estabelecer uma inovação que envolva a venda de modelos de franquia.
  • A ambiguidade das leis impede que muitos jovens e mulheres se inscrevam para a prestação de serviços.
  • A mentalidade dos jovens e das mulheres em relação à prestação de serviços de coleta de lixo cria uma barreira à assinatura entre eles.
  • A dependência do governo do condado para fornecer a remoção de resíduos não funciona.

Serviços eficazes ao cliente

O atendimento eficaz ao cliente é obtido por meio do desenvolvimento de um sistema de pagamento on-line e de um aplicativo móvel habilitado para atendimento ao cliente (atualmente em desenvolvimento). Essas medidas permitem que os clientes interajam com o serviço, enviem solicitações, pedidos e pagamentos e até mesmo procurem por quaisquer serviços futuros da cadeia de valor.

A existência de um sistema de pagamento baseado em dispositivos móveis e de um aplicativo de atendimento ao cliente permite que os clientes e outros atores interajam com os provedores de serviços, fornecendo feedback valioso sobre os tipos de serviços que eles exigem, aumentando, assim, a eficácia da prestação de serviços.

A comunidade que atendemos é urbana e tem tendência a altos níveis de posse de smartphones e acesso à Internet.

A prestação de serviços por meio de aplicativos baseados em dispositivos móveis permite que as informações sejam transmitidas facilmente aos usuários. Isso ajudou a aumentar a conscientização da comunidade sobre as práticas adequadas de gerenciamento de resíduos.

A maioria da comunidade que pretendemos atender está familiarizada com o sistema de pagamento baseado em celular no Quênia e, portanto, o texto baseado em celular (USSD) ajudou a facilitar os serviços onde os smartphones não conseguiam chegar.

Alguns jovens e mulheres que pretendemos que se inscrevam no modelo de franquia de coleta de lixo são tecnologicamente tímidos e precisam ser incentivados.

Estrutura legal sobre governança de resíduos

O projeto faz referência e se alinha à estrutura jurídica relevante, facilitando a influência e a persuasão de clientes atuais e potenciais. A existência de uma estrutura jurídica do condado sobre governança de resíduos é fundamental para o sucesso do projeto.

A Estratégia Nacional de Gestão de Resíduos Sólidos define as metas nacionais de gestão de resíduos e também é importante para o projeto.

Existência de uma estrutura de governança de resíduos que inclui a Estratégia Nacional de Gestão de Resíduos Sólidos e a Lei Nacional de Gestão Sustentável de Resíduos, 2019. Eles são importantes facilitadores da implementação do projeto de gestão de resíduos, ajudando a regularizar e organizar todos os atores da cadeia de valor de resíduos.

O papel do governo na gestão de resíduos é fundamental e se manifesta por meio de políticas e projetos de lei que provaram ser o modelo e o ponto de referência para os atores do setor.

No entanto, há o desafio das sobreposições de políticas, que podem resultar em taxas e impostos elevados no setor de resíduos.

BB5. Banco de dados espacial e preenchimento de lacunas de dados

A base de dados espacial elaborada para o arquipélago dos Açores baseou-se essencialmente na compilação de informações cartográficas já existentes e disponíveis. Isso se deveu ao período de tempo limitado para a implementação do projeto MarSP e à necessidade de validação das informações pelas entidades/autoridades competentes, no caso da elaboração de nova cartografia. Assim, as novas informações coletadas foram compostas por informações produzidas durante o processo participativo. O processo participativo, com a consequente produção de informações cartográficas, baseou-se em duas etapas distintas: (i) desenvolvimento de entrevistas individuais, com os principais atores representantes de cada um dos setores de atividades marítimas identificados para os Açores e (ii) workshops para discussão e/ou validação dos resultados preliminares obtidos durante a pesquisa e as entrevistas setoriais realizadas, e para acréscimo de mais informações (durante o 3º workshop de stakeholders). Para coletar os dados nas entrevistas realizadas, foi utilizada uma solução baseada na web (SeaSketch). Essa solução reúne ferramentas poderosas para capacitar e aprimorar o processo de MSP.

  • As entrevistas presenciais permitem uma melhor participação e coleta de dados.
  • Os workshops permitem o esclarecimento de dúvidas, a alteração de dados e a coleta de novos dados.
  • O uso de uma ferramenta baseada na web (SeaSketch) facilita a coleta de informações espaciais durante as entrevistas.
  • As entrevistas consomem muito tempo.
  • O preenchimento de lacunas de conhecimento exige um grande esforço.
  • Necessidade de tempo para validar informações/dados pelas entidades competentes, no caso da elaboração de uma nova cartografia.
BB4. Análise setorial e briefings

Para entender a situação atual e potencial dos usos e atividades marítimas nos Açores, foi elaborada uma análise setorial abrangente, incluindo nove setores. Para cada setor marítimo identificado na região, foi feito um resumo do setor. Cada briefing de setor inclui informações relacionadas à sua caracterização, ao quadro jurídico relevante, à distribuição espacial atual e potencial, a uma análise SWOT, a uma análise das interações (com outros setores, com o meio ambiente e com as interações terra-mar), bem como a uma análise das pressões resultantes de diferentes fatores de mudança (por exemplo, mudanças climáticas, mudanças demográficas e políticas de crescimento azul). Esse trabalho envolveu uma extensa coleta de informações, tanto por meio de revisão da literatura quanto por meio de informações coletadas das partes interessadas durante o processo de engajamento.

  • As análises setoriais são essenciais para entender o cenário atual.
  • Uma quantidade significativa de informações estava disponível on-line.
  • Disposição de algumas instituições para fornecer dados atualizados.
  • É preciso tempo para desenvolver essa metodologia de forma robusta e consistente.
  • Às vezes, é extremamente difícil obter informações sobre o setor.
  • Algumas instituições não estavam disponíveis para apoiar o processo de coleta de dados.
BB3. Construindo cenários para MSP

O processo de Planejamento Espacial Marítimo planeja em direção a um futuro desejado e a uma visão comum. A visão geralmente é uma integração de várias aspirações de diferentes partes interessadas e setores que dependem da estrutura de governança que os rege. Uma ferramenta como o desenvolvimento de cenários é de grande importância, uma vez que ajuda os tomadores de decisão a visualizar tanto o futuro que pode se desenvolver devido a ações/políticas específicas quanto as ações/políticas necessárias para que um determinado futuro aconteça. Para a região dos Açores, o MarSP adotou um processo de construção de cenários com base em uma combinação de duas abordagens: uma exploratória ("o que pode ser feito?") e uma normativa ("como um objetivo específico será alcançado?").

A metodologia está estruturada em quatro etapas principais (Figura 1):

(i) definição dos objetivos do MSP com base na revisão de políticas e seguindo as contribuições das partes interessadas (BB2);

(ii) identificação dos principais objetivos após consulta com especialistas regionais;

(iii) desenvolvimento de histórias de cenários; e

(iv) balanceamento entre cenários com base no feedback das partes interessadas obtido por meio de ações de engajamento (incluindo, primeiro, (i) uma votação sobre o cenário e, segundo, (ii) uma votação sobre as frases que construíram o enredo dos cenários).

  • Uma metodologia de envolvimento das partes interessadas definida no início do processo, conectando as diferentes etapas ao longo do processo.
  • A existência de uma visão e de objetivos de MSP baseados em um processo participativo permitiu a construção de cenários mais personalizados para a região.
  • Workshops anteriores para o engajamento de especialistas e partes interessadas e o compartilhamento dos resultados definiram o caminho para sua crescente disposição em participar e colaborar.
  • A classificação dos especialistas dos objetivos em temas: ambiental, social e econômico foi a base para a criação de histórias robustas.

Entre os três cenários propostos (um de orientação econômica, um de orientação ambiental e um de orientação social), as partes interessadas votaram no cenário ambiental. No entanto, selecionaram mais frases do cenário econômico, o que sugere que os participantes estão ideologicamente dispostos a proteger o meio ambiente, mas menos dispostos a tomar as medidas necessárias para que esse cenário realmente aconteça.

BB2. Criação de uma visão e de objetivos para a MSP

Definir uma visão e objetivos é uma etapa inicial fundamental em todos os planos espaciais marítimos. No âmbito do projeto MarSP, foi criada uma metodologia para desenvolver os objetivos do MSP. Essa metodologia vinculou os objetivos do MSP aos compromissos políticos estabelecidos por esses arquipélagos nos níveis internacional, da UE, nacional e regional. Ela foi adotada nos Açores após essas fases:

  1. Revisão da política: revisão da política marinha para determinar os objetivos que visam o espaço marítimo. O horendograma da política portuguesa ajudou na seleção das políticas.
  2. Classificação temática dos objetivos por temas e subtemas.
  3. Generalização dos objetivos por subtemas para obter objetivos específicos.
  4. Discussão, priorização e validação de objetivos específicos pelas partes interessadas.
  5. Validação jurídica e verificação cruzada com os documentos de política do PEM para finalizar os objetivos do PEM.

Durante o primeiro workshop de partes interessadas do PEM nos Açores, foi solicitado às partes interessadas que discutissem e validassem os objetivos específicos. Esse também foi o caso da proposta de uma visão regional do PEM, também discutida e validada no workshop das partes interessadas.

  • A validação dos objetivos pelas partes interessadas foi incluída na metodologia desde seu início para garantir a abordagem participativa e a aceitação social.
  • As metodologias precisam ser adequadamente comunicadas para garantir a compreensão dos métodos científicos pelas partes interessadas. Uma breve comunicação sobre a metodologia foi feita antes da participação das partes interessadas.
  • A discussão dos objetivos permitiu a inclusão das contribuições das partes interessadas.
  • As atividades com as partes interessadas precisam de orientação para facilitar uma discussão tranquila e resultados aceitáveis.
  • A revisão de várias políticas marinhas em diferentes níveis geográficos resulta em vários objetivos para o espaço marítimo. Isso pode dificultar a tarefa de alcançar os objetivos do MSP.
  • A análise de todos os compromissos políticos é muito abrangente e exige a priorização das políticas mais significativas. Foram selecionadas as políticas mais significativas em cada escala geográfica.
  • Após as contribuições e a validação das partes interessadas, houve uma fase final de verificação cruzada dos objetivos resultantes com a política do MSP. Isso permitiu tanto a validação legal das contribuições fornecidas pelas partes interessadas quanto a garantia de sua conformidade com as obrigações legais estabelecidas pela política do MSP.
  • Certos objetivos vão além do escopo legal do MSP (por exemplo, alguns objetivos setoriais). Apesar de não estarem incluídos na lista de objetivos do MSP, eles foram considerados no âmbito desta política.
  • A obtenção de objetivos SMART (Specific, Measurable, Achievable, Realistic, Time-bound) exige um compromisso firme na definição do prazo para os objetivos.
BB1. Organização do envolvimento das partes interessadas e da participação pública

O Plano Espacial Marítimo dos Açores foi elaborado em um processo transparente e inclusivo, com o envolvimento ativo de uma ampla gama de partes interessadas. Para tanto, foram elaboradas uma estratégia para o envolvimento das partes interessadas e diretrizes para a participação pública. O envolvimento foi concebido em uma série de três workshops para as partes interessadas, realizados simultaneamente nas três ilhas mais populosas do arquipélago (São Miguel, Terceira e Faial). Os workshops tiveram a mesma estrutura, que combinou a comunicação sobre o progresso do MSP e atividades para discutir, complementar e validar os resultados do projeto. Antes dos workshops, as partes interessadas foram mapeadas usando a técnica de bola de neve. Todas as partes interessadas identificadas foram reunidas no diretório regional de partes interessadas e convidadas a participar dos eventos durante os dois anos do projeto. Atividades complementares, como entrevistas, foram realizadas para preencher importantes lacunas de conhecimento relacionadas a setores marítimos específicos.

  • Planejamento e realização de um processo participativo transparente e inclusivo.
  • Ampla cobertura de todo o arquipélago, permitindo a participação das partes interessadas das nove ilhas.
  • Organização e coordenação oportunas entre os membros da equipe, permitindo a comunicação e o intercâmbio entre os workshops simultâneos nas três ilhas.
  • Colaboração de colegas e voluntários para apoiar e moderar os workshops.
  • Comunicar e dar feedback às partes interessadas sobre os resultados dos workshops.
  • As partes interessadas precisam ser contatadas com bastante antecedência para obter uma boa resposta.
  • Uma boa coordenação e organização entre os membros da equipe e na preparação dos materiais é essencial para a implementação oportuna das atividades do workshop.
  • O desenvolvimento de ferramentas de visualização poderia ajudar a reduzir a pegada ecológica desse tipo de workshop (a maioria dos materiais era de papel) e diminuir o tempo gasto na organização dos materiais.
  • A falta de dados; a multiplicidade de sistemas de referência ou sua inexistência; as informações dispersas em termos de entidades responsáveis e tipos de dados (digitais, analógicos etc.) afetaram o desenvolvimento de materiais.
  • Grande carga de trabalho para tentar padronizar todas as informações a fim de poder usá-las em um sistema GIS.
  • As entidades levam muito tempo para coletar e disponibilizar as informações, o que dificulta o trabalho da equipe.
Produção de conhecimento científico

O Instituto Mamirauá fornece insumos de conhecimento científico às comunidades locais e isso é transmitido às comunidades e aos povos indígenas, aplicando os processos de governança da Área de Conservação.

Esse conhecimento decorre de 4 linhas de ação:

  1. Educação ambiental
  2. Proteção ambiental
  3. Fortalecimento da comunidade
  4. Comunicação dentro da comunidade

A produção de conhecimento busca criar soluções de médio e longo prazo.



  1. Respeito e diálogo: O conhecimento gerado é fornecido às comunidades, mas não imposto a elas. São elas que decidem se as estratégias propostas serão implementadas.

  1. Cada comunidade e grupo é diferente e nunca se deve presumir que o que funciona para uma comunidade funcionará para a comunidade vizinha. (Esses não são modelos replicáveis).
  2. Os contextos, a liderança e as formas de trabalho variam. Se essas diferenças não forem levadas em conta, os processos de conservação se tornarão complicados e até mesmo impossíveis de serem desenvolvidos.