Grupos temáticos representativos do setor pesqueiro

Durante a pandemia da COVID-19, a Rede de Pescadores foi criada como um espaço de ação coletiva com a intenção de garantir um espaço de participação, organização e representação para o setor pesqueiro. Desde sua formação, ela tem procurado garantir a representação do setor reunindo diversos atores, tanto indivíduos quanto organizações e grupos comunitários. Cada membro participa voluntariamente de grupos temáticos que se concentram em áreas como monitoramento de recursos pesqueiros e condições ambientais (grupo de monitoramento comunitário e oceanográfico), melhoria das práticas de pesca (grupo de pesca), inclusão de jovens e promoção da igualdade de gênero na pesca (grupo de jovens e gênero) e valorização do setor por meio de (grupo de fotografia comunitária).

Cada grupo temático desenvolve planos de trabalho alinhados com a missão e os valores da Rede. Até o momento, esses grupos têm desempenhado um papel fundamental no aumento da visibilidade e do reconhecimento do setor pesqueiro, participando ativamente de reuniões nacionais e internacionais para disseminar seus valores e promover ações em favor da pesca sustentável. Para fazer parte de um grupo temático, as pessoas interessadas devem preencher um formulário, que será avaliado pelo grupo principal para a participação.

1. fortalecimento das capacidades e habilidades com foco nos interesses e necessidades de cada grupo temático.

2. Colaboração e troca de conhecimentos e experiências entre os membros dos grupos temáticos.

3. conexão com pessoas de fora da Rede (pescadores, pescadoras, organizações da sociedade civil) para mobilizar soluções comunitárias.

4. Os planos de trabalho dos grupos temáticos são elaborados em grupo e acordados pelos membros dos grupos temáticos e estão alinhados com os objetivos da Rede.

5. Tornar visível o trabalho realizado pelas comunidades costeiras da América Latina e do Caribe.

6. Há um formulário para integrar novas pessoas aos grupos temáticos da Rede. Uma vez preenchido, o grupo central analisa as solicitações seguindo os critérios estabelecidos e define o status da solicitação (aprovada ou não).

  1. A participação de diferentes pessoas de diferentes regiões e comunidades, bem como de diferentes pescarias, representa a diversidade e a generalidade da pesca no México.
  2. A disposição das pessoas em participar voluntariamente dos grupos temáticos e das atividades programadas na Rede é notável. Para o bom funcionamento do trabalho voluntário e a coordenação com as atividades da Rede, é importante levar em consideração aspectos como os horários de trabalho das pessoas ou as temporadas de pesca devido a questões de disponibilidade.
  3. A comunicação entre os grupos temáticos é essencial para a implementação adequada dos objetivos da Rede, a mobilização de soluções comunitárias, a transferência de conhecimento e a criação de ideias inovadoras para o benefício do setor pesqueiro.
Formação de bases de governança para a participação efetiva da rede de pescadores

A Rede de Pescadores desenvolveu um sistema de governança elaborado diretamente por seus membros, que inclui vários elementos para promover a transparência, a comunicação, a colaboração e a participação efetiva. Atualmente, ela tem um grupo central composto por pelo menos um representante de cada grupo temático (atualmente há seis grupos temáticos: jovens, gênero, monitoramento oceanográfico, monitoramento comunitário, fotografia comunitária e pesca). Esses representantes são responsáveis por comunicar e colocar em rede as atividades e discussões de seus grupos com os outros membros, facilitando assim a integração e a cooperação dentro da rede.

Além disso, a Rede estabelece processos claros para a seleção e integração de novos membros, o que fortalece sua estrutura de governança. Essa forte governança, incluindo regras, objetivos e procedimentos bem definidos, tem sido fundamental para promover a participação contínua e a troca de experiências entre os participantes.

A Rede de Pescadores consolidou um sistema de governança participativo e transparente que se concentra na colaboração e na comunicação entre seus membros. Isso não apenas fortalece a coesão interna, mas também impulsiona a realização de seus objetivos compartilhados de forma eficaz e sustentável.

1. diversidade de comunidades pesqueiras representadas.

2. Comunicação constante e eficaz entre os grupos temáticos e o grupo principal para incentivar a participação e a representatividade do setor pesqueiro.

3. Autonomia na sistematização e documentação dos processos.

4. Responsabilidade compartilhada entre os membros para a tomada de decisões, implementação de planos de trabalho e convocação de ações coletivas pelo setor pesqueiro.

5. Transparência na tomada de decisões dentro dos grupos temáticos e do grupo central.

6. Revisão e atualização dos estatutos da Rede.

Criar uma visão compartilhada por e para o setor de pesca costeira.

A participação de diferentes comunidades e faixas etárias proporciona uma visão mais completa e complexa do setor pesqueiro.

Importância de se ter clareza em processos como: admissão de novos membros na Rede, funções e responsabilidades dos representantes dos grupos temáticos no grupo principal, compromissos de cada grupo temático e objetivos da Rede de pescadores e pescadoras. Essa certeza nos processos incentiva a participação das pessoas na rede.

Respeitar e executar corretamente o plano de trabalho construído coletivamente, mantendo sempre a visão dos membros da Rede e de seus grupos temáticos.

Gerar impacto coletivo por meio das atividades e do chamado à ação dos membros da rede.

Aproveitamento dos centros de conhecimento para o desenvolvimento de capacidades sustentáveis

O Ministério da Terra e Meio Ambiente (MTA), em parceria com a UICN Moçambique, lançou três Centros de Conhecimento como parte de seus esforços para centralizar e agilizar o treinamento em conservação e restauração e a troca de conhecimentos do nível central para o local e da administração pública para as comunidades. Esses centros servem como ferramentas essenciais de treinamento, especialmente para a restauração e proteção de manguezais e para a aplicação mais ampla da Adaptação baseada em Ecossistemas (EbA) e Soluções baseadas na Natureza (NbS) para comunidades e formuladores de políticas.

Localizados nas instalações do governo em Maputo, no Parque Nacional de Maputo e em Pemba, os hubs funcionam como centros de acesso aberto onde são compartilhados manuais, ferramentas e cursos de conservação, inclusive os da Academia da IUCN. Esses recursos (por exemplo, sobre NbS, Outras Medidas Eficazes de Conservação Baseadas em Áreas (OECMs), restauração de manguezais), traduzidos para o português e adaptados a projetos e comunidades locais, ajudam a expandir o alcance do conhecimento sobre conservação, especialmente para comunidades rurais, mulheres e jovens. Ao oferecer treinamento sistemático on-line e presencial, os hubs proporcionam um espaço tanto para o aprendizado personalizado quanto para o desenvolvimento socioeconômico, incorporando dimensões importantes de governança, gênero e envolvimento dos jovens.

Os Centros de Conhecimento capacitam as comunidades locais, especialmente aquelas em áreas de amortecimento e costeiras, a se tornarem agentes ativos na conservação e adaptação climática, fornecendo ferramentas sobre tópicos como restauração de manguezais e NbS. Essa iniciativa não apenas promove práticas sustentáveis, mas também alimenta uma cultura de aprendizado e participação.

Os Centros de Conhecimento provaram ser uma solução econômica para treinamento, usando a infraestrutura existente e exigindo apenas conectividade com a Internet. O programa inclui treinamento presencial, como o programa "Blue Training in Practise", que treinou com sucesso mais de 20 professores e funcionários da MTA para integrar a gestão costeira e marinha aos planos e projetos de desenvolvimento local. Essa abordagem foi projetada como um processo intersetorial de longo prazo, garantindo que as considerações sobre biodiversidade, clima e desenvolvimento sejam incorporadas às estratégias de desenvolvimento local. Sempre que possível, o programa também facilita o intercâmbio pessoal com as comunidades locais para aumentar o envolvimento e a transferência de conhecimento.

Além disso, os Centros de Conhecimento também serviram de modelo para outros agentes de desenvolvimento e conservação, atraindo apoio financeiro e em espécie, o que fortalece ainda mais as parcerias e aumenta a conscientização.

As parcerias com o governo e os membros financiadores da IUCN, como o WWF, e os líderes locais foram fundamentais para o sucesso dos Centros de Conhecimento.

O sucesso depende do desenvolvimento de um plano de investimento claro, da seleção de provedores de Internet confiáveis e da designação de agentes competentes para gerenciar o desenvolvimento e o upload de conteúdo. A colaboração com parceiros locais e internacionais é essencial para sustentar os centros e expandir seu alcance.

Ao estabelecer esses Centros de Conhecimento e priorizar o desenvolvimento de capacidades, a IUCN não apenas compartilhou ferramentas essenciais para a conservação, mas também contribuiu para a sustentabilidade de longo prazo dos esforços de conservação em Moçambique.

Fomentando parcerias sólidas para a conservação colaborativa

A abordagem da IUCN estava enraizada em sua união de membros, da qual o Governo de Moçambique é um parceiro. Moçambique abriga vários membros importantes da IUCN, incluindo a Peace Parks Foundation, a WCS e a WWF, além de se beneficiar de iniciativas financiadas pela UE, como a PANORAMA. Isso facilitou para a IUCN avaliar o interesse e o apoio ao estabelecimento de uma plataforma para o compartilhamento de conhecimento e informações, como a Plataforma de Diálogo.

A IUCN trabalhou em estreita colaboração com o Ministério da Terra e do Meio Ambiente, incluindo a ANAC, para envolver organizações e governos locais na identificação das principais áreas temáticas e políticas para discussão. Essa abordagem ajudou a simplificar as abordagens e os manuais de conservação e desenvolvimento, criando uma voz unificada para influenciar as políticas e alinhando o engajamento e o acordo dos atores da conservação. A primeira edição da Plataforma de Diálogo foi um sucesso, proporcionando um diálogo aberto com o governo e os agentes de conservação para discutir a biodiversidade e as prioridades de conservação. O evento também apresentou os Prêmios SOMN Mangrove Champion, que foram entregues conjuntamente por um representante da IUCN, o representante da Embaixada da Alemanha e o Secretário Permanente do MTA, ressaltando o valor das parcerias e do reconhecimento na promoção de esforços ambientais.

Ao fomentar parcerias, a IUCN garantiu que a voz dos atores da conservação permanecesse ativa, influenciando positivamente as decisões políticas, particularmente na integração da biodiversidade e da adaptação baseada em ecossistemas em todos os projetos de desenvolvimento. As atividades contínuas da Plataforma de Diálogo aprofundaram o engajamento em torno de temas como o uso da terra e a gestão de interesses fundiários concorrentes.

A forte rede de membros da UICN, seu alcance e uma imagem positiva junto aos agentes de conservação e doadores, bem como a imagem pública, ajudaram a criar confiança e facilitar a cooperação com o governo e as organizações locais.

A filiação à UICN, o alcance e a imagem positiva da UICN junto a doadores e atores da conservação, a visibilidade e a imagem pública e, como dito anteriormente, a confiança do governo.

O envolvimento precoce com o governo e os parceiros foi fundamental para o sucesso. A comunicação clara e o planejamento conjunto ajudaram a identificar metas comuns e a criar consenso. Uma vez estabelecidos os interesses comuns, foi elaborada uma agenda para abordar as principais áreas temáticas e garantir uma ampla participação.

Processos estratégicos para ações coordenadas de conservação

A base do processo foi construída sobre dois elementos fundamentais: A ampla rede de membros da IUCN e sua reputação como parceira confiável dos governos. Essa base sólida permitiu que a UICN mobilizasse atores ambientais, tanto locais quanto internacionais, para colaborar com as contrapartes governamentais. Ao criar um espaço aberto para discussão, a IUCN possibilitou conversas sobre desafios e oportunidades para ampliar os esforços de conservação por meio de abordagens coordenadas e complementares.

A Declaração de Paris sobre a Eficácia da Ajuda forneceu uma estrutura essencial para a compreensão do fluxo da ajuda ao desenvolvimento e suas implicações. Ela também serviu de guia para os participantes verem como seus esforços se encaixam em compromissos nacionais e globais mais amplos, como a meta de conservação 30x30.

Além disso, foi projetada uma série de eventos temáticos sob a égide da sustentabilidade ambiental, com foco em ferramentas como o PNDT e o Planejamento Espacial Marinho (MSP/POEM), que são essenciais para a criação de planos de desenvolvimento baseados em ecossistemas locais e para a avaliação e resposta a usos concorrentes de áreas de conservação e de amortecimento. Esses planos são vitais para lidar com questões complexas de uso da terra e conservação. A abordagem estruturada não apenas ajudou a melhorar a governança e a participação pública, mas também garantiu que o papel da IUCN na elaboração de políticas fosse fortalecido por meio de seu diálogo contínuo com o governo.

A forte adesão da UICN, incluindo atores-chave como o Ministério da Terra e do Meio Ambiente (MTA) (por meio da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC)), a confiança do governo na experiência e no engajamento transparente da UICN, e a orientação para resultados e o alinhamento da UICN com as metas nacionais ajudaram a criar uma plataforma eficaz para a colaboração.

As principais conclusões incluem a importância do compromisso de longo prazo com o diálogo. É fundamental não se envolver com os parceiros apenas durante o período de um projeto - o envolvimento contínuo gera confiança e garante que as ações estejam alinhadas aos objetivos nacionais e globais. É essencial demonstrar como a ação contribui para o compromisso 30x30 e, ao mesmo tempo, garantir o uso eficiente do conhecimento, dos dados e das pesquisas disponíveis como base para a elaboração de intervenções eficazes e sustentáveis. Essa abordagem deve priorizar a praticidade e a relação custo-benefício, principalmente no envolvimento com as comunidades.

A coordenação com os parceiros de desenvolvimento e a compreensão das estruturas de políticas, como a Declaração de Paris, da qual Moçambique é signatário, também foram essenciais para alinhar as prioridades, especialmente ao abordar as metas de conservação e meio ambiente. Além disso, o uso eficiente de dados e pesquisas ajuda a projetar intervenções sustentáveis que fazem o melhor uso dos recursos disponíveis.

Apoio financeiro para o desenvolvimento de projetos

Uma vez concluídos os estudos de pré-viabilidade, foi prestada cooperação técnica e financeira a 15 projetos em todo o país, mobilizando fundos de investimento públicos e privados (recursos de contrapartida).

Foram realizadas duas chamadas para acessar fundos não reembolsáveis, conseguindo desenvolver projetos propostos por 8 municípios com 3 consórcios, 1 conselho municipal, 2 empresas privadas, 2 organizações, 1 Associação de Desenvolvimento Integral e 1 ASADA.

  • Desenvolver um trabalho prévio de capacitação para garantir a implementação bem-sucedida dos projetos.
  • Antes de lançar a chamada para projetos, trabalhe com os municípios e as empresas para preparar estudos de pré-viabilidade que sejam consistentes com suas necessidades de mitigação.
  • Recomenda-se ter um Inventário de Emissões de GEE que funcione como uma linha de base para medir os resultados dos investimentos feitos com fundos não reembolsáveis.
  • O desenvolvimento de capacidades e o apoio técnico e financeiro paralelo foram fundamentais para o sucesso desse tipo de Subsídios.
  • É importante criar espaços para a troca de experiências e lições aprendidas nesse tipo de processo.
  • Ao avaliar uma proposta de projeto técnico, é importante avaliar não apenas sua viabilidade financeira, mas também atribuir um valor aos impactos sociais e ambientais.
Treinamento técnico

As capacidades municipais em Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (ISWM) foram fortalecidas ao longo da cadeia de serviços de resíduos para facilitar a implementação de projetos de melhoria voltados para a redução das emissões de GEE e apoiados pelo Projeto.

Foi realizado um curso sobre Sustentabilidade em ISWM, no qual 15 gerentes municipais foram treinados em tópicos importantes, como análise de ciclo de vida, economia circular, cadeia de valor de reciclagem, parcerias público-privadas e formulação e financiamento de projetos.

Também foram coletadas informações para o desenvolvimento de 15 inventários cantonais de GEE, com seus respectivos planos de ação e estudos de pré-viabilidade para implementação.

Além disso, 14 municípios foram treinados em melhorias logísticas e operacionais no gerenciamento de resíduos sólidos, enquanto 12 empresas e 15 municípios foram treinados em aspectos administrativos, operacionais, regulatórios, tarifários e de marketing. No total, 133 pessoas participaram dos processos de troca de experiências.

  • O apoio de um projeto que respalde técnica e financeiramente os processos de capacitação é fundamental para a realização das diferentes atividades de capacitação.
  • A colaboração entre municípios, organizações, empresas e outras partes interessadas é essencial para o compartilhamento de conhecimentos e recursos, o que possibilita a implementação bem-sucedida das atividades.
  • Ter informações disponíveis é um fator essencial na coleta de dados para a elaboração de inventários cantonais de GEE e estudos de pré-viabilidade.
  • Há interesse por parte dos municípios e das empresas privadas em continuar o treinamento sobre o assunto e em ter espaços de intercâmbio onde possam encontrar apoio para resolver problemas associados ao gerenciamento integrado de resíduos.
  • As pessoas que trabalham em centros de coleta de pequeno e médio porte e em empresas relacionadas ao gerenciamento de resíduos têm oportunidades limitadas de treinamento para tornar seus negócios mais sustentáveis e melhorar seu desenvolvimento profissional.
  • É necessário trabalhar com uma abordagem de economia circular e aprimorar a capacitação em empreendedorismo e inovação para catadores de base e pequenos gerenciadores de resíduos, para que eles possam perceber seu trabalho como um negócio viável, em vez de depender apenas da assistência do governo.
Integração de áreas urbanas de alto custo em processos de políticas públicas

Na análise de políticas e instrumentos relevantes para a integração de áreas urbanas, identificou-se como o principal instrumento de planejamento da gestão urbana os Planos ou Programas Municipais de Desenvolvimento Urbano (PMDU).

Aunque las autoridades municipales no regulan las actividades que se realizan en los humedales, sí pueden darles el artículo 115 constitucional, formular los instrumentos de planeación territorial y autorizar y controlar los usos de suelo de los territorios adyacentes o lejanos a los humedales, que pueden generar impactos, directos o indirectos, sobre los humedales. Nesse sentido, os municípios podem: i) formular instrumentos de planejamento territorial, ii) autorizar e controlar os usos de solo dos territórios adjacentes ou adjacentes aos recursos hídricos (por exemplo, construções), iii) controlar as descargas de águas residuais para os sistemas de drenagem ou de tratamento dos centros populacionais, iv) inspecionar, vigiar e fiscalizar as descargas de água residual por uso doméstico e público urbano que careçam ou que não façam parte de um sistema de alcantarillado y saneamiento, v) implementar plantas de tratamento de água, vi) prevenir e controlar os efeitos sobre o meio ambiente ocasionados pela geração, transporte, armazenamento, manejo, tratamento e disposição final de resíduos sólidos e industriais não considerados como perigosos, entre outros, que de maneira direta ou indireta possam ter impacto na qualidade e na quantidade dos serviços ecossistêmicos dos seres humanos, vii) estabelecer zonas de conservação ecológica municipal, entre outros. Por lo tanto, las autoridades municipales están directamente vinculadas al control y prevención de los impactos que afectan a los humedales (expansión de ciudades, contaminación, dragado, relleno, sedimentación, disminución del caudal de agua, entre otros).

A integração dos recursos hídricos nos PMDU é fundamental para controlar e prevenir os impactos a distância ou cercanias (bordas) que afetam os recursos hídricos e aproveitar de forma sustentável os serviços ecossistêmicos que os recursos hídricos proporcionam.

Realizou-se uma análise do PMDU dos municípios das três regiões do projeto BIOCITIS e evidenciou-se que, no diagnóstico, eles reconhecem, em diferentes medidas, a importância dos ecossistemas urbanos e que os ecossistemas urbanos são vulneráveis aos elementos específicos do metabolismo das cidades, como as mudanças de uso do solo, a gestão de águas servidas e resíduos sólidos, a construção de infraestrutura e o desenvolvimento imobiliário e hoteleiro, salvo por algumas exceções, a informação entre os campos ambientais e de desenvolvimento está relacionada a uma análise de causa e efeito. As estratégias de desenvolvimento planejadas nos PDMU cuidam de medidas concretas de controle e prevenção das ações de desenvolvimento que afetam a qualidade dos ambientes urbanos.

Após o diagnóstico da integração de áreas urbanas no PMDU, foram analisadas as metodologias e guias sobre o projeto do PMDU que ajudam os responsáveis a formular instrumentos de planejamento urbano do município, elaborando esses documentos. Da mesma forma que nos PMDU, evidenciou-se que, nos guias, os humedales são considerados como elementos no diagnóstico, mas não na fase prospectiva das estratégias, projetos e linhas de ação.

Como resultado da análise, foi gerado um guia metodológico para integrar áreas urbanas úmidas nos PMDU, para estabelecer orientações e caminhos que facilitem a integração dessas áreas urbanas úmidas, buscando potencializar a gestão urbana desses ecossistemas.O guia foi elaborado para tomadores de decisão municipais, pessoas que formulam PMDU (técnicos municipais e consultores) e para pessoas interessadas em integrar o valor e a importância dos recursos hídricos urbanos costeiros nesse esforço de planejamento urbano.

O manual foi divulgado em webinar para um total de 25 pessoas e foi aprovado o conteúdo do material para a incorporação de critérios para a conservação de áreas urbanas costeiras dentro do regulamento da lei de assentamentos humanos de Quintana Roo.

  • Os ambientes urbanos geram serviços ecossistêmicos para a população, como recreação e lazer; no entanto, a degradação dos ambientes também pode afetar a população, como, por exemplo, ser fonte de doenças (mosquitos), maus odores etc. Os municípios devem considerar tanto os serviços ecossistêmicos quanto os efeitos para a população de viver próximo a áreas úmidas degradadas em seu PMDU.
  • Os municípios não consideram a gestão de áreas úmidas como parte de sua ação por diferentes razões, como desconhecimento, confusão com a legislação, falta de vontade política etc., o que dificulta seu envolvimento nos processos do projeto. Essa falta de interesse foi observada nos PMDU, que se preocupam com estratégias e projetos orientados para a conservação dos recursos hídricos. Os municípios, embora não tenham competências diretas na administração dos recursos hídricos, devem integrá-los ao seu PMDU e aos projetos, especialmente aqueles relacionados à zoneamento urbano e ao controle de mudanças no uso do solo, gestión de aguas servidas, recolección de residuos sólidos, y manejo de asentamientos irregulares ubicados cerca de los humedales urbanos, por los impactos que estos generan sobre la salud de los humedales urbanos.
Bloco de construção 4 - Cooperação entre NOCs e organizações locais de conservação da natureza como pré-requisito para o sucesso

O COI exige que todos os projetos da Rede Florestal Olímpica "sejam desenvolvidos e implementados em colaboração com os especialistas e autoridades relevantes". Todos os seis projetos que atualmente fazem parte da Rede não só levam em conta esse requisito, como também o estabelecem como a pedra fundamental de sua implementação.

Por exemplo, o projeto de Papua Nova Guiné envolve uma parceria entre o NOC, as comunidades locais, a Autoridade Nacional de Pesca e a Autoridade de Conservação e Proteção Ambiental. O projeto esloveno tem parceria com a Companhia Florestal Estatal da Eslovênia; o espanhol, com o Ministério do Meio Ambiente e a Federação dos Municípios Espanhóis; enquanto o projeto português conta com o apoio técnico do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e da associação Abramud e Sentido Verde.

A exigência de parcerias entre os NOCs e especialistas em meio ambiente garante que os projetos executados no âmbito da Rede Florestal Olímpica sejam tão relevantes e eficazes quanto possível no que diz respeito à conservação da natureza. A parceria com especialistas e organizações locais também garante que a Rede possa ter um impacto significativo não apenas no meio ambiente, mas também nas comunidades locais onde os projetos são executados. Além disso, facilita o interesse local e a apropriação do trabalho ambiental.

  • Critérios estabelecidos pelo COI que exigem que os projetos liderados pelo NOC que buscam fazer parte da Rede Florestal Olímpica "sejam desenvolvidos e implementados em colaboração com especialistas e autoridades relevantes".
  • Conhecimento e experiência ambiental das organizações locais.
  • Interesse das organizações ambientais locais no potencial (de comunicação e engajamento) do Movimento Olímpico.

O fornecimento de padrões e diretrizes básicas ajudou os NOCs a encontrar os parceiros e as soluções (comerciais) certas localmente. Graças a essa abordagem local, as NOCs puderam ser orientadas por especialistas nacionais/locais para encontrar a melhor solução em termos de valor agregado para os ecossistemas e as comunidades locais.

Bloco de construção 3 - Adotar a experiência local, a governança e a propriedade dos projetos

Ao mesmo tempo em que seguem a direção e a orientação do COI, os NOCs estão em melhor posição para elaborar e implementar projetos em conformidade com os padrões globais do COI em nível local. Isso significa que o COI pode apoiar e promover projetos ambientais, ao mesmo tempo em que se beneficia da experiência que os NOCs podem oferecer no contexto local. Esse método de implementação não apenas promove soluções locais para problemas globais, mas também aumenta a propriedade local, capacita as comunidades locais e promove a cooperação entre esportes, grupos ambientais locais e povos indígenas.

No Brasil, por exemplo, o projeto "Floresta Olímpica do Comitê Olímpico Brasileiro" visa restaurar uma parte danificada da Floresta Nacional de Tefé, na Amazônia, e é executado em conjunto com o Instituto Mamirauá de Desenvolvimento Sustentável. Além da restauração, o objetivo do projeto é reforçar o uso sustentável da floresta pela comunidade local por meio do plantio de espécies-chave, como a castanha-do-pará e o açaí, ou da oferta de treinamento para a comunidade local.

O treinamento e a capacitação das comunidades locais (no plantio/reabilitação de manguezais) também é um dos principais objetivos do "Love Your Coast Project" do Comitê Olímpico de Papua Nova Guiné, que visa treinar "Love Your Coast Champions", que devem liderar pequenos projetos de conservação em suas comunidades

Como líder do Movimento Olímpico, o COI é responsável pela coordenação das relações e ações de todos os membros do Movimento Olímpico, incluindo os Comitês Olímpicos Nacionais. Isso garante que os projetos e as ações possam ser elaborados e implementados de acordo com regulamentos ou diretrizes consistentes, possibilitando a continuidade e as melhores práticas nas atividades ambientais do Movimento Olímpico.

Embora tenha sido importante estabelecer critérios gerais que todos os projetos precisariam cumprir para garantir a consistência e a alta qualidade, fornecer às NOCs a flexibilidade necessária para refletir o contexto local e seus riscos e oportunidades específicos na forma como abordam os critérios provou ser igualmente vital.