Educação e conscientização

As informações científicas/técnicas associadas ao monitoramento da biodiversidade devem ser compartilhadas com a população para gerar conscientização ambiental e apoio à gestão da área protegida.

  • Coleta e adaptação regulares de informações para que possam ser divulgadas e compreendidas por um amplo grupo de públicos-alvo.
  • Feedback contínuo entre especialistas e pesquisadores e a equipe responsável pela divulgação e educação ambiental para que haja informações atualizadas que possam ser compartilhadas.
  • Aumentar a conscientização do público sobre os perigos que podem afetar as espécies ameaçadas dentro das áreas protegidas.
  • A educação ambiental e a conscientização são ferramentas muito importantes para fortalecer as ações de proteção e conservação do páramo como fonte de água, riqueza biológica e sua interdependência.
  • Os atores e as instituições locais envolvidos na gestão da área protegida precisam ser permanentemente informados com base nos resultados do monitoramento e não apenas na teoria.
Pesquisa para a proteção do patrimônio natural

A geração de informações em primeira mão é essencial para a tomada de decisões sólidas, especialmente quando há populações pequenas de espécies ameaçadas, como é o caso do Bandurria andina.

  • Desenvolvimento de um programa de monitoramento de uma espécie ameaçada com base em protocolos bem definidos e com suporte técnico científico.
  • Treinamento da equipe de guarda-parques para a coleta regular e contínua de dados com suporte técnico de instituições de pesquisa com ampla experiência no monitoramento de espécies de aves ameaçadas.
  • O monitoramento e a pesquisa sobre o íbis-negro-andino identificaram que o sucesso reprodutivo e a sobrevivência dessa espécie dependem de fontes de água estáveis.
  • O crescimento populacional das grandes cidades e a demanda por água estão aumentando. Nesse cenário, a proteção, a restauração e a conservação dos pântanos e de sua biodiversidade, especialmente do Bandurria como espécie indicadora de fluxos de água estáveis na fonte, é uma prioridade.
Um olhar sobre a governança, vinculando as partes interessadas e os usuários locais para fortalecer a gestão

O envolvimento de vários atores comunitários e institucionais melhora a gestão das áreas protegidas e fortalece sua governança.

  • Estabelecimento do princípio de conservação participativa com uma abordagem de paisagem para uma espécie ameaçada como o Bandurria andina, compartilhada com outras partes interessadas.

  • Manutenção de boas relações com as comunidades e instituições na zona de amortecimento como parte do processo de governança participativa.
  • A conservação de espécies ameaçadas de extinção em uma área protegida não é responsabilidade apenas de sua administração, mas exige a atenção de todos os atores comunitários e institucionais, razão pela qual é de vital importância realizar ações coordenadas com os atores envolvidos na conservação e no uso de serviços ambientais.
  • O uso dos recursos naturais e de seus serviços ambientais deve levar em conta os possíveis impactos sobre os ecossistemas naturais em geral e sobre as espécies ameaçadas em particular.
Monitoramento e avaliação

Definição de uma agenda para a verificação do cumprimento e feedback dos acordos. A implementação do monitoramento e da avaliação começou a partir da assinatura dos acordos e da criação do comitê de monitoramento do Ramsar Bureau. Esse comitê é responsável por garantir e gerenciar o cumprimento dos acordos endossados.

  • Os 24 acordos assinados definem agendas de trabalho para monitoramento, avaliação e feedback para definir novas prioridades.
  • Estabelecimento do comitê de gerenciamento e monitoramento.
  • Para a Mesa Ramsar, a priorização de ações e a geração de agendas voltadas para a gestão e o monitoramento dos acordos têm sido um processo de aprendizado permanente.
  • Sem dúvida, o maior aprendizado tem a ver com a atuação local e nacional do coletivo Mesa Ramsar e o reconhecimento adquirido como porta-voz da conservação, do manejo e do uso sustentável dos recursos do sítio Ramsar.
Interação, articulação e geração de acordos

O desenvolvimento de uma estrutura previamente definida de papéis, momentos e instâncias criou uma atmosfera de diálogo entre a pessoa convidada, que é um representante da instituição pública com capacidade de tomada de decisão, e o questionador, um líder comunitário que representa a voz das comunidades. O questionador faz a pergunta previamente contextualizada na problemática específica e propõe o acordo, dá espaço para a conversa com o convidado que propõe alternativas e negocia com o líder e, por fim, se compromete ou não a gerar um acordo.

  • Confiança do coletivo no uso do diálogo como um mecanismo para chegar a um acordo sobre ações conjuntas.
  • Resposta de participação dos convidados para o diálogo proposto pelo Escritório de Ramsar.
  • Estabelecimento de um espaço para o diálogo e a assinatura de acordos.
  • Adaptação dos atores institucionais aos mecanismos de participação inclusiva, onde são chamados a gerar diálogos e acordos com base em suas competências e deveres com o território e os coletivos.
  • O coletivo Mesa Ramsar reconheceu que, por meio de um processo organizado e qualificado, é possível acordar ações com as instituições locais para avançar na conquista de objetivos comuns que beneficiem a todos.
Repovoamento participativo de tartarugas charapas

As tartarugas nascidas de ovos coletados no início do processo de manejo são liberadas após avaliação da saúde e marcação para monitoramento posterior. Isso nos permitirá conhecer a eficácia do repovoamento dessas espécies.

  • Uso de ovos de tartaruga charapa confiscados em operações de controle e vigilância como parte do programa de repovoamento.
  • Geração de experiências para o estabelecimento de caixas de areia ou locais de incubação/eclosão de ovos de tartaruga.
  • Liberação de filhotes com o envolvimento das populações locais.
  • Em janeiro de 2019, por meio do programa de controle e vigilância, foram apreendidos 218 ovos de tartaruga charapa, dos quais 189 foram "semeados" com a ideia de que eclodiriam, mas nenhum filhote foi obtido.
  • Em janeiro de 2020, a equipe do posto de controle de Tambococha apreendeu 22 ovos da tartaruga-de-Kemp(Podocnemis expansa). Desses, 15 tartarugas foram soltas na lagoa Jatuncocha em abril de 2020 e conseguiram eclodir.
  • Além de serem usadas para o processo de gerenciamento estabelecido, as caixas de areia também podem ser usadas para a semeadura de ovos apreendidos em operações de tráfico de vida selvagem. No entanto, sua eclosão dependerá de como foram manuseados e do tempo decorrido desde sua coleta.
Aumentar a conscientização sobre a importância das tartarugas charapa

Por meio do projeto "Yasuní Our Home" (Yasuní, nosso lar), voltado para crianças, jovens e adultos, foi oferecida educação sobre a importância de conservar essas espécies e seu habitat natural.

  • Elaboração de um programa de educação e conscientização, no qual iniciativas específicas, como o manejo de tartarugas charapa, possam ser vinculadas.
  • Preparação de atividades e materiais didáticos para crianças, jovens e adultos para aumentar a conscientização sobre o manejo incorreto de espécies de tartarugas selvagens.
  • As crianças e os jovens que são adequadamente informados sobre o manejo da vida selvagem são atores que podem influenciar os adultos a mudar várias práticas inadequadas, como a coleta insustentável de ovos de tartaruga charapa.
  • Quanto mais diversificados forem os públicos incluídos nos processos de conscientização, melhores respostas serão obtidas no futuro com as populações ligadas à área protegida.
Treinamento para agentes locais

Com a orientação da WCS Equador, o projeto foi socializado para as comunidades indígenas e instituições públicas e privadas.

  • Estratégia de trabalho coordenado com instituições especializadas em gestão participativa da vida selvagem.
  • Definição de um plano de ação com o envolvimento de vários setores.
  • Treinamento de atores locais, preferencialmente comunidades indígenas.
  • Durante o processo de manejo, houve uma perda de ovos e filhotes, devido ao fácil acesso de pessoas e cães das comunidades aos poços e piscinas artificiais de areia.
  • O controle foi aprimorado na área onde essa atividade é implementada, envolvendo atores estratégicos no controle, que receberam treinamento prévio.
Envolvimento dos jovens

Abordagem centrada nos jovens

Liderança e capacitação de membros da comunidade e alunos da escola.

O engajamento dos jovens é vital para o desenvolvimento sustentável e para a reconstrução de uma vida melhor

Autoajuda

O projeto utilizou pessoal e recursos disponíveis localmente, garantindo assim a sustentabilidade.

A forte liderança local da comunidade e da escola primária foi o fator facilitador mais importante.

O futuro pertence aos organizados.