Transferência de conhecimento sobre novos métodos de restauração ecológica por meio de semeadura

Um dos principais objetivos do projeto foi transferir o método de bombardeio de sementes desenvolvido pela XGraines e adaptá-lo aos recursos materiais, humanos e de conhecimento disponíveis nas comunidades tribais. Essa ação exigiu a realização de vários workshops de treinamento, após uma fase preliminar de identificação de todos os recursos mobilizáveis localmente. Os experimentos foram realizados diretamente com os participantes, que puderam contribuir para a implementação do método em um processo de co-construção que poderia garantir a apropriação adequada dessa técnica. Um referente local principal foi treinado durante todo o processo e poderá transmitir esse conhecimento adquirido no futuro dentro da comunidade.

O interesse dos representantes da tribo na experimentação e sua boa compreensão dos objetivos do projeto é um dos principais fatores que favoreceram o projeto. A seleção de participantes que já estavam envolvidos em ações de restauração ecológica antes do projeto demonstra o compromisso e a vontade de aprimorar e desenvolver técnicas em um campo (reflorestamento e produção) que lhes é familiar.

A transferência de conhecimento e o processo de aprendizado exigiram vários workshops e sessões de trabalho.

Realização de um diagnóstico compartilhado para a seleção de espécies de plantas e seleção do local de teste.

Um dos pré-requisitos para a ação foi trabalhar com os referentes do projeto na tribo para realizar um inventário de locais potenciais para testes de plantio de sementes, bem como para identificar e selecionar determinadas espécies de plantas-alvo necessárias para o processo. Essa etapa envolveu a mobilização de conhecimentos específicos em ecologia e botânica, além do conhecimento tradicional, bem como a implementação de um processo de validação pelos diferentes níveis de autoridades locais envolvidas.

A boa comunicação com os líderes locais das tribos foi um fator essencial para a conclusão dessa etapa. Foram realizadas cerimônias de apresentação do projeto, seguidas de várias visitas de campo com especialistas em ecologia para listar a gama de possibilidades e confiar a escolha final desses locais de teste aos líderes locais. Os coordenadores do projeto foram flexíveis na adaptação às restrições do local e aos fatores humanos relacionados aos modos de organização desejados pelos líderes locais.

Permaneça flexível na implementação de soluções; fique atento às referências da comunidade local para chegar a um diagnóstico compartilhado e acordado e validar as opções de projeto apropriadas pelos parceiros locais.

Planejamento aprimorado

A estratégia do projeto tem sido promover a ferramenta IMET2 e seu uso na rede de áreas protegidas do Senegal. Todos os gerentes da rede de áreas protegidas participaram da sessão de treinamento para garantir que tivessem uma boa compreensão da ferramenta, seguida de sua implementação em nível de local. Após o desenvolvimento participativo dos resultados da avaliação, foi iniciado um processo de revisão dos planos de desenvolvimento e gerenciamento incorporando as recomendações do IMET.

Além dos beneficiários, o treinamento incluiu todos os gerentes da rede e representantes da comunidade para ter um impacto maior sobre o número de pessoas capazes de implementar a ferramenta no campo. O apoio de um instrutor para as sessões de coleta de dados aumentou a eficácia do uso da ferramenta no campo com as diversas partes interessadas.

A disponibilidade de um instrutor em nível nacional para apoiar o exercício produziu bons resultados.

Uma das lições que aprendemos foi que a implementação da ferramenta IMET no campo está sujeita à disponibilidade de recursos financeiros.

A lição aprendida é que o baixo nível de recursos alocados às APs é um fator de bloqueio para uma melhor integração da ferramenta ao gerenciamento de áreas protegidas.

O pré-preenchimento é uma etapa importante no gerenciamento do tempo alocado para a avaliação, pois o trabalho foi mais tedioso em locais mal preparados.

O fortalecimento da rede de instrutores nos países é mais do que necessário para garantir que a ferramenta seja adotada adequadamente, pois a disponibilidade de um único instrutor para cada país tornou esse exercício muito tedioso.

Os relatórios do IMET são documentos de defesa para que os doadores fortaleçam o financiamento das APs e orientem as decisões de gerenciamento.

Envolvimento e colaboração das partes interessadas

O aprimoramento da governança e da conservação na gestão de áreas protegidas da biodiversidade exige uma participação e colaboração robustas dos interessados por parte de todos os atores nas áreas protegidas. Isso foi fundamental, pois os recursos compartilhados possibilitaram a implementação do projeto dentro do cronograma e do prazo. Esse processo também envolveu a análise das partes interessadas e sua contribuição para a governança do local. Planejamento de visão compartilhada e mecanismo estabelecido para coordenação contínua.

Boa participação das partes interessadas e apoio do governo e da liderança tradicional. A natureza participativa da ferramenta permite o planejamento e a avaliação de ações coletivas mais amplas.

A participação das partes interessadas ajudou a reunir recursos e uma ação conjunta acordada, facilitando muito a implementação. Isso requer um planejamento adequado e a identificação das principais questões de governança a serem analisadas e executadas. Normalmente, você deve se concentrar nas questões de governança que são relevantes, como igualdade de gênero, participação e compartilhamento de informações. O processo se tornou caro, especialmente a implementação de outras atividades, devido ao grande número de partes interessadas.

Perfil em nível de site e análise de lacunas de governança

Um breve perfil em nível de local (linha de base) foi desenvolvido para ajudar a compreender as lacunas e os problemas de governança nas áreas protegidas visadas. Nesse caso, um SAGE também foi identificado para ajudar a fazer uma avaliação rápida dos problemas de governança. Esse processo também ajudou a identificar os principais interessados relevantes para a implementação do projeto em nível de local.

A adesão da comunidade e o compromisso do governo e de outras partes interessadas tornaram o processo mais participativo. O uso da ferramenta SAGE incentivou mais interação e contribuiu para a implementação do projeto. A equipe técnica e as equipes de campo também estavam sempre disponíveis para orientar o processo.

A pesquisa de linha de base para estabelecer o perfil do local e a análise das lacunas de governança exigiu a cooperação e a colaboração de outras partes interessadas, especialmente da liderança tradicional e do governo. Também é um processo lento e requer planejamento e preparação adequados.

O início da recuperação da microbacia hidrográfica

O processo de capacitação dos atores começou com excursões de intercâmbio organizadas pela Fundação Comunitária Puca, pelo Instituto de Conservação Florestal (ICF) e pelo município de Las Flores, com o apoio do projeto PROCAMBIO, implementado pela GIZ.

Esses intercâmbios foram realizados nas microbacias hidrográficas de Las Balanzas (na Reserva Biológica de Güisayote) e Río Hondo (no município de San Marcos), ambas no departamento de Ocotepeque, onde foram implementados um fundo verde e o Mecanismo de Compensação de Serviços Ecossistêmicos e Hídricos (MCSEH).

  • As comunidades estavam cientes de que era necessário começar a proteger a microbacia hidrográfica se quisessem garantir seu abastecimento de água.
  • A comunicação entre as organizações de base e as autoridades e instituições municipais presentes no território permitiu a coordenação adequada.
  • Conhecendo a experiência dos conselhos de água das microbacias de Las Balanzas e Rio Hondo, foi possível identificar como resolver os principais desafios ao implementar o mecanismo de compensação e o fundo verde.
  • A coordenação interinstitucional é fundamental para garantir a participação de todas as organizações e atores envolvidos no processo.
Colaboração

A Blue Parks depende muito de colaborações com outras ONGs de conservação, profissionais de comunicação e marketing, líderes governamentais, gerentes de MPAs, cientistas e defensores locais dos oceanos. O crescimento da rede de Blue Parks e a ampliação do padrão Blue Park para a eficácia da conservação exigem muitos parceiros.

A Blue Parks se beneficiou das contribuições de muitos parceiros. Essas colaborações foram possíveis graças a uma crescente conscientização de que a cobertura de MPAs por si só não é suficiente para proteger a biodiversidade - que precisamos implementar totalmente MPAs de alta qualidade para ver os resultados da conservação, e a maioria das MPAs ainda não está bem implementada.

Essas colaborações também cresceram a partir do histórico de longa data do Marine Conservation Institute como parceiro confiável entre cientistas marinhos, organizações de conservação e governos.

Estimular colaborações em vários setores (governo, ONGs, academia) exige uma comunicação clara. Descobrimos que a divulgação e a comunicação regulares, embora não muito frequentes, com esses parceiros mantêm as colaborações ativas e que essas comunicações são mais eficazes quando são projetadas para o público-alvo, por isso enviamos comunicações separadas para parceiros de diferentes setores.

Sem projeto

Uma "comunidade local" representa um grupo heterogêneo de pessoas, caracterizado por sua origem étnica, orientação política e história compartilhada, definindo relações (dinâmicas) de poder entre seus membros.

Cada comunidade possui, portanto, um "capital social" que pode ser descrito como sua capacidade de responder a uma intervenção externa (por exemplo, um projeto).

Portanto, uma abordagem de modelo não seria adequada.

Não há "uma solução" para todas as abordagens em diferentes locais.

Do ponto de vista das equipes de projeto, isso significa que a mesma abordagem usada para envolver e trabalhar com diferentes comunidades não produzirá os mesmos resultados e que um bom entendimento das relações de poder e dos sistemas de governança locais ajudará a adaptar a abordagem ao contexto local.

Tempo e recursos

Os doadores precisam mudar a forma como financiam projetos e os implementadores de projetos não devem mais aceitar projetos de três anos que abordem sistemas complexos.

Os sistemas complexos precisam de tempo e recursos para ter uma chance de sucesso (uma fase inicial de 6 meses é muito curta para entender uma nova rede de partes interessadas).

Tempo e recursos

Habilidades específicas (por exemplo, ciências sociais e humanas)

Tempo, habilidades específicas e aplicação bem sequenciada de metodologias mistas e meios dedicados são necessários para criar confiança e respeito mútuo com as partes interessadas locais antes que qualquer intervenção concreta possa ocorrer, mas não devem demorar muito para comprometer as expectativas das partes interessadas.

Ignorar as primeiras etapas, geralmente para respeitar o cronograma do projeto, é contraproducente e compromete os resultados (ou seja, os resultados positivos após a duração do projeto). Portanto, essa "fase inicial" é necessária e precisa ser negociada com o doador, os membros do consórcio e os beneficiários finais.

Parceria de múltiplas partes interessadas (MSP)

Nas parcerias com múltiplas partes interessadas (MSPs), as partes interessadas do Estado, do setor privado, da sociedade civil e da academia planejam, coordenam e implementam atividades conjuntas para enfrentar os desafios do desenvolvimento sustentável. Elas usam uma estrutura de direção acordada que lhes permite funcionar de forma estratégica e operacional. Mecanismos de tomada de decisão que funcionem sem problemas são, entre outras coisas, cruciais para a cooperação entre organizações. No entanto, dependendo da complexidade das questões envolvidas, a tomada de decisões pode ser um processo desafiador. O AOHSM se baseia no princípio da liderança colegiada, ou seja, cooperação não hierárquica e auto-organizada, procedendo com base em ações focadas em soluções. O intercâmbio entre os grupos de trabalho do AOHSM é facilitado por moderadores rotativos. Atualmente, está sendo desenvolvida uma estrutura de governança para o AOHSM, levando em consideração as opiniões, ideias e experiências dos principais membros de todos os grupos de trabalho.

Cooperação, comunicação aberta, um entendimento claro dos objetivos conjuntos, expressões de interesse formalmente assinadas, declarações oficiais de adesão pelas autoridades das instituições, dedicação voluntária de tempo e esforços aos grupos. A capacitação criativa e participativa sobre a ferramenta MSP e a abordagem One Health ajudou a convencer e motivar os membros.

A abordagem One Health requer uma explicação constante e contínua, usando evidências e exemplos concretos de como ela pode ser uma solução para os problemas ambientais da região. Uma introdução criativa ao tópico, bem como a identificação de campeões do One Health nos três países, dando-lhes visibilidade internacional em seminários e webinars, é útil para tornar a abordagem abstrata implementável.