Uma pista de corrida exclusiva que fornece acesso a áreas geograficamente extremas e com poucos dados nos oceanos do planeta

A premissa subjacente da Ocean Race - correr para circunavegar o mundo - significa que a corrida naturalmente leva os competidores a algumas das áreas mais remotas do mundo. Isso a torna uma plataforma única para a realização de pesquisas científicas, pois dá aos cientistas acesso a áreas remotas, como o Oceano Antártico, que, de outra forma, raramente seriam acessíveis. Os navios que navegam fora das rotas regulares desempenham um papel essencial na capacidade de implantar instrumentação científica, como as boias de drifter e as boias Argo que são implantadas durante a corrida, em locais com pouca amostragem. Isso proporciona oportunidades raras para a coleta de dados de partes do planeta onde poucas informações foram registradas, tornando a regata uma plataforma crucial para a coleta de dados que, de outra forma, seriam inatingíveis e para o preenchimento de lacunas de dados, contribuindo para aprofundar nossa compreensão dos oceanos.

  • A premissa subjacente da Ocean Race - circunavegar o mundo o mais rápido possível - significa que a regata invariavelmente levará os barcos a áreas pouco navegadas.
  • O projeto da rota da regata (pernas da regata, escalas da regata, etc.) determinará onde os barcos irão.
  • Os barcos de corrida à vela permitem o acesso a alguns dos mares mais remotos do planeta, bem como a áreas fora das rotas comuns de navegação e pesquisa.

A rota da corrida, com escalas em diferentes países, apresentou desafios logísticos em relação ao transporte de equipamentos científicos para os portos de escala, bem como o envio de amostras, materiais e instrumentos de volta aos parceiros científicos. Por exemplo, as remessas estavam sujeitas a diferentes condições de importação e taxas alfandegárias, dependendo do país de origem e destino.

O trabalho com instituições científicas locais ajudou com os equipamentos, o transporte pessoal dos equipamentos e o trabalho diligente com a alfândega antes, durante e depois do transporte. A logística de um experimento científico internacional precisa ser bem planejada com antecedência e toda a administração deve ser feita com antecedência em relação à remessa de equipamentos e amostras etc.

Diagnóstico participativo e interinstitucional de ambientes urbanos costeiros

A metodologia de intervenção partiu de uma análise rápida dos seres humanos. A análise se baseou em revisão bibliográfica, entrevistas com atores-chave e palestras participativas de validação da análise.

Essa análise mostrou que os cinco úmidos apresentam uma variedade de amenidades, que foram categorizadas em amenidades diretas (as que incidem diretamente no ambiente biofísico do úmido) e amenidades indiretas (as que influenciam nas amenidades diretas).

As ameaças diretas são:

  • Desmonte/desmatamento (mudança de uso do solo)
  • Resíduos sólidos na água e em suas bordas
  • Vertigem de águas negras e cinzas cruas
  • Contaminação por produtos químicos (fertilizantes, pesticidas etc.)
  • Agrotóxicos de mananciais aquáticos
  • Sedimentação
  • Enxurrada ou depósito de escombros
  • Drenagem
  • Eutrofização
  • Extração de espécies animais e vegetais
  • Introdução de espécies exóticas
  • Encauzamiento de agua

As ameaças indiretas são:

  • Crescimento urbano sem considerar aspectos ambientais (incluindo ambientes irregulares)
  • Desenvolvimento imobiliário e hoteleiro mal planejado
  • Construção de obras/infraestrutura nas bordas do solo
  • Abertura de estradas e caminhos (incluindo relíquias)
  • Atividades agrícolas e agropecuárias pouco sustentáveis
  • Turismo mal administrado
  • Plantas de tratamento de águas mal manejadas
  • Falta ou deficiência de serviços de coleta de esgoto e drenagem sanitária
  • Desvio de água para o interior
  • Drenagens e relés irregulares ou mal planejados
  • Deficiência na cooperação interinstitucional e enfraquecimento das competências de gestão de recursos hídricos
  • Ênfase da política de voluntariado no crescimento urbano, industrial e turístico, menos na conservação dos recursos hídricos
  • Falta de recursos para a gestão de recursos hídricos
  • Aplicação deficiente das leis e esforços limitados de controle para o cumprimento da normativa
  • Impunidade daqueles que não cumprem a normativa
  • Especulação da terra/aumento de preços
  • Pobreza em assentamentos em áreas úmidas
  • Pesca para autoconsumo de comunidades marginais alagadas

Na análise também foram identificados os serviços ecossistêmicos que proporcionam aos ecossistemas urbanos custos que geram bem-estar para a população, os quais são apresentados a seguir:

  • Proteção contra inundações
  • Recreação e turismo
  • Fornecimento de alimentos (recursos pesqueiros)
  • Purificação da água e tratamento de resíduos
  • Pesquisa, educação ambiental e monitoramento ecossistêmico e de espécies
  • Moderação de eventos climáticos extremos
  • Redução local da temperatura ambiental

O serviço ecossistêmico de fornecimento de água foi mencionado durante os debates como um serviço ecossistêmico importante; sin embargo, el análisis evidenció que, por los altos niveles de contaminación tanto directo al humedal como en toda la cuenca aguas arriba, la mayoría de los humedales urbanos costeros han perdido la capacidad de proveer el servicio ecosistémico de agua para consumo humano o animal. O serviço ecossistêmico de fornecimento de alimentos (recursos pesqueiros) foi comprometido e pode gerar riscos à saúde das pessoas (intoxicação), afetando principalmente as famílias vulneráveis por seu baixo poder econômico.

O terceiro elemento que foi analisado foram os atores que incidem na gestão dos custos dos aterros sanitários urbanos:

Atores públicos em nível federal: Secretaría de Medio Ambiente y Recursos Naturales, Secretaría de Desarrollo Agrario, Territorial y Urbano, Dirección General de la Zona Federal Marítimo-Terrestre y Ambientes Costeros, Comisión Nacional del Agua, Comissão Nacional de Áreas Naturais Protegidas, Procuradoria de Proteção ao Meio Ambiente, Secretaria de Marina e Armada do México, Secretaria de Turismo, Petróleos Mexicanos, Fundo Nacional para o Fomento ao Turismo.

Atores públicos em nível estatal

  • QUINTANA ROO: Secretaria de Meio Ambiente do estado de Quintana Roo, Procuradoria de Proteção ao Meio Ambiente do estado de Quintana Roo,Secretaría de Desarrollo Territorial Urbano Sustentable del estado de Quintana Roo, Universidad Autónoma de Quintana Roo, Secretaría de Desarrollo Turístico del estado de Quintana Roo, Comisión de Agua Potable y Alcantarillado del estado de Quintana Roo, Coordinación Estatal de Protección Civil del estado de Quintana Roo.
  • VERACRUZ: Secretaria de Meio Ambiente de Veracruz, Secretaria de Desenvolvimento Social de Veracruz, Universidade Veracruzana, Procuradoria de Meio Ambiente do estado de Veracruz.
  • BAJA CALIFORNIA SUR: Secretaría de Planeación Urbana, Infraestructura y Movilidad del Estado de Baja California Sur, Secretaría de Turismo, Economía y Sustentabilidad del estado de Baja California Sur, Comisión de Agua Potable y Alcantarillado del estado de Baja California Sur, Universidad Autónoma de Baja California Sur

Atores municipais: Prefeitura de Bacalar em Quintana Roo; Prefeituras de Veracruz, Boca del Río e Medellín em Veracruz; Prefeitura de Los Cabos na Baja California Sur; Instituto Municipal de Planejamento do município de Veracruz.

Atores privados: Empresas hoteleiras, operadores turísticos, Grupo Metropolitano de Agua y Saneamiento de Veracruz.

Atores comunitários: Ejido Bacalar, Ejido Buenavista, Ejido Juan Sarabia, Ejido La Península, Ejido Aarón M. Fernández, Ejido Pedro A. de los Santos, Ejido Laguna Guerrero, Ejido Boca del Río, Ejido Medellín, Ejido Las Palmas. Cooperativas de pesca, Associação de Hotéis de Los Cabos

Atores acadêmicos e de pesquisa:Instituto Tecnológico de México (Campus Chetumal/Campus Veracruz/Campus Los Cabos), El Colegio de la Frontera Sur, Instituto de Ecología, A. C; Centro de Investigaciones Biológicas del Noroeste S. C.

Outros atores da sociedade civil (OSC): Agua Clara, Ciudadanos por Bacalar A. C., Centinelas del Agua A. C., PRONATURA Península de Yucatán A. C., Amigos de Sian Ka'an A. C, ECOPIL A. C., PARES, A.C, Los Cabos Coast Keepers, Organización para la Sustentabilidad y la Conservación del Medio Ambiente.

Por outro lado, a fragmentação das competências dos atores governamentais (federais, estaduais e municipais) sobre os recursos hídricos faz com que a conservação, a proteção e a restauração desses ecossistemas exijam esforços coordenados e respostas mancomunadas. Os municípios, encarregados do manejo de esgotos sólidos, das águas servidas e do planejamento do uso do solo, competências que estão diretamente ligadas às principais ameaças aos ecossistemas, não identificam os ecossistemas urbanos caros como sua competência, deixando oportunidades de cuidado sem serem abordadas.

Embora a conservação, a proteção e a restauração dos ecossistemas urbanos sejam de grande importância para os atores, a complexidade da problemática associada aos ecossistemas urbanos costeiros é, na maioria das vezes, tão abrasiva/agradável que leva à paralisação dos processos. Essa situação obstrui a tomada de decisões, que podem ser socialmente pouco aceitas ou viáveis (principalmente por motivos de baixos ou escassos recursos econômicos e/ou humanos para seu desenvolvimento e implementação), politicamente pouco lucrativas ou complexas por outros motivos. Os atores, tanto públicos quanto privados, realizam ações isoladas e desarticuladas, com a intenção de cumprir as competências/interesses institucionais e, embora conscientes da importância da coordenação, a ausência de trabalho mancomunado continua sendo um limitante para a gestão adequada dos recursos hídricos.

  • O envolvimento de atores públicos, privados, comunitários, ONGs e universidades é fundamental no processo de diagnóstico para garantir um panorama completo da realidade atual e do contexto local.
  • Com o diagnóstico com múltiplos atores, foram identificadas visões contrárias sobre o estado atual e expectativas de passos futuros.
  • A complexidade da situação dos aterros urbanos caros fez com que a fase de diagnóstico levasse mais tempo do que o esperado.
  • A problemática associada aos hotéis urbanos é, na maioria das vezes, tão abrasiva/agradável que leva à paralisação dos processos
  • A realização de uma análise rápida da situação dos ecossistemas urbanos costeiros, tal como inicialmente contemplada, não é suficiente devido à complexidade e aos múltiplos problemas que afetam esses ecossistemas. Somente com um diagnóstico participativo e interinstitucional profundo dos ambientes é que se tem a informação suficiente para o planejamento de medidas.
  • O fato de haver múltiplos atores com incidência e competência sobre os ecossistemas urbanos costeiros fez com que o problema da falta de coordenação fosse constantemente mencionado por todos os atores.
Bloco de construção 4 - Cooperação entre NOCs e organizações locais de conservação da natureza como pré-requisito para o sucesso

O COI exige que todos os projetos da Rede Florestal Olímpica "sejam desenvolvidos e implementados em colaboração com os especialistas e autoridades relevantes". Todos os seis projetos que atualmente fazem parte da Rede não só levam em conta esse requisito, como também o estabelecem como a pedra fundamental de sua implementação.

Por exemplo, o projeto de Papua Nova Guiné envolve uma parceria entre o NOC, as comunidades locais, a Autoridade Nacional de Pesca e a Autoridade de Conservação e Proteção Ambiental. O projeto esloveno tem parceria com a Companhia Florestal Estatal da Eslovênia; o espanhol, com o Ministério do Meio Ambiente e a Federação dos Municípios Espanhóis; enquanto o projeto português conta com o apoio técnico do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e da associação Abramud e Sentido Verde.

A exigência de parcerias entre os NOCs e especialistas em meio ambiente garante que os projetos executados no âmbito da Rede Florestal Olímpica sejam tão relevantes e eficazes quanto possível no que diz respeito à conservação da natureza. A parceria com especialistas e organizações locais também garante que a Rede possa ter um impacto significativo não apenas no meio ambiente, mas também nas comunidades locais onde os projetos são executados. Além disso, facilita o interesse local e a apropriação do trabalho ambiental.

  • Critérios estabelecidos pelo COI que exigem que os projetos liderados pelo NOC que buscam fazer parte da Rede Florestal Olímpica "sejam desenvolvidos e implementados em colaboração com especialistas e autoridades relevantes".
  • Conhecimento e experiência ambiental das organizações locais.
  • Interesse das organizações ambientais locais no potencial (de comunicação e engajamento) do Movimento Olímpico.

O fornecimento de padrões e diretrizes básicas ajudou os NOCs a encontrar os parceiros e as soluções (comerciais) certas localmente. Graças a essa abordagem local, as NOCs puderam ser orientadas por especialistas nacionais/locais para encontrar a melhor solução em termos de valor agregado para os ecossistemas e as comunidades locais.

Bloco de construção 2 - Estabelecimento de princípios para a admissão de projetos de Comitês Olímpicos Nacionais na rede da Floresta Olímpica

A Diretoria Executiva do COI aprovou vários princípios que os NOCs teriam de cumprir para participar da Rede Florestal Olímpica.

Para que seu projeto seja incluído na Rede, é necessário que o NOC apresente detalhes para análise e aprovação do COI, com base nesses critérios/princípios específicos. O processo de análise é coordenado em conjunto com especialistas em meio ambiente, que fornecem seus comentários ao NOC e têm a possibilidade de realizar visitas de campo sempre que necessário.

Os projetos devem:

  • Contribuam para melhorar a proteção e a resiliência do clima e da natureza;
  • Apoiem e sejam realizados em parceria com as comunidades locais;
  • Ser desenvolvidos e implementados em colaboração com os especialistas e autoridades relevantes; e
  • Ter um plano de manutenção de longo prazo em vigor.

Esses princípios ajudam a orientar os NOCs na criação de seus projetos e garantem que todos os projetos que fazem parte da Rede contribuam para a ação climática e a proteção da natureza. Os princípios também asseguram que os projetos possuam determinadas características e estruturas colaborativas que garantam o impacto local e a viabilidade de longo prazo dos projetos.

  • Conhecimento e compreensão dos fatores que são importantes para a elaboração e implementação de projetos bem-sucedidos de restauração da natureza.
  • A experiência prática do COI com a implementação do projeto Floresta Olímpica.
  • Colaboração entre especialistas em esporte e conservação da natureza.

Ter princípios "no papel" não significa automaticamente que eles serão perfeitamente implementados e cumpridos pelos NOCs desde o início.

O processo de candidatura a essa iniciativa é um caminho de aprendizado e aprimoramento em que os NOCs, sob a orientação do COI e de especialistas em meio ambiente, podem ser orientados a cumprir todos os requisitos da iniciativa e a criar e implementar projetos de alta qualidade com valor agregado tangível e benefícios compartilhados para os ecossistemas e as comunidades locais.

Bloco de construção 1 - Usar uma iniciativa existente (a Floresta Olímpica) como modelo para os Comitês Olímpicos Nacionais iniciarem seus próprios projetos de restauração da natureza.

O projeto Olympic Forest do COI - uma iniciativa de reflorestamento lançada em Mali e no Senegal - despertou o interesse dos Comitês Olímpicos Nacionais, que expressaram seu desejo de agir contra as mudanças climáticas e implementar projetos semelhantes em seus próprios países.

Após esse interesse, o COI lançou a Olympic Forest Network (Rede da Floresta Olímpica), na qual os NOCs poderiam se basear no projeto original da Floresta Olímpica, projetando e implementando suas próprias iniciativas para restaurar florestas existentes, corredores de vida selvagem, bacias hidrográficas costeiras e ecossistemas, bem como implementar projetos de agricultura regenerativa.

A Rede se baseia na iniciativa Olympic Forest do COI e a expande, ajudando a traçar o perfil do trabalho do Movimento Olímpico que contribui para o combate às mudanças climáticas e a conservação da natureza. Ela reconhece os projetos locais realizados pelos NOCs de acordo com as melhores práticas e dentro da estrutura do COI. O COI fornece apoio aos NOCs (orientação, aconselhamento técnico para a candidatura à rede, workshops, webinars e, em alguns casos, financiamento), recebe seus projetos e os avalia usando critérios específicos. Graças a seus escritórios localizados em todo o mundo, a IUCN ajuda o COI a fornecer feedback técnico sobre os projetos, realizando visitas de campo e revisando a documentação técnica fornecida pelos NOCs.

  • O projeto inicial do COI e a implementação de um projeto de reflorestamento
  • O interesse dos Comitês Olímpicos Nacionais no trabalho ambiental
  • O desejo da organização implementadora original (ou seja, o COI) de expandir seu projeto original e apoiar as organizações que conduzem esses projetos secundários
  • O espírito colaborativo incentivado pelo Movimento Olímpico e facilitado pela estrutura organizacional do COI (NOCs como constituintes do Movimento Olímpico sob a liderança do COI)
  • Boa comunicação entre o COI e os NOCs

O estabelecimento de diretrizes e critérios claros para esse tipo de iniciativa é essencial para evitar a multiplicação de projetos de baixa qualidade com baixo valor agregado e benefícios para a conservação da natureza e para as comunidades locais. Dar o exemplo nesse campo ajuda a conduzir o Movimento Olímpico a um planejamento e a uma alocação adequados.

Apoiar-se nas plataformas binacionais existentes

Três comissões binacionais (Canadá-Estados Unidos) desempenham um papel na proteção e restauração dos Grandes Lagos, incluindo a Comissão dos Grandes Lagos (GLC), a Comissão de Pesca dos Grandes Lagos (GLFC) e a Comissão Conjunta Internacional (IJC). Mais especificamente para os Grandes Lagos, o trabalho da IJC é apoiado pelo Acordo de Qualidade da Água dos Grandes Lagos (GLWQA). Embora nenhuma dessas comissões represente e promova explicitamente uma agenda relacionada a redes de áreas protegidas e conservadas (PCA), elas compartilham objetivos e têm capacidades que podem apoiar essas redes.

Para isso, a Rede de Áreas Protegidas dos Grandes Lagos (GLPAN) continua a encontrar oportunidades para traçar o perfil das APCs, atender às ambições de sua rede e abordar questões de conservação por meio dessas plataformas. Em particular, a GLWQA tem anexos específicos que abordam as questões prioritárias que também são importantes para as PCAs, como Habitat e Espécies, Mudanças Climáticas, Espécies Aquáticas Invasivas, Ciência e Gerenciamento de todo o lago. O envolvimento com a GLWQA é um meio eficaz de abordar a conservação em escala e representa um retorno significativo sobre o investimento, dada a capacidade e o apoio colaborativo que os parceiros oferecem. Mais especificamente, os "Planos de ação e gerenciamento em todo o lago" (rotação de 5 anos em cada um dos 5 Grandes Lagos) e as "Iniciativas cooperativas de ciência e monitoramento" são duas iniciativas do GLWQA que os PCAs e as redes de PCAs podem alavancar e contribuir para ajudar a promover os esforços de conservação.

  • Há membros na GLPAN que trabalham para uma respectiva Comissão ou estão ativamente envolvidos nos comitês da GLWQA.
  • Os esforços da GLWQA e da GLFC em questões como espécies invasoras aquáticas, mudança climática, habitat e espécies, e qualidade da água são de natureza colaborativa e implementados em escala.
  • Embora outras plataformas/fóruns possam estar envolvidos na proteção e restauração, os PCAs talvez precisem estar preparados para expressar seus próprios problemas e preocupações, ou seja, não presumir que outros os representarão.
  • Há agências que trabalham no espaço de proteção e restauração dos Grandes Lagos em nível de política e aceitam de bom grado a oportunidade de praticar de maneira local com os PCAs.
Construir uma rede binacional de áreas protegidas dos Grandes Lagos

Há mais de 650 áreas protegidas costeiras e de água doce representando mais de 40 agências nos Grandes Lagos. Antes da criação da Rede de Áreas Protegidas dos Grandes Lagos (GLPAN) em 2019, não havia nenhum fórum ou rede que apoiasse um diálogo ou colaboração direta entre as áreas protegidas e conservadas nos Grandes Lagos.

Os membros da GLPAN são indivíduos ou representantes de agências que realizam atividades profissionais relacionadas à conservação dos Grandes Lagos e/ou à gestão de áreas protegidas. Os membros geralmente ocupam cargos seniores que podem contribuir com conhecimento especializado, informações relevantes e capacidade para atingir os objetivos da GLPAN, incluindo

  • Contribuir para a conservação e a proteção da costa dos Grandes Lagos e dos ecossistemas lacustres por meio de uma rede colaborativa de pessoas e lugares;
  • Fornecer uma plataforma para aprimorar a comunicação e a troca de conhecimento entre as áreas protegidas e conservadas dos Grandes Lagos;
  • Criar parcerias e apoiar projetos de interesse dos membros da GLPAN;
  • Aumentar a conscientização e a valorização das áreas protegidas e conservadas dos Grandes Lagos junto ao público e a outras iniciativas de conservação nacionais e binacionais; e
  • Servir como um centro regional para a Rede de Áreas Marinhas Protegidas da América do Norte (NAMPAN).
  • A associação à GLPAN optou por permanecer voluntária e não financiada. Embora exista uma estrutura e um objetivo organizacional, a natureza informal favorece a colegialidade e a flexibilidade.
  • A rede não está competindo com outras redes de áreas protegidas nos Grandes Lagos, os membros essencialmente reconheceram e preencheram uma necessidade.
  • O Acordo de Qualidade da Água dos Grandes Lagos (incluindo as Parcerias de Lagos) é uma plataforma com a qual a GLPAN pode se envolver e, se necessário, usar para promover iniciativas e interesses.
  • A pandemia normalizou e equipou as pessoas para participarem de reuniões virtuais por vídeo.
  • No início de sua formação, os membros trabalharam coletivamente em um mapa de história GIS"Grandes lagos, grandes áreas protegidas". Isso não só proporcionou uma experiência e uma oportunidade de colaboração, mas também ajudou a GLPAN a definir sua identidade.
  • Alguns membros acham que o contexto informal cria um espaço mais aberto para o diálogo e o compartilhamento sem as formalidades às vezes associadas à representação de uma agência em um fórum internacional (há maquinário para esse tipo de trabalho, se necessário).
  • As reuniões programadas (trimestrais) com palestrantes convidados ajudam a manter o interesse e a motivação da GLPAN.

Revisão - identificar problemas de incêndio e opções de mudança

Depois de estabelecermos uma Equipe Comunitária de Gestão de Incêndios Florestais, analisamos seus problemas locais de incêndios florestais e identificamos opções de mudança usando uma série de métodos participativos. Nosso objetivo é compreender como e por que os incêndios começam em cada comunidade e os impactos positivos e negativos dos incêndios iniciados por diferentes motivos e em diferentes áreas. Recomendamos entrevistar várias pessoas, inclusive membros da Equipe Comunitária de Manejo de Incêndios Florestais, outros líderes e anciãos da aldeia, mulheres, jovens e autoridades locais.

Quando entendemos as causas e o impacto dos incêndios florestais, realizamos o mapeamento da comunidade para determinar espacialmente

  • onde é mais provável que ocorram incêndios e por quê;
  • possíveis corta-fogos ou linhas de controle dentro da paisagem;
  • a localização das fontes de água;
  • localização de estradas e trilhas de acesso;
  • áreas prioritárias para proteção (por exemplo, florestas de alto valor e áreas de restauração); e
  • a capacidade dos membros da comunidade local de controlar incêndios por meio de medidas de pré-supressão e supressão.

Esses mapas de incêndios ajudaram cada comunidade a implementar medidas de prevenção, detecção e resposta eficaz a incêndios florestais.

Uma análise bem-sucedida das questões relacionadas a incêndios florestais requer:

  • A conclusão do Bloco de Construção 1 - Envolvimento da Comunidade e do Governo antes de iniciar o processo de revisão.
  • Obter uma ampla gama de perspectivas sobre incêndios florestais em cada comunidade, pois as comunidades terão diferentes motivações, respostas e atitudes em relação aos incêndios florestais.
  • Entender por que os incêndios florestais ocorrem, especialmente se eles são acesos para beneficiar algumas pessoas, é crucial para gerenciar seus impactos prejudiciais.

Ao analisar as causas e consequências dos incêndios florestais no Lago Tonle Sap, aprendemos que:

  • Os incêndios florestais são causados por pessoas e a maioria é acesa deliberadamente.
  • O clima quente e seco é um fator significativo de incêndios florestais. E o vento é o principal fator de propagação do fogo.
  • Em comunidades sem equipamentos de combate a incêndios, a chuva é o principal fator de extinção de incêndios.
  • Recomendamos imprimir e exibir com destaque o plano anual de CBFiM de cada comunidade para que ele sirva como um lembrete constante do gerenciamento de incêndios florestais e das atividades planejadas.

Engajamento da comunidade e do governo

Primeiro, identificamos uma comunidade adequada - uma comunidade que esteja ameaçada pelo fogo e que tenha vontade de resolver o problema e, de preferência, que tenha um grupo comunitário estabelecido. No lago Tonle Sap, trabalhamos com organizações comunitárias de pesca (CFi's), organizações comunitárias de áreas protegidas (CPA's) e vilarejos para implementar o CBFiM. O envolvimento de uma organização comunitária formal com uma estrutura reconhecida tem várias vantagens, incluindo liderança comunitária reconhecida, capacidade de gerenciamento, recursos financeiros, como contas bancárias, e reconhecimento pelas autoridades locais. Primeiro, buscamos orientação das autoridades governamentais locais sobre quais comunidades têm a capacidade necessária para participar do CBFiM. Em seguida, nos reunimos com os líderes da comunidade para obter seu apoio, antes de nos envolvermos com os Grupos de Poupança de Mulheres, que podem fornecer apoio financeiro. A partir daí, desenvolvemos a equipe comunitária de gestão de incêndios florestais, que deve ser integrada às autoridades da aldeia e da comuna. A equipe comunitária de gestão de incêndios florestais forma a base do CBFiM.

O estabelecimento bem-sucedido do CBFiM requer:

  • Uma comunidade comprometida com capacidade de gerenciamento suficiente e o apoio das autoridades locais.
  • A presença de um grupo comunitário estabelecido, como uma pescaria comunitária ou uma área protegida comunitária, embora não seja essencial, fornece uma estrutura sobre a qual o CBFiM pode ser adaptado e construído.
  • Forte apoio das autoridades locais em nível de vilarejo, comunidade e distrito.

Ao envolver as comunidades e o governo, aprendemos isso:

  • Como os líderes comunitários, como os membros do CFi e do Comitê CPA, tendem a ser homens mais velhos, incentivamos a diversificação da Equipe Comunitária de Controle de Incêndios Florestais por meio do envolvimento de mulheres e jovens.
  • As mulheres têm um papel importante a desempenhar, pois tradicionalmente administram as finanças domésticas e podem lembrar o grupo de controle de incêndios sobre a preparação para a temporada de incêndios.
  • Os membros mais jovens, embora muitas vezes difíceis de envolver, trazem mais energia para o árduo trabalho físico de supressão de incêndios.
  • Obter o apoio antecipado do governo local ajuda a integrá-lo ao plano de gerenciamento da comunidade, que pode ser desenvolvido por meio do engajamento nos níveis distrital e provincial do governo.
  • O apoio contínuo do governo é mantido por meio de reuniões frequentes da Equipe de Coordenação de Pesca, que reúne as comunidades e o governo para discutir questões relacionadas à pesca, incluindo incêndios florestais.
Missão de escopo e estudo preliminar para identificar e selecionar possíveis medidas urbanas de EBA na cidade de Dong Hoi

Para identificar as medidas urbanas de EBA mais viáveis e com maior potencial para serem testadas na cidade de Dong Hoi, a primeira etapa foi realizar uma missão de escopo e um estudo preliminar para coletar e analisar dados e fornecer uma base científica para o processo de consulta. O objetivo era fornecer uma revisão e análise detalhadas de estudos anteriores e informações coletadas por meio do envolvimento estruturado das partes interessadas por meio de entrevistas, discussões em grupos de foco e consultas às partes interessadas para uma seleção participativa de medidas-piloto com parceiros relevantes.

A missão de escopo e o estudo preliminar foram realizados para fornecer mais informações sobre as vulnerabilidades específicas e as possíveis respostas de adaptação para a cidade de Dong Hoi. As descobertas foram usadas para identificar uma pequena lista de medidas urbanas de EBA, bem como quaisquer lacunas de conhecimento pendentes e/ou necessidades de informações para as próximas etapas.

Foi realizadoum evento de engajamento de várias partes interessadas para promover um diálogo aberto entre elas a fim de discutir as principais questões relacionadas aos impactos climáticos e às vulnerabilidades locais. Essa troca de conhecimento entre as principais partes interessadas fortaleceu as relações entre os principais parceiros, melhorou a compreensão dos parceiros sobre as medidas urbanas de AbE, bem como gerou conhecimento para preencher as lacunas de informações e dados identificadas no estudo preliminar.

Processo de seleção
Análise: a identificação, o desenvolvimento e a avaliação das medidas de AbE urbanas selecionadas basearam-se em uma abordagem funcionalista, na qual a causa e o efeito dos principais riscos compilados durante a avaliação preliminar e a missão de escopo forneceram a base para a revisão das medidas finais. Essas medidas, com base nas causas dos principais problemas e em suas ligações com os riscos climáticos atuais e futuros, deveriam levar em conta, tanto quanto possível, considerações de curto e longo prazo.

Seleção: Os critérios de seleção foram baseados na Estrutura de Avaliação dos Amigos da Adaptação Baseada em Ecossistemas (FEBA) para Padrões de Qualidade EBA. Ela foi usada em um exercício de seleção participativa durante o segundo evento com várias partes interessadas e durante a consulta aos principais parceiros. O uso da estrutura proporcionou um processo de seleção científico e transparente, com base em uma ferramenta aprovada internacionalmente.

As medidas finais, com base nesse processo de seleção, foram definidas como: 1) Cau Rao EbA River Park (áreas de retenção de água), 2) Jardins de chuva (parede verde e telhado verde) e 3) Gerenciamento do fluxo de água (SUDS).

  • A consulta às partes interessadas e o processo de seleção das medidas de AbE urbana foram conduzidos com a participação ativa das partes interessadas relevantes (públicas e privadas) dos níveis local e provincial, com o objetivo de aumentar a conscientização sobre os conceitos de AbE urbana, reunindo os pontos de vista e as percepções das partes interessadas, garantindo a relevância local das medidas selecionadas e o envolvimento das partes interessadas no processo de implementação. Dessa forma, o processo traz uma boa cooperação, engajamento e uma atitude de aprendizado das autoridades locais e das partes interessadas em relação aos tópicos e sua disposição para mudar, tornando o exercício de seleção de AbE urbana mais interessante e prático
  • Compreensão profunda dos desafios, das necessidades e das expectativas das principais partes interessadas em relação às medidas de adaptação à mudança climática para o desenvolvimento de seu setor e fornecimento de orientações úteis.
  • Intercâmbio e diálogo entre as partes interessadas relevantes e envolvimento em discussões compartilhadas sobre suas funções, mandatos e cooperação em seu trabalho diário para aumentar a resiliência do setor.
  • Papel de liderança das principais partes interessadas nos processos de seleção e decisão
  • Conscientização dos parceiros provinciais sobre adaptação às mudanças climáticas e AbE urbana por meio de sua integração no processo de coleta de dados, discussões em grupos focados, consultas às partes interessadas e processo de seleção.
  • Envolvimento antecipado dos principais parceiros e do setor privado nos processos participativos para aumentar sua apropriação do processo e das medidas de AbE urbana selecionadas.
  • Facilitação da comunicação e da cooperação entre diferentes entidades governamentais e o setor privado nos processos para garantir uma implementação bem-sucedida na próxima fase