Defender o aumento do financiamento para o gerenciamento de áreas protegidas e recifes de coral

A DECR é uma das principais administradoras de áreas protegidas na TCI. Como um departamento do governo, o DECR depende de financiamento alocado por meio de um ciclo orçamentário regular. Embora o governo arrecade uma série de taxas e impostos vinculados a setores dependentes da natureza, como o turismo, nenhum desses pagamentos é destinado à gestão de áreas protegidas. Em vez disso, esses recursos fluem para o fundo consolidado, a partir do qual são redistribuídos entre as entidades públicas.

A criação de um argumento sólido para a gestão de áreas protegidas foi fundamental para que o DECR promovesse: 1. o aumento do financiamento por meio do ciclo orçamentário regular e 2. a destinação de uma parte das receitas relacionadas à natureza.

Para apoiar o DECR nessa tarefa, o GCFI financiou a assistência técnica para a estimativa das necessidades e lacunas orçamentárias para a gestão básica e ideal das áreas protegidas. Além disso, foi realizada uma avaliação do valor turístico da natureza com base em estudos existentes.Ao comparar esses números, o DECR pôde mostrar às autoridades que o aumento do financiamento era financeiramente razoável, já que seu orçamento operacional no ano em análise (2015/2016) era 25 vezes menor do que o valor agregado da natureza para o turismo e 30 vezes menor do que a receita do turismo relacionado à natureza para o governo.

  • Participação ativa da equipe do DECR em diferentes áreas funcionais para ajudar a estabelecer necessidades orçamentárias específicas.
  • Disponibilidade de estudos de "disposição para pagar" em países e territórios vizinhos com perfis de visitantes semelhantes.
  • Disponibilidade de informações da pesquisa de saída de turistas.

O envolvimento ativo de vários representantes do DECR na preparação do business case foi fundamental pelos motivos a seguir:

  • A equipe principal deve ter um bom entendimento das informações apresentadas no business case e dos métodos utilizados, para que possam ser usados e atualizados no futuro.
  • Os funcionários-chave também devem ser capazes de comunicar o business case de forma eficaz às partes interessadas.
  • Se algum membro da equipe deixar a instituição, os outros membros envolvidos no processo deverão ser capazes de transferir as informações internamente.
Parcerias

Criação de cadeias dinâmicas de valor de resíduos plásticos por meio da colaboração entre grupos comunitários locais (jovens, mulheres) e o setor hoteleiro. Onde os grupos comunitários coletam e classificam os resíduos. O valor da parceria é muito importante para garantir a racionalização da circularidade, bem como para garantir que as sinergias sejam aproveitadas de forma conjunta.

A parceria com hotéis para obter resíduos recicláveis e o treinamento da equipe do hotel sobre a melhor gestão de resíduos foi um fator que acelerou a organização da coleta de resíduos plásticos, o armazenamento e a logística de transporte em Watamu, Malindi e Kilifi

Há valor na criação de parcerias significativas por meio da capacitação e do fornecimento de incentivos para a criação de circularidade na gestão de resíduos por meio de treinamento, diálogo e engajamento para que as partes interessadas maximizem seu impacto.

Parcerias

As parcerias foram muito importantes para obter a adesão das partes interessadas e a propriedade do projeto. A proposta das parcerias visava descentralizar a propriedade dos eco-pontos, estimular as taxas de coleta e desenvolver uma cadeia de valor de resíduos plásticos sustentável e contínua.

Durante os últimos 12 meses, a 3R estabeleceu várias parcerias com diferentes partes interessadas. Uma das parcerias foi com uma ONG, a ParCo, por meio da qual eles estabeleceram dois eco-pontos para receber e comprar resíduos plásticos dos catadores da comunidade local.

O envolvimento contínuo das partes interessadas foi citado como uma plataforma importante para resolver problemas entre os parceiros envolvidos na implementação do projeto

  • Planejar de forma colaborativa é fundamental para aproveitar as sinergias e alocar responsabilidades no futuro.
  • Os exercícios de cocriação informaram as lacunas e oportunidades para fortalecer os aspectos da cadeia de valor dos resíduos, além de fornecer a assistência de que cada parte interessada precisava.
  • Uma parceria é apenas um meio. A comunicação contínua é vital para manter as parcerias fortes e robustas para atingir seus objetivos.
Conhecimento das necessidades biológicas das espécies

Sem uma compreensão dos processos biológicos ameaçados, teria sido impossível projetar soluções. Por exemplo, o conhecimento da necessidade de estruturas de dunas e a importância da flora nativa como agentes estabilizadores, ou os impactos da salinidade sobre os ovos, a sazonalidade dos ninhos etc. foram cruciais para a elaboração da abordagem por etapas.

Mais de duas décadas de experiência trabalhando com as espécies e também uma década de experiência trabalhando com parceiros do setor e entendendo suas limitações, motivações, restrições operacionais e políticas ambientais internas foram importantes para o desenvolvimento da solução.

O setor já tinha um plano provisório. O plano não levava em conta a biologia das espécies afetadas. Ao ajustar o plano para garantir que houvesse diferenças mínimas de custo e operações terrestres práticas e implementáveis, a solução atendeu às considerações orçamentárias e, ao mesmo tempo, forneceu uma solução aceitável para o órgão regulador e para as tartarugas marinhas.

Cada peixe conta - PescaData e tecnologia móvel

O PescaData é um aplicativo móvel que promove e aprimora a coleta de dados sobre a pesca e incentiva os pescadores com um registro sistemático de suas capturas a avançar rumo à certificação da pesca sustentável. O PescaData fornece ao setor pesqueiro uma ferramenta para fortalecer suas capacidades administrativas, oferecer espaços digitais para a troca de produtos e serviços (mercado) e conectar-se com outros em diferentes regiões. O objetivo é compartilhar conhecimento e criar soluções que visem à adaptação às mudanças no curto prazo e à abordagem de questões globais.

O PescaData foi criado em colaboração com o setor de pesca e, em meados de 2021, contava com 681 usuários de 63 organizações de pesca no México e na América Latina. Ele está disponível na App Store e no Google Play, e seu download é gratuito. O PescaData tem uma seção para registrar os diários de pesca, a lista de espécies e o El Mercado, bem como uma página da Web onde são exibidas informações sobre o aplicativo, links para download e blogs informativos sobre tópicos relevantes do PescaData e sua implementação no setor de pesca.

  1. Participação do setor pesqueiro no desenvolvimento e aprimoramento do aplicativo.
  2. Contar com colaborações para alcançar a sustentabilidade econômica da plataforma.
  3. Assessorar o setor pesqueiro sobre a importância da sistematização de suas informações e do uso de ferramentas tecnológicas para criar soluções.
  4. Criar campanhas de comunicação e adoção para ampliar o uso de ferramentas tecnológicas em geral.
  5. Seleção de inovadores digitais (influenciadores) nas comunidades para ampliar o aplicativo para outras regiões e comunidades pesqueiras.
  1. As soluções bem-sucedidas para o bom gerenciamento da pesca e a propriedade responsável dos recursos vêm das próprias comunidades pesqueiras.
  2. É importante ter um planejamento financeiro que garanta a sustentabilidade econômica da plataforma no curto e no longo prazo.
  3. A inclusão digital deve ser considerada; há pescadoras, pescadores e comunidades que não têm acesso à Internet ou a dados móveis. O ideal é criar uma plataforma que seja de livre acesso e possa ser usada sem internet.
  4. As ferramentas digitais oferecem uma série de possibilidades para a pesca em pequena escala. Elas contribuem para a melhoria do gerenciamento da pesca, incentivam a transparência, ajudam a aumentar a eficiência da coleta e da análise dos dados da pesca, criam e fortalecem as capacidades administrativas, estabelecem redes de comunicação e promovem o compartilhamento de conhecimento local. A prioridade para essas ferramentas é garantir que elas estejam disponíveis para todas as partes interessadas.
Coleta e harmonização dos dados

Coletar e harmonizar uma série de dados espaciais para descrever e mapear a conectividade ecológica de seis estados independentes e várias regiões é provavelmente o maior desafio que se pode enfrentar em um projeto de GIS.

  • Descreva com precisão os dados de que você precisa;
  • Encontre a pessoa certa para estabelecer os contatos com o provedor de dados;
  • Ser capaz de lidar com diversos formatos, estruturas e sistemas de dados.

Eles acham que a recusa em divulgar dados significa que as perguntas abertas não são respondidas.

BB1. Organização do envolvimento das partes interessadas e da participação pública

O Plano Espacial Marítimo dos Açores foi elaborado em um processo transparente e inclusivo, com o envolvimento ativo de uma ampla gama de partes interessadas. Para tanto, foram elaboradas uma estratégia para o envolvimento das partes interessadas e diretrizes para a participação pública. O envolvimento foi concebido em uma série de três workshops para as partes interessadas, realizados simultaneamente nas três ilhas mais populosas do arquipélago (São Miguel, Terceira e Faial). Os workshops tiveram a mesma estrutura, que combinou a comunicação sobre o progresso do MSP e atividades para discutir, complementar e validar os resultados do projeto. Antes dos workshops, as partes interessadas foram mapeadas usando a técnica de bola de neve. Todas as partes interessadas identificadas foram reunidas no diretório regional de partes interessadas e convidadas a participar dos eventos durante os dois anos do projeto. Atividades complementares, como entrevistas, foram realizadas para preencher importantes lacunas de conhecimento relacionadas a setores marítimos específicos.

  • Planejamento e realização de um processo participativo transparente e inclusivo.
  • Ampla cobertura de todo o arquipélago, permitindo a participação das partes interessadas das nove ilhas.
  • Organização e coordenação oportunas entre os membros da equipe, permitindo a comunicação e o intercâmbio entre os workshops simultâneos nas três ilhas.
  • Colaboração de colegas e voluntários para apoiar e moderar os workshops.
  • Comunicar e dar feedback às partes interessadas sobre os resultados dos workshops.
  • As partes interessadas precisam ser contatadas com bastante antecedência para obter uma boa resposta.
  • Uma boa coordenação e organização entre os membros da equipe e na preparação dos materiais é essencial para a implementação oportuna das atividades do workshop.
  • O desenvolvimento de ferramentas de visualização poderia ajudar a reduzir a pegada ecológica desse tipo de workshop (a maioria dos materiais era de papel) e diminuir o tempo gasto na organização dos materiais.
  • A falta de dados; a multiplicidade de sistemas de referência ou sua inexistência; as informações dispersas em termos de entidades responsáveis e tipos de dados (digitais, analógicos etc.) afetaram o desenvolvimento de materiais.
  • Grande carga de trabalho para tentar padronizar todas as informações a fim de poder usá-las em um sistema GIS.
  • As entidades levam muito tempo para coletar e disponibilizar as informações, o que dificulta o trabalho da equipe.
Produção de conhecimento científico

O Instituto Mamirauá fornece insumos de conhecimento científico às comunidades locais e isso é transmitido às comunidades e aos povos indígenas, aplicando os processos de governança da Área de Conservação.

Esse conhecimento decorre de 4 linhas de ação:

  1. Educação ambiental
  2. Proteção ambiental
  3. Fortalecimento da comunidade
  4. Comunicação dentro da comunidade

A produção de conhecimento busca criar soluções de médio e longo prazo.



  1. Respeito e diálogo: O conhecimento gerado é fornecido às comunidades, mas não imposto a elas. São elas que decidem se as estratégias propostas serão implementadas.

  1. Cada comunidade e grupo é diferente e nunca se deve presumir que o que funciona para uma comunidade funcionará para a comunidade vizinha. (Esses não são modelos replicáveis).
  2. Os contextos, a liderança e as formas de trabalho variam. Se essas diferenças não forem levadas em conta, os processos de conservação se tornarão complicados e até mesmo impossíveis de serem desenvolvidos.
Trabalhar em estreita colaboração com a comunidade

O trabalho em conjunto com a comunidade respeita a diversidade de tradições, reconhecendo elementos de natureza retrógrada.

O trabalho comunitário deve começar com os interesses e as necessidades da própria comunidade; o trabalho deve atuar como protagonista na solução dos problemas.

O objetivo dos processos de governança que o Instituto aplica é facilitar os processos de comunicação entre a organização e as comunidades, utilizando metodologia baseada em oficinas de gestão inclusiva.

  1. Na região do Brasil, sabe-se que a conservação da natureza está 90% relacionada às comunidades locais. Tendo isso em mente, o Instituto está construindo relacionamentos e criando um plano de trabalho de longo prazo.
  2. Os laços de confiança que são estabelecidos com as comunidades são cruciais para que se possa trabalhar em estreita colaboração com elas.
  3. Processos de governança governamental
  4. Processos de governança em áreas de conservação indígenas e comunitárias.
  1. Várias organizações participaram de iniciativas em um esforço para garantir a conservação e o desenvolvimento das comunidades. No entanto, elas não conseguiram fazer isso porque não foram capazes de entender e respeitar as comunidades.
  2. Várias organizações ainda não entendem que 90% dos projetos de conservação envolvem comunidades e povos indígenas
  3. É importante trabalhar em conjunto com os processos de governança do governo; a gestão eficaz do território será alcançada com a participação das partes interessadas.
Criação da parceria de múltiplas partes interessadas

Na República Dominicana, a restauração dos recifes de coral tornou-se uma alternativa popular para tentar proteger esses ecossistemas. No início, ela começou a crescer rapidamente, sem controle, fazendo com que muitos viveiros fossem abandonados.Essa preocupação desencadeou a criação do Consórcio de Restauração Costeira da República Dominicana (CDRC), uma parceria multissetorial que trabalha com o Ministério do Meio Ambiente e monitora os viveiros de corais.com o Ministério do Meio Ambiente monitorando viveiros de corais em todo o país e liderando as avaliações dos viveiros, além de orientar as iniciativas de restauração na RD.

  • Interesse existente de várias organizações locais em fazer as coisas da maneira correta, sem prejudicar o meio ambiente.
  • Disposição das organizações e autoridades locais para compartilhar conhecimento e experiência.
  • A necessidade de estrutura e de uma plataforma nacional para coordenar e regulamentar as atividades de restauração de recifes de coral.

  1. Deve-se identificar um objetivo comum para as partes interessadas, de modo que todos se beneficiem da parceria e a situação seja sempre vantajosa para todos.
  2. Funções e capacidades específicas devem ser definidas desde o início.
  3. Os acordos formais devem ser preparados em tempo hábil para que a implementação das atividades não sofra atrasos.
  4. A definição de uma estrutura de direção funcional para a parceria é obrigatória desde o início.